OIT saúda campanha dos Estados Unidos contra ‘escravidão moderna’

OIT saúda campanha dos Estados Unidos contra 'escravidão moderna'As novas medidas adotadas pelos Estados Unidos contra o que o Presidente Barack Obama definiu como a “escravidão moderna” ajudam a sensibilizar sobre um flagelo que afeta três a cada 1.000 pessoas no mundo, afirmou a Organização Internacional do Trabalho (OIT) na semana passada.

“As novas medidas e as declarações firmes do Presidente Obama podem desempenhar um papel muito importante para enfatizar a magnitude real do tráfico de seres humanos, que afeta a todos os países do mundo, em uma ou outra medida”, declarou Beate Andrees, responsável pelo Programa Especial de Ação para Combater o Trabalho Forçado da OIT.

Cerca de 21 milhões de pessoas são vítimas de trabalho forçado em todo o mundo, presas em empregos que lhes foram impostos por meio da coação ou do engano, e que não podem abandonar, segundo estimativas da OIT publicadas em junho deste ano.

Noventa por cento das vítimas são exploradas por indivíduos ou empresas privadas, enquanto 10% estão obrigadas a trabalhar pelo Estado, por grupos militares rebeldes ou nas prisões. A exploração sexual afeta a 22% de todas as vítimas, enquanto a exploração no trabalho constitui 68# do total.

“Ainda é complicado ter êxito em um processo judicial contra indivíduos que ocasionam tal sofrimento a tantas pessoas. Isto deve mudar”, afirmou Andrees.

Em um discurso pronunciado em 25 de setembro, o Presidente Obama disse que o tráfico de seres humanos é nada menos do que uma “escravidão moderna” e combatê-la é “uma das grandes lutas pelos direitos humanos de nosso tempo”. Obama anunciou uma série de novas medidas dirigidas a intensificar a luta contra o tráfico de seres humanos e emitiu um decreto executivo para fortalecer ainda mais as políticas que ele já considera rigorosas para prevenir o uso do trabalho forçado pelos empresários que fornecem ao Governo dos Estados Unidos.