Sudão do Sul: Situação segue tensa entre moradores e refugiados de Maban

Mulheres de Yusuf Batil retornam aos seus abrigos após receberem assistência do Programa Mundial de Alimentos. Foto: PMA/George Fominyen
Mulheres de Yusuf Batil retornam aos seus abrigos após receberem assistência do Programa Mundial de Alimentos. Foto: PMA/George Fominyen

A crescente hostilidade entre refugiados do campo de Yusuf Batil, na província sul-sudanesa de Maban, e moradores vizinhos atingiu seu ápice recentemente, quando tiroteios e a violência forçaram cerca de 8 mil refugiados a fugir do campo desde o início de março.

Os últimos confrontos, motivados por disputas sobre existência de recursos naturais na região, só foram controlados após várias reuniões entre o Comitê para Questões de Refugiados do Sudão do Sul (CRA, na sigla em inglês), o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) e autoridades locais permitirem o retorno dos refugiados ao campo.

Entretanto, diferenças culturais e a competição por recursos escassos ainda são grandes entraves no processo de construção da paz. Apesar do apoio e encorajamento do ACNUR aos esforços de reparação das rivalidades, a tensão continua.

Essa mulher e sua família foram afetadas pela recente violência que comoveu o Sudão do Sul. Alguns de seus pertences e doações recebidas podem ser vistos ao fundo. Foto: ACNUR/P.Rulashe
Essa mulher e sua família foram afetadas pela recente violência que comoveu o Sudão do Sul. Alguns de seus pertences e doações recebidas podem ser vistos ao fundo. Foto: ACNUR/P.Rulashe

A primeira providência a se tomar é restaurar a confiança dos moradores do campo como Fatna, uma mãe de cinco filhos que ainda está aflita por conta da memória do confronto. “Quando nós retornamos ao campo me esforcei para ter uma boa noite de sono porque estava com medo de que o conflito retornasse”, diz.

Ela estava cozinhando o almoço para sua família no campo de aproximadamente 40 mil pessoas quando um tiroteio começou –- cada lado diz que o outro foi o responsável –- e pessoas aterrorizadas corriam em busca de abrigo. Isso a lembrou da fuga de sua casa no Nilo Azul, Estado do Sudão, dois anos atrás.

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