Pressão para conversas diretas no Oriente Médio próximos de uma solução

Esforços para promover negociações diretas entre israelenses e palestinos estão próximas de um desfecho, de acordo com o Secretário-Geral Adjunto para Assuntos Políticos das Nações Unidas, Oscar Fernandez-Taranco. Ele sublinhou que o sucesso das negociações depende do apoio regional e internacional contínuo.

Desde maio, sete rodadas de aproximação ou conversas indiretas foram realizadas entre Israel e Palestina para identificar áreas em comum, disse na terça-feira (17) Taranco ao Conselho de Segurança. Atualmente, os países estão discutindo internamente sobre a possibilidade de iniciar conversas diretas.

Ele elogiou a mediação da ONU e observou o envolvimento do Secretário-Geral Ban Ki-moon, que falou diretamente com os líderes palestinos, israelenses e árabes para encorajar o processo de paz. Taranco saudou a decisão, do mês passado, tomada por ministros do exterior da Liga Árabe para dar o seu apoio às negociações diretas.

“Para que essas negociações sejam bem sucedidas é crucial manter um clima favorável”, ressaltou o Secretário-Geral Adjunto, pedindo aos países a aderirem aos seus compromissos internacionais. Em um assentamento de construção da Cisjordânia, ele pediu pela continuação da moratória parcial, definida para expirar em setembro.

A ONU também se preocupa com o aumento de demolições e despejos de palestinos na Área C, com mais de 200 pessoas afetadas. Em seguida, Taranto falou sobre o anúncio de Israel de que afrouxaria o bloqueio à Faixa de Gaza e notou que o volume e a variedade dos suprimentos têm aumentado.

Embora Israel tenha aprovado recentemente 11 projetos de construção da ONU em Gaza, ele mostrou preocupação sobre os gargalos na execução dessas iniciativas. Ainda, Taranco falou sobre a seriedade do déficit de 84 milhões de dólares da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados Palestinos (UNRWA), o que pode ocasionar fechamento de escolas e hospitais em Gaza.

A UNRWA ajuda, protege e defende cerca de 4,7 milhões de refugiados registrados na Jordânia, Líbano, Síria e territórios palestinos ocupados e é financiado quase inteiramente por contribuições voluntárias de Estados-Membros da ONU.