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Juventude: ‘Vamos mostrar que a saúde mental é importante para todos nós’

Mensagem do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, para o Dia Internacional da Juventude 2014.

Evento de jovens com o secretário-geral da ONU em Viena, na Áustria, em 2013. Foto: ONU/Evan Schneider
Evento de jovens com o secretário-geral da ONU em Viena, na Áustria, em 2013. Foto: ONU/Evan Schneider

“Uma nova publicação das Nações Unidas mostra que 20% dos jovens de todo o mundo passam por algum problema de saúde mental a cada ano. Os riscos são especialmente grandes na transição da infância para a fase adulta.

O estigma e a vergonha muitas vezes agravam o problema, impedindo-os de buscar o apoio que necessitam. Para o Dia Internacional da Juventude deste ano, as Nações Unidas querem ajudar a levantar o véu que mantém os jovens trancados em uma câmara de isolamento e silêncio.

As barreiras podem ser esmagadoras, especialmente em países onde a questão da saúde mental é ignorada e há uma falta de investimento nestes serviços.

Muitas vezes, devido à negligência e ao medo irracional, pessoas com problemas de saúde mental são marginalizadas não só em relação a um papel na concepção e implementação de políticas e programas de desenvolvimento, como até mesmo em relação aos cuidados básicos. Isso os deixa mais vulneráveis à pobreza, violência e exclusão social, tendo um impacto negativo na sociedade como um todo.

Os jovens que já são consideradas vulneráveis, como os jovens sem-teto, os envolvidos no sistema de justiça juvenil, os jovens órfãos e aqueles em situações de conflito, muitas vezes são mais suscetíveis ao estigma e outras barreiras, deixando-os ainda mais à deriva quando eles mais precisam de apoio. Lembremo-nos de que, com compreensão e apoio, esses jovens podem florescer, trazendo contribuições valiosas para o nosso futuro coletivo.

Temos apenas cerca de 500 dias para atingir os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio. Temos de apoiar todos os jovens, especialmente aqueles que são vulneráveis, para que tenham sucesso nesta campanha histórica.

Foto: ONU
Foto: ONU

São necessários amplos esforços em todos os níveis para aumentar a conscientização sobre a importância de investir e apoiar os jovens com problemas de saúde mental. O aumento da educação é crucial para a redução do estigma e na mudança sobre como falamos e percebemos a saúde mental.

A saúde mental é como nos sentimos; são nossas emoções e bem-estar. Todos nós precisamos cuidar de nossa saúde mental para que possamos levar uma vida satisfatória. Vamos começar a falar sobre a nossa saúde mental da mesma forma que falamos sobre a nossa saúde em geral.

Enquanto marcamos o Dia Internacional da Juventude 2014, vamos capacitar jovens com problemas de saúde mental a realizar seu pleno potencial, e vamos mostrar que a saúde mental é importante para todos nós.”


Saiba mais sobre o Dia Internacional da Juventude e sobre o tema em www.un.org/en/events/youthday,
www.onu.org.br/especial/juventude e www.unfpa.org.br

Por futuro mais sustentável, chefe da ONU pede mais investimentos na juventude

Mensagem do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, para o Dia Mundial da População, marcado anualmente em 11 de julho.

Foto: ONU/Paulo Filgueiras
Foto: ONU/Paulo Filgueiras

“O mundo de hoje tem a maior geração de jovens da história – 1,8 bilhão de jovens, a maioria vivendo em países em desenvolvimento – com um enorme potencial para ajudar a enfrentar os grandes desafios que a humanidade enfrenta.

Mas muitos jovens são privados das oportunidades a que têm direito, tais como obter uma educação de qualidade, encontrar trabalho digno e participar na vida política das suas sociedades. O Dia Mundial da População é uma oportunidade para renovar o compromisso de ajudar os jovens a desencadear o progresso em toda a sociedade.

É preciso agir urgentemente. Muitos jovens não dispõem dos recursos necessários para sair da pobreza. Estou particularmente preocupado com as adolescentes que podem vir a enfrentar problemas como a discriminação, a violência sexual, o casamento precoce e gravidez indesejada. E mesmo entre os jovens mais afortunados, que têm a sorte de poder obter diplomas universitários, muito encontram-se sem emprego ou recebendo baixos salários e sem perspectivas futuras.

