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ONU parabeniza presidente eleito no Haiti

O presidente eleito Michel Martelly, do Haiti, realiza uam conferência de imprensa em Porto Príncipe.Um comunicado emitido pela Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti (MINUSTAH) nesta sexta-feira (22/04) em nome das Nações Unidas e de seus parceiros parabenizou o Presidente eleito do Haiti, Michel Martelly, dizendo que o órgão espera trabalhar em estreita parceria com a nova administração, que será inaugurada em 14 de maio.

“Desejamos a Martelly grandes sucessos durante seu mandato, que será crucial para o futuro do Haiti”, disse a MINUSTAH por meio do comunicado endossado também pelos principais apoiadores do processo eleitoral, como Brasil, Canadá, União Europeia, França, Espanha e Estados Unidos.

A declaração também ressaltou o trabalho minucioso do Centro de Apuração de Votos para identificar possíveis fraudes e irregularidades nas cédulas das eleições, e expressou o compromisso da ONU em apoiar o direito da população do Haiti de escolher seus líderes políticos através de eleições livres e justas. O comunicado pediu ainda que os agentes políticos e seus aliados permaneçam calmos e que trabalhem através de meios pacíficos.

Teste revela falhas no sistema de alerta para tsunamis no Caribe

O primeiro grande teste do sistema de alerta para tsunamis no Caribe revelou a necessidade de reforçar os preparativos, bem como melhorar a comunicação, os planos de evacuação e o papel do setor privado, afirmou a Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) neste sábado (26/03). Apelidado “Onda do Caribe 2011”, o teste foi realizado em 24 de março, numa operação que envolveu 34 países.

O exercício, que simulou um terremoto de 7,6 graus na escala Richter perto das Ilhas Virgens, testou o Sistema de Alerta de Tsunamis e Outros Perigos Costeiros para o Caribe e Regiões Adjacentes (Caribe EWS), estabelecido em 2005, sob a égide da Comissão Oceanográfica Intergovernamental (COI) da UNESCO.

De acordo com a Diretora Geral da UNESCO, Irina Bokova, o teste revelou que várias áreas não receberam a mensagem através do Sistema Global de Telecomunicações. Em outros casos, a recepção das mensagens através da Rede de informação do tempo dos gerentes da emergência (EMWIN) falhou.

Apesar dos problemas, Bokova disse estar “satisfeita com o nível da participação (das pessoas) nestes exercícios e com o interesse demonstrado pelas populações locais”. “Estes treinos são essenciais para avaliar a eficiência dos sistemas de alerta e assegurar seu pleno funcionamento no caso de uma catástrofe”, completou.

CEPAL apresenta nos Estados Unidos experiências bem sucedidas em inovação social

CEPALComissão Econômica para a América Latina e o Caribe das Nações Unidas mostrará 25 programas de diversos países da região premiados por serem os mais inovadores, com maior participação comunitária e baixos custos, desenvolvidos para superar a pobreza e a desigualdade.

Em vários países da América Latina e do Caribe numerosas iniciativas sociais têm permitido que nos últimos anos comunidades lutem eficazmente contra a pobreza, a desigualdade e a exclusão social. Muitas delas foram premiadas pelo concurso Experiências em inovação social, organizado pela Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL), com o apoio da Fundação Kellogg.

Alguns exemplos destas histórias de sucesso são as pequenas leiterias estabelecidas por campesinos haitianos como forma de melhorar sua renda; os esforços contra a violência familiar realizados por mulheres no altiplano peruano; a redução da mortalidade materno-infantil e a implementação de maior transparência no gasto público em dois municípios brasileiros; e o cuidado do meio ambiente através do futebol em Belize.

Representantes das 25 iniciativas mais inovadoras dentre as 4.800 apresentadas nos cinco anos do concurso compartilharão suas experiências no seminário Inovações Sociais na América Latina e no Caribe, que será realizado no Instituto das Américas da Universidade da Califórnia em San Diego, Estados Unidos, de 17 a 19 de novembro.

Os empreendimentos sociais se agrupam em quatro áreas: geração de renda; juventude em risco; consolidação de direitos na saúde e educação; voluntariado e participação comunitária. Os projetos serão apresentados por seus protagonistas, no seminário e serão comentados por autoridades públicas e líderes de opinião da Região.

As iniciativas vencedoras são da Argentina (5), Belize (1), Bolívia (1), Brasil (7), Chile (2), Colômbia (1), Costa Rica (1), Equador (2), Guatemala (1), Haiti (1), México (1), Paraguai (1) e Peru (1).

Estes projetos têm em comum a inovação social, uma ativa participação cidadã e custos razoáveis.

Na reunião de três dias será lançado o livro “Da inovação social à política pública. Histórias de êxito na América Latina e no Caribe”, no qual Nohra Rey de Marulanda e Francisco B. Tancredi, membros da comissão julgadora do concurso, farão uma reflexão sobre os fatores do êxito e as lições aprendidas.

