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Brasil e ONU lançam 1º edital da bolsa Sergio Vieira de Mello para projetos no Haiti e Paquistão

O brasileiro Sergio Vieira de Mello, que faleceu em atentado no Iraque em 2003 quando era chefe da missão da ONU no país. Foto: ONU/Mark Garten

O Brasil e a ONU lançaram nesta quinta-feira (16) o primeiro edital da bolsa Sergio Vieira de Mello para apoiar e estimular o trabalho de jovens brasileiros em projetos humanitários pelo mundo. São duas vagas nas áreas de infraestrutura rural no Haiti e políticas de segurança alimentar no Paquistão.

O projeto, uma iniciativa do Itamaraty com o Programa de Voluntários da ONU (VNU), vai financiar por um ano a participação de jovens recém-formados em Segurança Alimentar, Agricultura, Economia, Ciências Sociais, Relações Internacionais ou áreas afins para ajudar o Programa Mundial de Alimentos (PMA) na gestão de políticas públicas sobre segurança alimentar e nutricional no Paquistão. O candidato precisa ter fluência em inglês. Para detalhes, clique aqui.

Já no Haiti, o candidato com formação em Agronomia ou Engenharia Agrônoma vai trabalhar no projeto “Melhoria da segurança alimentar no departamento do Nordeste”, da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), onde ele contribuirá com propostas de melhorias e inovações na cadeia produtiva agrícola do país, incluindo práticas, infraestrutura e equipamentos. O candidato precisa falar francês fluentemente. Para detalhes, clique aqui.

Os selecionados para ambas as vagas receberão uma bolsa mensal, além da cobertura dos custos de viagem, auxílio nas despesas de chegada e repatriação, seguro de saúde e de vida, treinamento e apoio à missão.

Os candidatos devem enviar o currículo e um vídeo de no máximo quatro minutos que mostre como ele pode contribuir para o projeto selecionado para [email protected] com cópia para [email protected] até 12 de fevereiro. As missões começarão em março com um treinamento na sede do VNU em Bonn, na Alemanha.

O VNU foi criado em 1970 como um órgão subsidiário das Nações Unidas para funcionar como um programa operacional na cooperação para o desenvolvimento. Administrado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), promove o voluntariado para a paz e o desenvolvimento, sempre com o intuito de apoiar iniciativas alinhadas à agenda da ONU. Todos os anos, o VNU mobiliza mais de 7 mil jovens de 170 nacionalidades para servir em mais de 140 países.

Para mais informações sobre as bolsas, acesse o site do PNUD em http://bit.ly/1b7UIFJ.

Gilberto Gil faz show em homenagem a Sergio Vieira de Mello

Gilberto Gil em homenagem a Sergio Vieira de Mello no Rio de Janeiro. Foto: UNIC Rio/Thor Weglinski
Gilberto Gil em homenagem a Sergio Vieira de Mello no Rio de Janeiro. Foto: UNIC Rio/Thor Weglinski

Gilberto Gil fez um minishow nesta segunda-feira (19) para encerrar o Seminário “10 Anos sem Sergio Vieira de Mello”, promovido no Rio de Janeiro pelo Ministério das Relações Exteriores do Brasil e pelas Nações Unidas, com apoio da Fundação Alexandre de Gusmão.

O ministro das Relações Exteriores, Antonio de Aguiar Patriota, destacou que esta foi a terceira participação de Gil em homenagens a Sergio. Em 2003, ele realizou na Assembleia Geral da ONU o Show da Paz e, em 2004, fez parte da cerimônia que lembrou um ano da morte de Sergio, no Victoria Hall, em Genebra, Suíça.

Desta vez, Gil cantou “A Paz” e seguiu com “Imagine”. Lembrando a influência política da família de Sergio no estado nordestino, Gil entoou “Eu vim da Bahia” e encerrou a participação ao som de “Andar com fé”.