A solução está no investimento em saúde, educação, formação e emprego para os jovens, à medida que atravessam a fase crítica de transição para a vida adulta. Isso irá melhorar as perspectivas para as suas vidas e nosso futuro comum.

Os próprios jovens estão se manifestando. No início deste ano, mais de mil organizações de juventude deram o seu apoio à iniciativa Global Youth Call (‘Apelo Global da Juventude’), acolhida em 40 países, que recomenda a inclusão de objetivos e metas voltadas para a juventude na agenda de desenvolvimento pós-2015.

No próximo ano atingimos o prazo para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, desenhar uma nova agenda e adotar um acordo legal significativo sobre a mudança climática. Os jovens têm um papel importante em todos esses processos.

O ano de 2015 também marca o 20º aniversário do Programa de Mundial de Ação sobre a Juventude. As suas linhas de orientação práticas para a ação nacional e apoio internacional continuam a ser relevantes hoje, em particular, porque exigem que os governos respeitem os direitos humanos e as liberdades fundamentais de todos os jovens e respondam eficazmente a todas as violações.

Neste Dia Mundial da População, apelo a todos aqueles que têm influência para darem prioridade aos jovens nos planos de desenvolvimento, fortalecer as parcerias com organizações lideradas por jovens e envolvê-los em todas as decisões que os afetam. Ao capacitar os jovens de hoje, vamos lançar as bases para um futuro mais sustentável para as gerações futuras.” (em inglês aqui)

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Saiba mais:
un.org/en/events/populationday
unfpa.org/public/home/news/pid/17697
onu.org.br/onu-pede-maior-poder-de-decisao-para-jovens-em-todo-o-mundo

Mostra das Nações Unidas no MetrôRio bate recorde de público na Jornada Mundial da Juventude

A Organização das Nações Unidas apresentou a milhões de pessoas que utilizaram o metrô do Rio de Janeiro para chegar à praia de Copacabana, principal palco da Jornada Mundial da Juventude 2013, uma exposição fotográfica que conta um pouco da atuação da instituição.

A mostra “A ONU faz a diferença” esteve aberta na estação Siqueira Campos, um dos principais pontos de acesso à praia, durante todo o mês de julho.

Entre os dias 23 e 28, a exposição coincidiu com o evento da Igreja Católica, que transferiu para Copacabana a maioria das atividades da Jornada. A mudança fez com que Copacabana batesse recordes de público e circulação de pessoas.

A prefeitura do Rio de Janeiro anunciou que mais de 9 milhões de pessoas utilizaram o transporte público da cidade no período, funcionando em esquema de 24 horas. A empresa concessionária do metrô informou mais de 3 milhões de passageiros — tendo boa parte deles utilizado essa estação.

A mostra, com informações em inglês e português, reuniu fotografias do trabalho de ajuda humanitária, luta contra a pobreza e pelos direitos humanos, saúde, democracia e operações de paz. A ação foi uma iniciativa do Centro de Informação das Nações Unidas para o Brasil (UNIC Rio) em parceria com o Metrô da cidade do Rio de Janeiro, com apoio de comunicação da empresa Maxpress e execução da produtora OYA, que montou a exposição pro bono.

Saiba mais sobre as atividades da ONU na Jornada Mundial da Juventude aqui: http://goo.gl/L6HVMu

Jovens devem participar das decisões políticas sobre futuro da geração, afirma enviado da ONU à JMJ

Juventude e cultura de paz. Foto: UNIC Rio/Amanda Bergman
Juventude e cultura de paz. Foto: UNIC Rio/Amanda Bergman

Nada para a juventude deve ser feito sem a juventude, afirmou nesta terça-feira (23) o enviado das Nações Unidas para a Juventude, Ahmad Alhendawi, no Rio de Janeiro.

O jordaniano participou do encontro ‘Juventude e cultura de paz’ – promovido pelo Centro de Informação da ONU para o Brasil (UNIC Rio), Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e Jornada Mundial da Juventude (JMJ) – para debater o papel dos jovens no desenvolvimento sustentável e na paz.

Pela primeira vez na América Latina, Alhendawi disse que as Nações Unidas querem somar forças com a Igreja e o Governo brasileiro para valorizar a cultura da paz e superar desafios como a falta de oportunidades para os jovens. Ele entende que o crescimento do país nos últimos anos exige uma ampliação da participação juvenil nas decisões políticas.

