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Esforços para aumentar o número de policiais mulheres geram frutos

A Consultora da Polícia da ONU, Ann-Marie Orler. Foto: ONU.A iniciativa das Nações Unidas para aumentar o número de policiais mulheres em missões de paz em todo o mundo tem feito progressos reais desde que foi lançada há um ano, afirma a Polícia da ONU.

O Esforço Global foi lançado em agosto de 2009 com o objetivo de mais do que dobrar a proporção de mulheres pertencentes à Polícia da ONU (UNPOL) para 20% até 2014. Hoje, cerca de 8,7% dos quase 14 mil policiais na UNPOL em todo o mundo – ou 1.218 – são mulheres.

“Faz apenas um ano que lançamos o Esforço Global, mas estamos vendo sinais encorajadores e progresso de verdade”, disse a Consultora da Polícia da ONU, Ann-Marie Orler, na conferência anual de treinamento da Associação Internacional de Polícia da Mulher, realizada na cidade de Minneapolis (EUA), no início desta semana.

Orler esclareceu que o aumento do número de mulheres em quase todas as missões da ONU não se deve apenas à luta contra a violência sexual e baseada no gênero. “De modo geral, a presença de policiais mulheres oferece maior confiança na polícia. As policiais mulheres desempenham um papel importante como provedoras de segurança, mediadoras, investigadoras e instrutoras na reconstrução dos serviços da polícia em todo o mundo”.

Nicole Kidman visita Haiti pós-terremoto

A atriz Nicole Kidman, encerrando uma visita ao Haiti na sexta-feira (30) em seu papel como Embaixadora da Boa Vontade das Nações Unidas, destacou a necessidade de abordar a violência com base no gênero e de apoiar iniciativas que contribuam com os meios de subsistência das mulheres enquanto o país se reconstrói após o terremoto de janeiro.

Acompanhada pela Diretora-Executiva do Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para as Mulheres (UNIFEM), Inés Alberdi, Kidman visitou pessoas afetadas pelo desastre, que matou mais de 200 mil pessoas e causou grave destruição e danos em vastas áreas da capital, Porto Príncipe, e outras áreas. Elas encontraram sobreviventes de violência que vivem em um acampamento temporário, representantes do Governo haitiano e das Nações Unidas, bem como com organizações não-governamentais (ONGs) que trabalham para dar suporte as necessidades das mulheres como parte dos esforços de recuperação.

Kidman disse ter visto em primeira mão o impacto desta catástrofe humanitária nas mulheres e meninas. A falta de abrigo e segurança as torna vulneráveis à violência, em particular a sexual. No entanto, a atriz também disse ter visto a determinação e a resistência das mulheres e homens no Haiti para reconstruir seu país.

De acordo com o UNIFEM, a violência contra mulheres e meninas já era difundida no Haiti antes mesmo do terremoto, com um censo de 2006 mostrando que uma em cada três mulheres sofreu com este tipo de violência.

Kidman e Alberdi visitaram um abrigo temporário para mulheres e meninas que sofreram violência sexual e estão em risco, onde mulheres lideram o trabalho para garantir que há assistência serviços médicos e legais, bem como aconselhamento e treinamento de subsistência.

A Diretora-Executiva disse que há também uma necessidade crítica de abordar o desenvolvimento em longo prazo das necessidades das mulheres, tais como oportunidades de renda e a recuperação de escolas para seus filhos. Tanto como uma questão de direito quanto de desenvolvimento inteligente e política de segurança, as mulheres devem ser centralmente incluídas no planejamento de pós-catástrofe de socorro e recuperação.

O UNIFEM fornece assistência financeira e técnica para promover o fortalecimento da mulher e a igualdade dos gêneros. Isto é parte da recém estabelecida Agência das Nações Unidas para a Igualdade de Gênero e o Empoderamento da Mulher, a ser conhecida como Mulheres-ONU.