O diplomata brasileiro era o representante especial do secretário-geral da ONU no Iraque quando morreu junto com outros 21 trabalhadores humanitários em ataque terrorista contra a sede da Missão em Bagdá.

Seminário no Rio de Janeiro marca os dez anos da morte de Sergio Vieira de Mello

Autoridades brasileiras e das Nações Unidas se reuniram para prestar tributo e debater o legado do brasileiro para a ONU.

Evento reuniu mais de 300 pessoas no Rio de Janeiro. Foto: UNIC Rio/Thor Weglinski
Evento reuniu mais de 300 pessoas no Rio de Janeiro. Foto: UNIC Rio/Thor Weglinski

“Faz dez anos que tudo mudou nas Nações Unidas e em nossas vidas. A ONU perdeu a sua inocência. Sem saber como, nem porquê e sem merecermos, nos tornamos alvo do terrorismo”, disse a coordenadora residente das Nações Unidas no Panamá, Kim Bolduc, durante o seminário “10 anos sem Sergio Vieira de Mello”, realizado nesta segunda-feira (19), no Rio de Janeiro.

Bolduc trabalhava em Bagdá quando a sede da ONU no Iraque sofreu um atentado terrorista que matou 22 pessoas, inclusive o representante especial do secretário-geral da ONU para o Iraque, o brasileiro Sergio Vieira de Mello.

“Sergio era um diplomata brilhante, articulado em cinco idiomas, amava chocolate, correr e tomar Black Label com amigos”, lembrou o coordenador residente da ONU na Colômbia, Fabrizio Hochschild, que trabalhou com o brasileiro no Timor-Leste, Kosovo e no Escritório das Nações Unidas para Assuntos Humanitários (OCHA).

Filho de diplomata, Sergio Vieira de Mello nasceu no Rio de Janeiro e se mudou para Paris, onde cursou filosofia na Universidade de Sorbonne. Aos 21 anos ingressou na ONU e em 1971 participou da sua primeira missão humanitária para a independência de Bangladesh, iniciando uma carreira de sucesso na organização. Em 2003, o então secretário-geral da ONU, Kofi Annan, pediu a Vieira de Mello – na época Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos – que chefiasse a missão da organização no Iraque.

Durante o evento que homenageou o brasileiro e trabalhadores humanitários que perderam suas vidas trabalhando pela ONU, Sergio foi lembrado como um homem que defendeu os valores e a missão das Nações Unidas, além de colocar a proteção no centro das ações humanitárias. Segundo Hochschild, ele acreditava que a organização deveria ser mais pró-ativa, não temendo apoiar um dos lados para a resolução de um conflito.

O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Antonio de Aguiar Patriota, esteve no evento e ressaltou a influência de Sergio Vieira de Mello na formação dos novos diplomatas do Itamaraty. Segundo Patriota, Sergio deixou um legado de universalidade na diplomacia brasileira.

A subsecretária-geral da ONU para Assuntos Humanitários, Valerie Amos, também participou do seminário e disse que a morte de Sergio serviu para lembrar os objetivos das Nações Unidas, manter a paz e promover a humanidade. “Ele era um líder carismático e seus ideais permanecem como uma inspiração para todos nós.”

O representante especial do secretário-geral da ONU em Guiné-Bissau, José Ramos-Horta, que trabalhou com Vieira de Mello no Timor-Leste, afirmou que “para a organização ter sucesso em sua missão, ela precisa da adesão do povo local onde ela vai trabalhar”. O carisma de Sergio Vieira de Mello e a sua vontade de escutar a população conseguiram dar credibilidade às atividades das Nações Unidas. “Ele tinha um bom coração, como o brasileiro que era”, concluiu Ramos-Horta.

O encontro foi organizado pelas Nações Unidas e pelo Ministério das Relações Exteriores do Brasil, com apoio da Fundação Alexandre de Gusmão.

