Paquistão: evitar doenças e insegurança alimentar é prioridade

As Nações Unidas estão trabalhando para evitar novas crises de saúde e garantir o abastecimento de alimentos adequados entre as comunidades atingidas pelas enchentes no Paquistão, onde a catástrofe contaminou as fontes de água e causou danos em grande escala nas plantações e terras agrícolas.

“O aumento de casos de doenças transmissíveis, como diarréia e malária, receios quanto a crianças desnutridas, o desmantelamento dos sistemas de saúde, a destruição das plantações e a crescente insegurança alimentar são os principais problemas e ameaças que enfrentam as pessoas afetadas pela enchente do Paquistão”, afirmou o Representante da Organização Mundial da Saúde (OMS) para o Paquistão, Guido Sabatinelli.

Cerca de 20 milhões de pessoas foram afetadas pelas inundações, das quais oito milhões estão precisando de ajuda direta para sobreviver, de acordo a OMS. Cerca de seis milhões de pessoas com problemas de saúde foram tratadas desde o início do desastre. Além disso, as agências da ONU e seus parceiros têm entregado mais de mil toneladas de medicamentos, o suficiente para tratar mais de 4,5 milhões de pessoas, e abriram pelo menos 40 centros para tratar pessoas que sofrem de doenças diarréicas. Eles também têm prestado serviços de emergência de saúde reprodutiva para quase 60 mil pacientes, incluindo mais de 1,2 mil mulheres que deram a luz, foram imunizadas mais de 445 mil crianças contra a poliomielite e 428 mil contra o sarampo.

Na semana passada, a ONU e seus parceiros lançaram seu maior apelo para desastres naturais, buscando mais de dois bilhões de dólares para fornecer assistência para mais de 14 milhões de pessoas afetadas pelas enchentes.