FAO assina parceria com Noruega para construção de navio de pesquisa ultramoderno

Projeto EAF-Nansen trabalha com 32 países costeiros na África para obter informações detalhadas sobre os recursos marinhos. Foto: Projeto EAF-Nansen

Como parte dos esforços para reverter os efeitos das mudanças climáticas e de outras ameaças às reservas mundiais de peixe, a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) anunciou nesta segunda-feira (9) uma parceria com o governo da Noruega para a construção de um navio de pesquisas avançadas.

Ao custo de 80 milhões de dólares, o navio “Dr Fridtjof Nansen” comportará sete laboratórios para coleta de dados sobre ecossistemas marinhos, mudança climática e poluição de modo a auxiliar as nações a desenvolverem técnicas sustentáveis de pesca.

Durante a abertura do Comitê sobre Pesca em Roma, o diretor-geral da FAO, o brasileiro José Graziano da Silva, ressaltou a “contribuição central” da prática “para a segurança alimentar e a nutrição”, lembrando também que o desenvolvimento das nações costeiras ou insulares tem sido especialmente dependente da “vitalidade dos oceanos e das reservas marinhas”.

“A pesca excessiva, a poluição e as mudanças climáticas estão pondo em risco esta vitalidade. Os impactos já são evidentes, sendo que os pobres em regiões rurais e costeiras estão entre os mais afetados”, disse. Segundo a FAO, a pesca e a aquicultura são fonte de 17% da proteína animal consumida mundialmente – uma taxa que sobe para 50% em algumas pequenas ilhas e países asiáticos.