Vídeo do PNUD destaca iniciativas positivas brasileiras ganhadoras do Prêmio ODM

Luis Fernando cita exemplo de premiados como o projeto Rebimar, que utiliza recifes artificiais para auxiliar na recuperação da biodiversidade marinha. Crédito: Flickr Adrenailha/CC.
Luis Fernando cita exemplo de premiados como o projeto Rebimar, que utiliza recifes artificiais para auxiliar na recuperação da biodiversidade marinha. Crédito: Flickr Adrenailha/CC.

O Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (IPEA) é uma das instituições envolvidas na coordenação técnica do Prêmio ODM que foi realizado em cinco edições – 2005, 2007, 2009, 2011 e 2013. Com o final do prazo para o alcance da agenda dos ODM, no dia 31 de dezembro de 2015, os técnicos do IPEA, Anna Maria Peliano e Luis Fernando de Lara Resende, fazem um balanço sobre a premiação e as expectativas em relação aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), que entram em vigor no dia 1°de janeiro de 2016.

De acordo com Anna Peliano os objetivos da premiação eram “divulgar a agenda dos ODM no país, estimular a disseminação de boas práticas e prestar um reconhecimento às prefeituras e organizações da sociedade civil”, resumiu.

Luís Fernando acredita que o Prêmio ODM teve uma importância considerável para o alcance dos objetivos no país. “Tivemos mais de 60 iniciativas premiadas e muitas foram replicadas em outras cidades, e isto teve um impacto muito positivo”, afirmou.

O técnico do IPEA lembra também que o estado de Minas Gerais realizou seu próprio prêmio em 2014, seguindo o modelo da premiação nacional, e o município de Santo André (SP) reestruturou o seu Plano Plurianual (PPA) alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM).

Luis Fernando cita alguns exemplos de premiados que mudaram a realidade local como o projeto Rebimar, desenvolvido no Paraná, que tem como base a utilização de recifes artificias para auxiliar na recuperação da biodiversidade marinha; O Programa Escrevendo o Futuro, iniciativa da Fundação Itaú Social, criado para contribuir para a melhoria da Língua Portuguesa e da qualidade de ensino no país. Atualmente, o programa é uma política pública e chama-se Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro, coordenado pelo Ministério da Educação (MEC), Fundação Itaú Social e Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação (Cenpec).

Outro exemplo citado por Luis Fernando, e que também se transformou numa política pública, é o projeto desenvolvido pela Articulação Semiárido Brasileiro (ASA) de distribuição de um Milhão de Cisternas no semiárido (P1MC) visando melhorar a vida das famílias que vivem na região, garantido o acesso à água de qualidade.

Sobre as perspectivas para as novas premiações contemplando os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), Anna Peliano diz que, no momento, finaliza uma pesquisa sobre o impacto do Prêmio ODM nas práticas premiadas e que os resultados já sinalizam o reconhecimento das organizações sobre a importância do Prêmio para a ampliação e expansão das áreas atendidas, dentre outros benefícios. Anna acredita na continuidade do Prêmio, sob a coordenação da Secretaria de Governo da Presidência da República (SG/PR) e do PNUD, e com práticas voltadas para a nova agenda de desenvolvimento, os ODS.

Em relação à ampliação das categorias nas novas edições do Prêmio, ambos os entrevistados apostam nesta expansão. “Eu dividiria em três agrupamentos: pequenas ONGs, empresas privadas e públicas, e Fundações empresariais. Também os governos estaduais, além das prefeituras”, sugeriu Luis Fernando.