O enviado defendeu que o combate à violência – um dos problemas considerados mais graves no Brasil pelos participantes do debate – depende de investimento no desenvolvimento humano, com educação de qualidade. Discutiu as dificuldades de ingresso no mercado de trabalho, aborto, casamento gay e a proteção aos direitos humanos para alcançar um mundo de igualdade.

Enviado da ONU participa de debate na JMJ. Foto: UNIC Rio/Amanda Bergman
Enviado da ONU participa de debate na JMJ. Foto: UNIC Rio/Amanda Bergman

“O Rio de Janeiro é a casa dos objetivos de desenvolvimento sustentável, discutidos na Rio+20, um quadro extremamente importante para revisarmos nossas escolhas, como consumimos, como vamos nos desenvolver para o futuro. Percebemos que nosso planeta não é sustentável atualmente e para fazê-lo sustentável precisamos de mais esforços, precisamos da participação dos jovens como eleitores, como ativistas e também como consumidores para mudar algumas de nossas práticas”, declarou Alhendawi. O Enviado sugeriu também que os jovens se envolvam mais em questões tanto nacionais como internacionais e participem da pesquisa Meu Mundo, onde todos podem expressar suas prioridades para construir um mundo melhor.

Para o internacionalista Thiago Lopes, 26 anos, que representou as lideranças católicas brasileiras no painel, o ponto alto do debate foi a governança. “Agora nós não somos mais cidadãos brasileiros, somos cidadãos do mundo, globais. E o fato de nós votarmos a cada quatro anos implica realmente na sociedade internacional. Nós temos que adquirir uma responsabilidade muito maior quando elegemos nossos líderes porque eles não são só nossos representantes perante a nossa sociedade, perante também às Nações Unidas e toda a comunidade internacional.”

Vindos de todos os continentes, 150 jovens participaram das discussões.

O enviado do secretário-geral seguiu para a Suíça, onde debaterá com especialistas da ONU mecanismos de proteção dos direitos dos jovens.

Dia Internacional das Cooperativas – 2 de julho de 2011

Foto: ONU/Rick Bajornas.Mensagem do Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon.

O tema do Dia Internacional das Cooperativas deste ano, “Juventude, o Futuro das Cooperativas”, ressalta o enorme valor de envolver os jovens e utilizar sua energia.

Na sequência das crises econômica e do financiamento global, o desemprego entre os jovens está em alta. Expandir as oportunidades através do empreendedorismo de jovens é uma das saídas para lidar com este desafio. O modelo cooperativo permite aos jovens criar e administrar empreendimentos sustentáveis. Cooperativas são sustentadas pela reunião de recursos financeiros e humanos, conhecimento técnico e habilidades empresariais. Além disso, sua estrutura enraíza-os em comunidades, encorajando negócios sociais responsáveis que atendem às necessidades locais.

Através de seus distintos focos e valores, as cooperativas têm se mostrado um modelo de negócio resiliente e viável, que pode prosperar até mesmo em momentos difíceis. Este sucesso ajudou muitas famílias e comunidades de caírem na pobreza. Cooperativas também oferecem acesso ao crédito e a outros serviços de financiamento para titulares de pequenas empresas. Além disso, as cooperativas promovem a autoconfiança e criam estabilidade em mercados nos quais elas operam.

Ao longo da comemoração deste Ano Internacional da Juventude, foi ressaltada a importância de incluir os jovens em todos os níveis do processo de desenvolvimento. A inclusão ativa de jovens homens e mulheres no desenvolvimento social e econômico ajuda a reduzir a exclusão social, a melhorar a capacidade produtiva, a quebrar ciclos de pobreza, a promover a igualdade de gênero e a aumentar a responsabilidade ambiental.

Ao nos direcionarmos para o Ano Internacional das Cooperativas, que será lançado oficialmente em outubro, convido os jovens a explorarem os benefícios de buscar empresas cooperativas e outras formas de empreendedorismo. Ao mesmo tempo, encorajo o movimento cooperativo a se engajar com a juventude, em um espírito de diálogo e entendimento mútuo. Vamos reconhecer jovens homens e mulheres como parceiros valiosos no fortalecimento do movimento das cooperativas e na sustentação do papel das cooperativas no desenvolvimento econômico e social.