Somália: Especialista da ONU pede que governo finalize estratégia sobre direitos humanos

Mulheres vestidas com bandeiras somalis comemoram o Dia da Independência da Somália, em primeiro de julho. Foto: ONU
Mulheres vestidas com bandeiras somalis comemoram o Dia da Independência da Somália, em primeiro de julho. Foto: ONU

O governo da Somália deve finalizar e executar o roteiro sobre direitos humanos aprovado em agosto desse ano pelo gabinete do país, afirmou o perito independente da ONU sobre a situação dos direitos humanos na Somália, Shamsul Bari, na quinta-feira (26).

O roteiro define as responsabilidades do governo e define as metas a seres alcançadas em um curto período de tempo pelo país. O especialista ressaltou que o cumprimento do documento demonstraria um compromisso sincero por parte do governo para reconstruir as bases dos direitos humanos na Somália.

Perito independente da ONU sobre a situação dos direitos humanos na Somália, Shamsul Bari. Foto: ONU/ Jean-Marc Ferré
Perito independente da ONU sobre a situação dos direitos humanos na Somália, Shamsul Bari. Foto: ONU/ Jean-Marc Ferré

O documento é uma iniciativa proposta por Bari às autoridades somalis e baseia-se nos principais temas dos direitos humanos, cada um contendo seu próprio plano de ação a ser implementado pelos ministérios, e define uma estratégia de pós-transição até 2015.

O perito destacou que o roteiro oferece “uma oportunidade única” para o avanço dos direitos humanos na Somália e aconselhou o governo a consultar as administrações regionais e as organizações da sociedade civil em todo o país para finalizá-lo.

Enviado da ONU pede eleições críveis na região somali de Puntland

O representante especial do secretário-geral da ONU e chefe da Missão das Nações Unidas de Assistência na Somália (UNSOM), Nicholas Kay, renovou na terça-feira (24) seu pedido para um processo político credível que deverá eleger um novo parlamento na região de Puntland este ano e um novo presidente no dia 8 de janeiro.

“À medida que a eleição se aproxima e as temperaturas políticas aumentam, peço a todos os candidatos e partes interessadas (…) para trabalhar em conjunto e estarem preparados, às vezes, para assumir compromissos difíceis”, disse ele.

Chefe da Missão das Nações Unidas de Assistência na Somália (UNSOM), Nicholas Kay. Foto: AU/UN/IST/Tobin Jones
Chefe da Missão das Nações Unidas de Assistência na Somália (UNSOM), Nicholas Kay. Foto: AU/UN/IST/Tobin Jones

“Em todo esse processo, a UNSOM apoiou a mediação e as reuniões entre os envolvidos e eu continuo esperançoso de que todos os candidatos estão comprometidos com uma eleição pacífica e credível”, acrescentou.

A região semiautônoma de Puntland está no meio de um processo eleitoral para eleger um novo parlamento este ano e um novo presidente em 2014.

Kay fez uma visita à região no mês passado e incentivou todas as partes interessadas a cooperar plenamente com as medidas de segurança para as eleições. Ele pediu que todos candidatos façam uma campanha de forma responsável em prol de uma eleição pacífica.