Presença de observadores na Síria tem ‘efeito calmante’ em áreas vistoriadas, diz funcionário da ONU

Major-General Robert Mood concede entrevista a jornalistas em Damasco. Foto: Reprodução do vídeo

Em meio à onda de violência na Síria, a presença de observadores militares da ONU teve um “efeito calmante”, afirmou na sexta-feira (18/05), em Damasco, o chefe da Missão de Supervisão da ONU na Síria (UNSMIS) e Observador Militar Chefe, Major-General Robert Mood.

“O diálogo está se expandindo, tanto com as autoridades como com os grupos da oposição. Acho que é muito cedo para dizer que é uma tendência. Estou mais convencido do que nunca que a violência não vai resolver esta crise duradoura. A missão pretende ajudar as negociações sobre a necessária estabilidade”.

Robert Mood disse que a Missão hoje conta com cerca de 260 observadores militares atuando no território sírio, vindos de 60 Estados-Membros da ONU, e que estará em operação completa em breve, em tempo recorde. “Esta é uma ferramenta muito poderosa pois representa a união da comunidade internacional reconhecendo que o povo sírio merece a redução da violência, a estabilidade e merece ter suas aspirações atendidas por um processo político, e não por mais violência”.

A crise na Síria, que começou em março de 2011 como um movimento de protesto semelhantes àquelas em todo o Oriente Médio e Norte da África, já custou mais de 9.000 vidas – a maioria civis – e dezenas de milhares de pessoas deslocadas. Espalhados por vários locais, os observadores têm a tarefa de monitorar o cessar da violência e o apoio integral à implementação do plano de seis pontos apresentado pelo Enviado Especial da ONU e da Liga dos Estados Árabes, Kofi Annan.