(Por Amanda Bergman e Fernanda Braune para o site da ONU Brasil)

UNIC Rio participa de homenagem a Sérgio Vieira de Mello

Representantes da Prefeitura do Rio, do UNIC Rio e familiares prestam homenagem. Foto: UNIC Rio/Felipe Siston
Representantes da Prefeitura do Rio, do UNIC Rio e familiares prestam homenagem. Foto: UNIC Rio/Felipe Siston

A Prefeitura do Rio de Janeiro inaugurou nesta sexta-feira (15) o busto do ex-funcionário das Nações Unidas Sérgio Vieira de Mello, que completaria hoje 65 anos. A cerimônia ocorreu na praça que leva o nome do brasileiro, no Leblon, zona sul do Rio, e reuniu cerca de 60 pessoas, entre representantes da ONU, da Prefeitura, familiares e amigos. A peça em bronze pesa 60kg e é de autoria da artista plástica Vilma Nöel.

Para a Diretora em exercício do Centro de Informação da ONU no Brasil (UNIC Rio), Valéria Schilling, Sérgio é um exemplo a ser seguido por todos dentro e fora da Organização: “o trabalho de Sérgio nas Nações Unidas foi exemplar. Ele começou como estagiário e chegou a ser Alto Comissário para Direitos Humanos, sempre trabalhando na área humanitária da ONU, tentando ajudar aqueles que mais precisavam da ajuda.”

“O Sérgio sempre gostou muito de mostrar que era brasileiro, que era carioca. Isso o ajudou muito pelo mundo, sempre foi muito bem recebido. É muito importante que a cidade participe desta história do Sérgio”, disse o sobrinho de Mello, André Simões, que participou da cerimônia representando a família. Para Simões, a mensagem de seu tio se fundava no respeito à humanidade. “E quando tiver uma discórdia, se colocar no lugar da pessoa e ver porque a pessoa está reclamando, tentar ter o sentimento da pessoa para chegar a um consenso”, disse.

Mello começou a trabalhar na ONU ainda jovem, em 1969. Ele se destacou na área humanitária, tornando-se conhecido por ser um hábil negociador. Foi o primeiro brasileiro a atingir o alto escalão da Organização, chegando ao cargo de Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos. Ele chefiava a Missão da ONU no Iraque quando morreu em 2003, junto com mais 21 funcionários, num ataque terrorista contra a sede da Organização no país.

“O adjetivo que dou ao Sérgio Vieira de Mello é pacificador. Ele divulgou os direitos humanos pelo mundo, esteve em grandes conflitos e intermediou os conflitos com grandes resultados”, disse o Secretário Municipal de Conservação, Marcos Belchior.

Em dezembro de 2008, as Nações Unidas designaram o dia 19 de agosto, data do atentado, como o Dia Mundial do Trabalhador Humanitário, em memória dos funcionários que perderam suas vidas ao se dedicarem a esta causa.

Na homenagem de hoje no Rio, também participaram representantes do corpo diplomático, boinas azuis do Centro Conjunto de Operações de Paz do Brasil, funcionários da ONU e alunos da escola municipal Sérgio Vieira de Mello.

Dia Mundial do Trabalhador Humanitário é comemorado no Rio

Caso não visualize a imagem ou queira vê-la ampliada, clique aqui.O Sistema das Nações Unidas no Brasil e o Consulado Geral da França no Rio de Janeiro promovem nesta sexta-feira (19/8) a exibição do documentário “Sérgio” para comemorar o Dia Mundial do Trabalhador Humanitário 2011. O filme retrata a vida do brasileiro Sérgio Vieira de Mello, Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, que morreu após a explosão de uma bomba na sede das Nações Unidas, no Iraque, no dia 19 de agosto de 2003.

