Um ano após o terremoto, milhares de crianças ainda sofrem no Haiti, diz UNICEF

Um ano após o terremoto devastador ter atingido o Haiti, em 12 de janeiro de 2010, mais de um milhão de pessoas – dentre elas, 380 mil crianças – ainda vivem em campos lotados, afirma o relatório do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) intitulado “Crianças no Haiti: Um ano depois – o longo caminho do alívio para a recuperação”, lançado na última sexta-feira, 7 de janeiro.

A Representante da UNICEF no Haiti, Françoise Gruloos-Ackermans disse que apesar dos avanços, o processo de recuperação ainda está no começo. Após o terremoto, o UNICEF, a Organização Mundial de Saúde (OMS) e parceiros conduziram campanhas de emergência para imunizar crianças contra doenças como pólio, difteria e sarampo.

Desde a eclosão da epidemia de cólera em outubro, o UNICEF já forneceu mais de 10 toneladas de cloro e 45 milhões de pastilhas de purificação de água, garantindo acesso à água potável na capital, Porto Príncipe. O Escritório das Nações Unidas de Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) alertou que a epidemia ameaça 2,2 milhões de crianças em idade escolar devido à falta de água limpa e condições sanitárias das escolas.

Cerca de quatro milhões de crianças do país mais pobre do Hemisfério Ocidental continuam sofrendo com a falta de acesso à água, saneamento, educação e de proteção a doenças, exploração e condições insalubres. O Programa Mundial de Alimentos (PMA) está ajudando milhares de pessoas através de programas de apoio como o fornecimento de merenda escolar, além dos programas de nutrição e de trabalho remunerado.