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Angelina Jolie pede corredor humanitário na Líbia

Angelina Jolie pede corredor humanitário na Líbia Embaixadora da Boa Vontade do ACNUR visitou na manhã desta terça-feira (05) a fronteira do país com a Tunísia, onde 2 mil pessoas tentam atravessar todos os dias.

Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.

A atriz Angelina Jolie, embaixadora da Boa Vontade do Alto Comissariado da ONU para Refugiados, voltou a interceder pelas vítimas da violência política na Líbia.

Desde o início dos protestos contra o líder Muammar Kadafi, mais de 400 mil pessoas já fugiram do país norte-africano.

Países próximos

Ao visitar a fronteira da Líbia com a Tunísia, na manhã desta terça-feira, Angelina Jolie pediu a abertura de um corredor humanitário para socorrer as vítimas. Cerca de 2 mil pessoas tentam atravessar a fronteira todos os dias.

A maioria dos refugiados e migrantes está escapando para os países próximos: Egito, Tunísia, Argélia, Níger, Chade e Sudão. A Tunísia, no entanto, já recebeu mais da metade dos refugiados.

Nesta entrevista à Rádio ONU, antes da visita, a chefe da Organização Internacional para Migrações em Portugal, Marta Bronzin, falou à Rádio ONU, de Lisboa, sobre a situação dos migrantes.

Consequências Graves

“Há todos os sinais de que esta não é uma situação que vai se reduzir no breve prazo. Continua a haver milhares de pessoas que estão saindo, todos os dias, e que chegam à Tunísia ou ao Egito. Mas há também muitas pessoas que ainda estão bloqueadas na Líbia e não conseguem sair. O fato de ter que reduzir um número de evacuações por dia tem consequências graves. Já foram encontrados migrantes que para fugir daquela situação se utilizam de traficantes (de seres humanos) para chegar à Europa”, afirmou.

Segundo a OIM e o Acnur, mais de 70 mil pessoas foram abrigadas, com segurança, pelas duas agências, mas 11 mil refugiados ainda estão em trânsito.

Fundação Jolie-Pitt

A Fundação Jolie-Pitt está ajudando a evacuar as vítimas. A Fundação pagou pelo voo de 177 pessoas que voltaram a seus países de origem. O dinheiro também foi usado na compra de uma ambulância para ajudar os feridos pela violência na Líbia.

O apelo de Angelina Jolie para a abertura de um corredor humanitário foi feito após conversas que ela manteve com os migrantes. Segunda ela, sem o corredor, milhares de pessoas do leste e da África Subsaariana estão tentando sair da Líbia por mar. Muitos deles são transportados sem segurança e acabam morrendo no percurso.

Ouça aqui a matéria da Rádio ONU.

Desaparecimentos forçados na Líbia aumentam

Jeremy SarkinUm grupo independente de especialistas em direitos humanos das Nações Unidas expressou profunda preocupação com centenas de supostos desaparecimentos que teriam ocorrido nos últimos meses na Líbia. “Os desaparecimentos forçados pode equivaler a um crime contra a humanidade, quando perpetrados em certas circunstâncias,” advertiu o Grupo de Trabalho sobre Desaparecimentos Forçados ou Involuntários da ONU.

Segundo informações recebidas pelo grupo, que tem como tarefa ajudar as famílias a determinar o destino ou o paradeiro de parentes desaparecidos, centenas de pessoas foram levadas para locais secretos, onde podem ter sido submetidos à tortura, a outros tratamentos cruéis e degradantes ou executadas. Na maioria dos casos relatados, o destino e o paradeiro dessas pessoas ainda são desconhecidos, segundo destacou a organização em comunicado à imprensa, pedindo a todos os Estados que erradiquem a prática de desaparecimentos forçados.

O grupo é composto por cinco peritos independentes: o Presidente-Relator, Jeremy Sarkin (África do Sul), Ariel Dulitkzy (Argentina), Jasminka Dzumhur (Bósnia e Herzegovina), Osman El-Hajjé (Líbano) e Olivier de Frouville (França).

Ajuda chega à Líbia em meio a relatos de dificuldades e ataques a civis

Agências das Nações Unidas preparam hoje (22/03) o envio de mais assistência para o leste da Líbia, após relatos de que diversas cidades permanecem sob cerco das tropas de Muamar Kadafi e civis têm sido atacados por tanques e armamento pesado das forças do Coronel.

“Proporcionar assistência humanitária nas atuais circunstâncias é muito desafiador,” disse o porta-voz do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), Adrian Edwards, em entrevista coletiva em Genebra. Ele anunciou que a agência vai enviar amanhã caminhões de ajuda para Benghazi, cidade sob controle dos rebeldes, onde as pessoas estão acampadas em escolas e universidades. “Há relatos de escassez de suprimentos médicos e produtos básicos na parte oriental do país, dado que os preços aumentaram drasticamente,” acrescentou.