O filme será exibido às 10h30, no Teatro da Maison de France (Avenida Presidente Antonio Carlos 58, Centro, Rio de Janeiro), precedido de uma cerimônia à qual estarão presentes o Coordenador Residente do Sistema das Nações Unidas no Brasil, Jorge Chediek; o Cônsul-Geral da França no Rio de Janeiro, Jean-Claude Moyret; o Diretor-Executivo do Médicos Sem Fronteiras no Brasil, Tyler Fainstat; o Coronel Pedro Aurélio Pessoa, Comandante do Centro Conjunto de Operações de Paz do Brasil “Sérgio Vieira de Mello”; o Secretário Breno Hermann, Chefe da Divisão das Nações Unidas do Itamaraty; e o Representante no Brasil do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), Andrés Ramirez.

O longa-metragem, dirigido por Greg Barker e produzido pela HBO Filmes e Documentários, é uma adaptação da biografia ‘O Homem Que Queria Salvar o Mundo: Uma Biografia de Sérgio Vieira de Mello’, que deu a Samantha Power o prêmio Pulitzer. O livro examina a vida e a filosofia que fundamentava o trabalho humanitário do brasileiro que alcançou o mais alto posto nas Nações Unidas.

Vencedor do prêmio de melhor documentário no Festival de Sundance, em 2009, o filme também rememora os esforços heroicos da equipe de resgate para salvar a vida do diplomata, um dos 22 mortos no ataque à sede da ONU.

Biografia de Sérgio

Sérgio Vieira de Mello nasceu no Rio de Janeiro no dia 15 de março de 1948. Filho de diplomata, em 1968 mudou-se para a França para fazer Mestrado em Filosofia na Universidade de Paris. Ele viria mais tarde receber dois graus de doutorado, um em Filosofia e outro em Ciências Humanas. Em 1969, Sérgio começou a trabalhar no Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR).

Foi Representante Especial do Secretário-Geral para o Iraque e Alto Comissário da ONU para os Direitos Humanos. Antes, foi Administrador da ONU no Timor Leste e Kosovo. Nos 34 anos em que trabalhou na ONU, Vieira de Mello atuou em Bangladesh, Sudão, Chipre, Moçambique, Peru, Líbano, Camboja, Bósnia, Croácia, e ocupou cargos na sede da ONU em Genebra e Nova York.

Sobre o Dia Mundial do Trabalhador Humanitário

A data foi instituída em dezembro de 2008 pela Assembleia Geral das Nações Unidas, para “contribuir com o aumento da consciência pública sobre o trabalho humanitário e a importância da cooperação internacional, e para homenagear todos os trabalhadores humanitários do mundo”.

A data coincide com o dia do atentado no Hotel Canal em Bagdá, no Iraque, que tirou a vida do Representante Especial do Secretário-Geral para o país e Alto Comissário para os Direitos Humanos da ONU, Sérgio Vieira de Mello, e de outros 21 funcionários das Nações Unidas, em 2003.

O Dia Mundial da Ação Humanitária foi designado em memória daqueles que morreram nesse atentado a bomba, mas também em memória aos muitos trabalhadores humanitários que perderam suas vidas.

Ele é também comemorado para enfatizar as necessidades atuais e desafios humanitários em todo o mundo, tais como ameaças aos trabalhadores de ajuda humanitária pelas diferentes partes envolvidas nos conflitos, os desafios para chegar até as pessoas que precisam de ajuda, ou a complexidade crescente do ambiente humanitário devido aos aumentos dos preços dos alimentos, à turbulência financeira global, à escassez de água e as mudanças climáticas.

Site oficial do filme:
http://www.hbo.com/documentaries/sergio

Trailer do filme:
http://www.sergiothemovie.com/

Teaser no Youtube:
http://www.youtube.com/watch?v=I9UD7ZD7TJ0

Serviço

Dia Mundial do Trabalhador Humanitário 2011
19 de agosto, às 10h30
Teatro da Maison de France
350 lugares
Av. Presidente Antonio Carlos, 58
Tel: 3974 6690
Entrada Franca

Mais informações

Valéria Schilling – Assessora de Comunicação
Centro de Informação das Nações Unidas para o Brasil (UNIC Rio)
21-2253-2211 | 21-8202-0171 | [email protected]