Secretário-Geral da ONU: “Vamos todos entrelaçar nossa humanidade e tornar o mundo melhor”

Em discurso na abertura do III Fórum da Aliança de Civilizações, o Secretário-Geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, disse que o mundo se encontra num momento único, no qual podemos concretizar, por meio do diálogo, mudanças significativas no sentido de abranger a diversidade cultural. Ele iniciou sua fala com “Bom dia” e “Muito obrigado”, em português, e aproveitou para agradecer aos organizadores do evento e a todos os participantes.

De acordo com Ban Ki-moon, “não há lugar melhor para a Aliança de Civilizações acontecer” do que no Brasil, onde estiveram presentes diversos chefes de Estado e importantes representantes globais envolvidos no tema da diversidade cultural. Ban complementou que o encontro e iniciativas dessa natureza devem ser fortemente alimentados, porque confrontam o desentendimento e o preconceito.

Para ilustrar a importância do encontro, o Secretário-Geral disse que três quartos dos conflitos do mundo tem uma dimensão cultural e o processo de construção de sociedades envolve todos os seus membros. Ele destacou a necessidade da educação e da compreensão das diferenças que existem entre as pessoas para que estereótipos negativos sejam desvinculados. Citou ainda a globalização como um processo que pode conectar ou alienar, sendo a Aliança de Civilizações um fórum para esclarecer essas informações.

Por fim, ele declarou que todo o potencial desse encontro deve ser revertido para a transformação das formas com que se relacionam os homens ao redor do planeta. Citou sua visita ao Morro da Babilônia, de ontem, para reforçar a importância de cada indivíduo e sua contribuição na dinâmica global. Finalizou dizendo que todos tem uma fé comum: a fé em um futuro comum. “Vamos todos entrelaçar nossa humanidade e tornar o mundo melhor”.

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  1. Se estamos falando em superação de diferenças, não no sentido de eliminá-las mas de compreendê-las, primeiramente temos que identificá-las, estabelece-las. O Secretário Geral da ONU, a meu ver, ao declarar que o potencial do encontro deve ser revertido “para a transformação das formas com que ser relacionam os homens ao redor do planeta”, esqueceu, talvez por força do hábito – histórico – de que a diferença de gênero também não deve ser eliminada, mas verbalmente estabelecida, de forma que o discurso corresponda à praxis e vice-versa.
    Deixo esse comentário como contribuição a este Fórum e aponto um tímido feixe de luz para esse assunto tão pouco debatido popularmente, pelo menos aqui no Brasil, que é o discurso antigo no qual o gênero feminino é sempre subentendido. O papel das mulheres na História mudou e o discurso também deve mudar e acompanhar a prática, a realidade.
    Retifico, se essas foram mesmo as palavras do Secretágio-Geral Ban Ki-moon: “todo o potencial desse encontro deve ser revertido para a transformação das formas com que se relacionam os homens [e as mulheres] ao redor do planeta.” E se não foram, a crítica fica para quem editou essa redação.

  2. Filha, que orgulho de você! Sua coragem e sua forma elegante, afiada e apropriada de DIALOGAR com o mundo de mulheres e homens – quaisquer que sejam esses homens ou essas mulheres – me deixam ESPERANÇOSA.
    Parabéns, Juliana Padilha Jota Azevedo Araújo.
    Parabéns, minha socióloga.
    Mª da Conceição Padilha Jota

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