Agência migratória da ONU ajudou quase 100 mil pessoas a voltar para casa em 2016

No Centro de Transição em Bamako, no Mali, repatriados são recebidos por parentes e amigos. Foto: OIM/Juliana Quintero
No Centro de Transição em Bamako, no Mali, repatriados são recebidos por parentes e amigos. Foto: OIM/Juliana Quintero

A agência de migração das Nações Unidas informou nesta terça-feira (11) que ajudou quase 100 mil migrantes a retornar voluntariamente a seus países de origem no ano passado, um aumento de 41% em relação a 2015.

Esta assistência foi prestada através do programa de retorno e reintegração voluntária assistida, iniciativa da Organização Internacional para as Migrações (OIM), conforme destacado no último relatório da agência da ONU sobre o tema.

Em comunicado de imprensa, a OIM observa que as pessoas atendidas em 2016 estavam em 110 países e retornaram a 161 países e territórios de origem.

De acordo com o documento, quase um terço dos migrantes atendidos pelos programas da OIM são mulheres, e quase um quarto crianças. Do total assistido, 1.253 eram crianças migrantes não acompanhadas, 995 eram migrantes com necessidades relacionadas à saúde e 895 foram identificadas como vítimas de tráfico de pessoas.

“A dinâmica de migração atual mostra que o retorno e reintegração voluntária assistida tem que ser parte de qualquer governança global e efetiva de migração”, disse Anh Nguyen, chefe da Divisão de Assistência para Migrantes da OIM.

Em 2015, a área econômica europeia – e a Suíça – era a região de onde a maioria dos migrantes retornava (83%), enquanto o sudeste da Europa, Europa Oriental e Ásia Central continuavam sendo a região para onde a maioria dos migrantes retornou (49%).

A Alemanha foi o país anfitrião de onde o maior número de migrantes atendidos pela OIM retornou (mais de 54 mil migrantes), seguido pela Grécia (6.153) e pela Áustria (4.812). O número de retornos destes países aumentou em 2016, em comparação com 2015, e juntos representaram quase dois terços do total.

Com aproximadamente 17.976 migrantes atendidos, a Albânia permaneceu o país para onde retornou a maior parte dos migrantes, seguidos pelo Iraque (12.776) e pelo Afeganistão (7.102). A África Ocidental e Central, a África Oriental e o Chifre de África são regiões que registaram fluxos intra-regionais importantes.

O relatório fornece uma visão geral das tendências globais e regionais para 2016, bem como uma comparação entre 2015 e 2016.