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Timor-Leste: força nacional reassume policiamento

A Missão de Paz no Timor-Leste (UNMIT) transferiu neste domingo (27/03) as funções de policiamento para a Policia Nacional do país (PNTL), que passa a ser inteiramente responsável pela manutenção da lei e da ordem nacionais. A transferência foi realizada em Dili, capital do Timor-Leste, durante uma cerimônia que celebrou o 11° aniversário da Polícia Nacional.

“A PNTL e a UNMIT trabalharam juntas por mais de quatro anos para reconstruir e desenvolver as capacidades da Polícia para manter o Estado de Direito no Timor-Leste”, declarou a Representante Especial do Secretário-Geral para o país, Ameerah Haq. Ela disse que a ONU continuará fornecendo apoio, mas que a Polícia Nacional é quem vai liderar os esforços de mudança.

O Primeiro Ministro, Xanana Gusmão, agradeceu a ONU e a comunidade internacional pela ajuda no fortalecimento das capacidades de policiamento do país. A UNMIT assumiu o policiamento no Timor-Leste em 2006, a pedido do Governo, após um período de instabilidade. Ela manterá uma equipe com cerca de 1.280 pessoas para dar apoio à PNTL até as eleições de 2012, quando a Missão deverá encerrar seu mandato no país.

Timor-Leste aposta em futuro promissor para o português, diz premiê

Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.

O futuro da língua portuguesa no Timor-Leste é promissor, na opinião do primeiro-ministro do país, Xanana Gusmão.

A oitava nação a adotar o português, o Timor-Leste, no sudeste da Ásia, também tem o tétum como outra língua oficial do país.

Independência

Nesta entrevista à Rádio ONU, em Nova York, Xanana Gusmão disse que a língua portuguesa ajudou o Timor a se afirmar como nação, logo após a sua independência da Indonésia, em 2002.

“O português parece-me mais como um instrumento de identidade. Somos diferentes pela história e pela cultura e aí é que nós nos apegamos. Somos Timor-Leste por causa da presença portuguesa, que nos deu uma identidade e o direito de sermos um povo”, disse.

Jovens

O primeiro-ministro reconheceu que o ensino da língua para a geração jovem, que fala principalmente indonésio e tétum, ainda é um desafio. Mas ele contou que o governo tem investido no ensino do idioma a longo prazo.

Xanana Gusmão disse ainda que metade da população timorense tem menos de 15 anos, e que as próximas gerações já deverão falar português com mais facilidade.

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Timor-Leste: estabilidade e desenvolvimento podem levar à retirada da Missão de Paz

As Nações Unidas já começaram a planejar a retirada da Missão de Paz no Timor-Leste (UNMIT), à medida que o país tem conseguido manter a paz e a estabilidade e promovido o desenvolvimento, disse nesta terça-feira (22/02) ao Conselho de Segurança a Representante Especial do Secretário-Geral para o país, Ameerah Haq.

Atuando no país desde 2006, a UNMIT já transferiu a responsabilidade do policiamento para a Polícia Nacional do Timor-Leste (PNTL) na maioria dos distritos administrativos. Haq afirmou que esta será uma nova fase para a PNTL, e que o foco da Missão será no fortalecimento e na capacitação da Polícia.

Apesar dos níveis de pobreza e desemprego continuarem elevados, a Representante disse estar otimista de que o atual desenvolvimento sócio-econômico vai ajudar o país a combater estas condições. Ela manifestou preocupação com os altos níveis de violência doméstica e com os combates esporádicos entre grupos de jovens de artes marciais.

Um dos principais desafios políticos à frente são as eleições presidenciais e parlamentares, em 2012. O Primeiro Ministro do Timor-Leste, Xanana Gusmão, pediu ao Conselho de Segurança o apoio das Nações Unidas para a realização das eleições. “A ONU tem estado presente desde o momento em que nosso país começou a ser construído, e como tal, peço que permaneça em solidariedade, para que possamos cumprir os sonhos de nosso povo”, declarou. “Hoje, estes sonhos são de paz e desenvolvimento.”

Timor-Leste: ONU destaca progressos para estabilidade e segurança

Timor-Leste: ONU destaca progressos para estabilidade e segurança. Foto ONU

O Timor-Leste está em um importante caminho de transição para ultrapassar as fragilidades políticas e institucionais que resultaram nas sangrentas revoltas de 2006, disse ao Conselho de Segurança a Representante Especial do Secretário-Geral para o país, Ameerah Haq.

Numa reunião com o Presidente José Ramos-Horta e outras autoridades do Timor-Leste, Haq concordou em estabelecer um mecanismo conjunto para orientar o planejamento da transição da Missão de Paz das Nações Unidas no país, conhecida como UNMIT. Este sistema, segundo ela, procura assegurar que o processo de transição seja coerente com as estratégias do Governo e que haja uma transferência progressiva das funções da missão para as instituições do Timor-Leste.

“Quero enfatizar que a transição é uma reconfiguração das atividades da missão para assegurar que, quando a UNMIT se retirar, e ela vai se retirar, tenha feito todo o possível para garantir o futuro sucesso das instituições do Estado”, disse Haq, acrescentando que os preparativos reforçarão as capacidades, não só do policiamento, mas de todos os aspectos do seu mandato.

Haq disse que as eleições nacionais marcadas para meados de 2012 serão o primeiro teste da Polícia Nacional de Timor-Leste, tendo efetivamente a responsabilidade de dar segurança durante um evento complexo. Ela também destacou os progressos no reforço do sistema de justiça do país.

O relatório sublinha a necessidade de redobrar os esforços para superar as debilidades políticas, institucionais e sócio-econômicas que contribuíram para a violência de 2006, pedindo o apoio contínuo da comunidade internacional.