O auxílio será enviado em uma caravana organizada pelo Programa Mundial de Alimentos (PMA), que planeja levar 19 toneladas de lentilhas e 11 toneladas de óleo vegetal nos próximos dois dias do Egito para o leste da Líbia. O PMA está expandindo sua rede de programas de segurança alimentar no Egito e na Tunísia para ajudar centenas de milhares de pessoas em comunidades atingidas pela perda de remessas enviadas anteriormente por trabalhadores migrantes.

Ontem, o Enviado Especial do Secretário-Geral da ONU para a Líbia, Abdel Elah Al Khatib, realizou sua primeira reunião com líderes rebeldes na cidade oriental de Tobruk, como parte de uma missão que o levou a Trípoli para conversas com autoridades do governo na semana passada. “Eles descreveram os diferentes aspectos da situação e apontaram os sofrimentos e as dificuldades enfrentadas por algumas cidades e vilas da Líbia,” disse. “Reiteraram seu pedido para levantar o cerco imposto pelas forças do governo líbio sobre as cidades e por um rápido cessar-fogo.”

Al Khatib se reuniu com o presidente do Conselho Nacional de Transição da Líbia, Mustafa Abdel Jalil e discutiu a resolução do Conselho de Segurança que estabeleceu uma zona de exclusão aérea sobre o país, autorizando os Estados-Membros a tomarem “todas as medidas necessárias” para a proteção de civis, pedindo cessar-fogo imediato.

Líbios fogem de ataques aéreos e cruzam fronteira com Egito

SALLUM, Egito, 21 de março de 2011 (ACNUR) – Os ataques aéreos contra alvos militares líbios iniciados no último final de semana e a zona de exclusão aérea determinada pelas Nações Unidas sobre este país no norte da África levaram centenas de líbios a se juntar com estrangeiros e deixar o país com destino ao Egito.

O número de chegadas no posto fronteiriço de Sallum, no Egito, tem sido significativo nos últimos dias – embora menor que os picos registrados recentemente. No sábado, quando os ataques aéreos começaram, 2.823 pessoas atravessaram a fronteira com o Egito – sendo a maioria líbia (2.320). Dados referentes a domingo, ainda não finalizados, indicam uma redução no número de chegadas.

Até agora, quase 320 mil pessoas já deixaram a Líbia – trabalhadores migrantes, em sua maioria. Embora um êxodo massivo vindo do leste da Líbia ainda não tenha se concretizado após o início dos ataques aéreos deste final de semana, o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) avança seus preparativos para um possível aumento de chegadas no Egito de pessoas vindas da região de Benghazi, onde forças governamentais e da oposição travam uma disputa pelo controle da cidade.

Na manhã desta segunda-feira, um avião de carga fretado pelo ACNUR voou de Dubai em direção a Alexandria, no Egito, carregando seis armazéns pré-fabricados, um veículo e itens de ajuda não-alimentares (lençóis de plástico, galões para transportar água, utensílios de cozinha e colchões). O ACNUR quer construir um estoque com capacidade para 50 mil pessoas e já vem comprando milhares de tendas no Egito.

Leia a íntegra desta notícia em http://www.acnur.org/t3/portugues/

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Conselho de Segurança pode votar nesta quinta resolução contra a Líbia

Estados Unidos defendem necessidade de medidas para lidar com a situação; segundo agências, continuam os ataques aéreos do exército em Benghazi.

Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova York.*

O Conselho de Segurança está reunido nesta quinta-feira a portas fechadas para discutir a situação na Líbia. Em declaração a jornalistas, em Nova Iorque, os Estados Unidos defenderam que negociações estão em curso para impor uma zona de exclusão aérea no país.

Segundo agências, ataques aéreos do exército continuam ocorrendo em Benghazi, a maior cidade em poder dos rebeldes. As operações seguem diante de protestos antigovernamentais, iniciados no mês passado.

Discussões

A embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Susan Rice, disse a jornalistas que diplomatas continuam trabalhando “em ma linguagem para lidar de uma forma concreta e significativa com a situação líbia.”

Susan Rice afirmou que a proposta dos Estados Unidos tem o apoio da Grã-Bretanha, Líbano e França.

Segundo Rice, o interesse é permitir que haja um vasto leque de ações que de proteção a civis e aumentar a pressão sobre Kadafi de forma eficaz para conter as mortes, além de permitir que os líbios expressem as aspirações deles para o futuro, de uma forma livre e pacífica.

*Apresentação: Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.

Clique aqui para ouvir a matéria da Rádio ONU.