Dezenas de países estão participando de um esforço das Nações Unidas para proteger da biopirataria medicamentos tradicionais seculares que podem salvar muitas vidas. A ONU está aprendendo com a Índia como minar as patentes internacionais obtidas a partir de ‘inovações não-originais’.
Representantes de mais de 35 países finalizaram uma reunião de três dias ontem (24/3) em Nova Déli que discutiu um banco de dados da Índia que documenta o tratamento em medicinal tradicional, a Biblioteca do Conhecimento Tradicional Digital (TKDL, na sigla em inglês), concluindo que esse mecanismo pode estimular a inovação futura e repartição de benefícios nas próprias nações pela proteção do conhecimento tradicional da apropriação indébita.
Promovido pela Organização Mundial de Propriedade Intelectual das Nações Unidas (OMPI) e pelo Conselho da Índia de Pesquisa Científica e Industrial (CSIR), a conferência ouviu desde países ricos em conhecimento tradicional, como o Equador, Indonésia, Quênia, Peru, República da Coreia e Tailândia, até palestrantes que concordam com a necessidade de proteger os conhecimentos tradicionais.
A plataforma TKDL, lançada para “fazer valer certos direitos contra a biopirataria”, fornece informação sobre conhecimento tradicional indígena em línguas e formatos compreensíveis pelos examinadores de patentes em Escritórios Internacionais de Patentes (IPOs), atuando como uma ponte entre a informação do conhecimento tradicional existente nas línguas locais e examinadores de patentes em IPOs e impedindo a concessão equivocada de patentes.
Outras informações, em inglês, clicando aqui.