Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.
Os países-membros do Conselho de Segurança decidiram impor sanções ao governo da Líbia. A Resolução 1970 inclui congelamento de ativos, proibição de viagens e embargo de armas. O Conselho decidiu ainda levar o tema ao promotor do Tribunal Penal Internacional, com sede em Haia.
Após uma reunião de emergência, que começou às 11 horas da manhã deste sábado, o órgão adotou o documento, por unanimidade, às 8 da noite, horário de Nova York.
Resposta violenta
O governo do líder líbio, Muammar Kadafi, está sendo responsabilizado pela resposta violenta aos protestos de rua que pedem a saída dele do cargo. Kadafi está no poder há mais de 40 anos.
De acordo com a ONU, mil pessoas podem ter morrido nos 10 primeiros dias das manifestações.
O encontro foi presidido pela embaixadora do Brasil, Maria Luiza Ribeiro Viotti. O Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, sentou-se ao lado da embaixadora na reunião. Falando em inglês, ela explicou a posição do Brasil.
Maria Luiza Ribeiro Viotti disse que o governo brasileiro condenou, firmemente, o uso da violência contra os manifestantes. Ela afirmou que o Brasil também pediu ao governo líbio que protegesse os civis e garantisse a eles a liberdade de expressão. A embaixadora classificou a violência na Líbia como um “banho de sangue” e “totalmente inaceitável”.
De acordo com agências de notícias, opositores de Kadafi estariam controlando várias cidades, incluindo Benghazi, a segunda maior da Líbia, que fica no leste do país.
Vários trabalhadores estrangeiros que estavam tentando fugir da violência conseguiram sair da Líbia neste sábado, incluindo um grupo de brasileiros.
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