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Efeitos das mudanças climáticas na América Latina e no Caribe

O relatório entitulado “Gráficos vitais sobre mudanças cilmáticas para a América Latina e o Caribe”, produzido pelo Programa da ONU para o Meio Ambiente (PNUMA), retrata os impactos físicos das mudanças climáticas na região e calcula os níveis atuais de emissões de gases que contribuem para o efeito estufa, bem como as possibilidades de atenuação dos mesmos. Lançado na Conferência das Nações Unidas para as Mudanças Climáticas em Cancun, México, o relatório inclui ainda previsões para o cenário climático da região.

Produzido em colaboração com a Divisão de Desenvolvimento Sustentável e Assentamentos Humanos da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL) e com o Centro de Pesquisa Polar do PNUMA, o relatório se baseia em análises de variáveis como temperatura, chuvas e níveis oceânicos, mostrando que os países da região precisarão de recursos e assistência para se tornarem menos vulneráveis aos impactos das mudanças climáticas.

Apesar da contribuição da América Latina e Caribe para a emissão de gases estufa ser de apenas 8%, a região deve sofrer fortes impactos com as mudanças do clima. O número de pessoas afetadas por eventos climáticos, como queimadas de florestas, tempestades, elevação da temperatura e inundações aumentou de 5 milhões, em 1970, para mais de 40 milhões, entre 2000 e 2009. Condições adversas do tempo ja custaram à região mais de 40 bilhões de dólares na última década, informa o relatório.

Gráficos mostram que, em 2050, os aumentos na temperatura e no nível dos oceanos resultarão no branqueamento das barreiras de coral, afetando negativamente o turismo e a pesca locais. Outros revelam a necessidade de avanços rápidos na redução da emissão de gases provenientes do desmatamento das florestas.

O documento faz um alerta para o aumento de doenças tropicais como febre amarela, dengue e malária. Também é destacada a necessidade de maior coordenação regional e da instituição de práticas sustentáveis, como o investimento em tecnologia e recursos para reduzir a emissão de gases estufa e expandir fontes de energia limpa e renovável, poupando energia e aumentando sua eficiência.

Diversos países da região já começaram a adotar tais medidas, investindo em estratégias e soluções para lidar com as mudanças climáticas. Para serem eficazes, no entanto, estas ações requerem esforço nacional e regional.