“Diálogo significativo, amplo e inclusivo” é necessário no Iêmen, diz Pillay

A Alta Comissária de Direitos Humanos da ONU, Navi Pillay, alertou nesta terça-feira (01/03) as autoridades do Iêmen contra a repressão violenta aos protestos pacíficos e pediu ao governo que proteja os direitos dos manifestantes e dos jornalistas que cobrem os protestos. “As pessoas têm o direito legítimo de expressar sua insatisfação e suas reivindicações ao governo”, afirmou.

Comentando os relatos de que manifestantes da oposição convocaram um “Dia de Ira” nesta terça-feira, Pillay instou todas as partes a moderarem os atos e respeitarem o direito à vida e à liberdade da reunião e de expressão pacífica. “Nas últimas semanas vimos repetidas vezes que as respostas violentas, que infringem o direito internacional, não afastam os manifestantes e servem apenas para exaltar a raiva e a frustração”, declarou a Alta Comissária.

Entre os atos de violência relatados estão ataques, intimidação e prisão contra jornalistas locais e internacionais, bem como a prisão e a detenção de defensores dos direitos humanos. Pillay demonstrou preocupação especial com os relatos de desaparecimento de ativistas políticos e com o impedimento do acesso de equipes médicas para atender os manifestantes.

Pillay falou sobre a importância de que os responsáveis pela segurança pública do país entendam que suas ações devem respeitar o direito internacional e lembrou que eles podem ser responsabilizados pelas violações. Ela pediu que houvesse um “diálogo significativo, amplo e inclusivo” no Iêmen para traçar um caminho que respeite as aspirações aos direitos humanos da população.