Haverá também uma mesa redonda sobre o conceito de inovação social, que terá como moderador Richard Feinberg, da Universidade da Califórnia, com participação de Martín Hopenhayn, Diretor da Divisão de Desenvolvimento Social da CEPAL, Leon Reinhart, Fundador e Executivo, Maya Relief Foundation, California, e Jorge Vinicio Murillo, Professor, EARTH University, Costa Rica.

Na sexta-feira, 19 de novembro, José Antonio Ocampo, professor da Universidade de Columbia, ex-Ministro da Fazenda da Colômbia e ex-Secretário Executivo da CEPAL, fará uma Conferência Magna sobre o desenvolvimento social na Região.

Para mais informações visite o site do Seminário Inovações Sociais na América Latina e no Caribe: www.cepal.org/dds/innovacionsocial/seminario2010/

Para consultas, contatar o e-mail [email protected]

A inauguração do seminário e a aula magna serão transmitidos por webcast.

As apresentações estarão disponíveis em vídeo no site da CEPAL no final de novembro (www.eclac.org/brasil/)

Haiti: operações de ajuda pós-terremoto devem continuar no próximo ano

Um caminhão da Fundação Yéle do Haiti fornece água em um novo acampamento em Croix des Bouquets. Foto: ONU.Apesar das conquistas das agências de ajuda após o terremoto de janeiro, no Haiti, os esforços de socorro devem continuar até 2011, afirmou na última quinta-feira (21) a Subsecretária-Geral das Nações Unidas para Assuntos Humanitários, Catherine Bragg, que acabou de realizar uma visita de três dias à empobrecida nação caribenha.

O país continua sua reconstrução após o devastador terremoto que matou cerca de 200 mil pessoas e desalojou cerca de 1,3 milhão. Inúmeros edifícios, incluindo as instalações do Governo, hospitais e escolas, também foram destruídos.

Todos os dias, mais de 6 mil m³ de água são entregues a 1,1 milhão de pessoas, e a desnutrição generalizada tem sido evitada, com 4,3 milhões de pessoas tendo recebido complementos alimentares nos últimos 10 meses. Além disso, mais de 1,5 milhão de pessoas receberam abrigos de emergência. Mas muitos ainda estão em péssimas condições.

Durante sua visita, Braga se reuniu com funcionários do Governo, autoridades locais e agentes humanitários de organizações da comissão dos acampamentos, bem como com organizações locais e internacionais não-governamentais (ONGs) e agentes da ONU. Em quatro campos que visitou e em torno do local mais atingido, a capital Porto Príncipe, ela viu em primeira mão as condições de superlotação que os moradores têm que suportar.

Nos campos do Issa Tabarre e do Montpellier, que são frequentemente citados como campos modelo, Bragg viu abrigos transitórios muito melhores, que já estão acomodando 80 mil pessoas em todo o Haiti. Adicionais 15,5 mil estão programados para ser erguidos.

Com muitos haitianos ainda vivendo em condições precárias, não só nos campos, mas nos restos de suas casas destruídas, uma operação de ajuda considerável será necessária até 2011, destacou Bragg, que também enfatizou a necessidade de acelerar os esforços de recuperação precoce. “Só então uma estratégia para a saída dos atores humanitários poderá ser prevista. É por isso que tem que acontecer o mais rapidamente possível, para que as pessoas possam deixar os campos e retornar para suas casas e comunidades.”

Caribe na campanha da ONU pelo fim da violência contra as mulheres

O Secretário-Geral da ONU Ban Ki-moon incentivou a todos no Caribe a se envolverem na busca pelo fim da violência contra as mulheres – um flagelo que afeta uma em cada três mulheres na região.

“Esta campanha deve envolver todos, desde escolas e mercados de rua ao parlamento e os tribunais de justiça”, disse Ban durante o lançamento caribenho da campanha Unidos para Acabar com a Violência contra as Mulheres, que reuniu ministros, representantes da sociedade civil e artistas.

Lançada pelo Secretário-Geral em 2008, a campanha pede que todos os países estabeleçam leis, planos de ação, medidas preventivas, coleta de dados, e esforços sistemáticos para acabar com a violência sexual até 2015.

Iniciativas regionais foram lançadas na América Latina e na África, e o Secretário-Geral também criou uma Rede de Homens Líderes, que trabalha para desafiar estereótipos destrutivos, abraçar a igualdade e inspirar os homens e meninos a se manifestar sobre o assunto.

Ban afirmou que esta iniciativa pode construir sobre o trabalho que já foi feito pela ONU,  governos nacionais e outros para aumentar a conscientização, construir parcerias e ter maior impacto na prevenção, proteção, justiça e serviços para as vítimas de violência baseada no gênero.

“A violência contra as mulheres não devem ser tolerada sob qualquer forma, em qualquer contexto, em qualquer circunstância, por nenhum líder político ou por qualquer governo. Não pode haver exceções, nem desculpas ou demora”.