Especialista da ONU pede ‘sociedade mais equitativa e solidária’ no combate à pobreza extrema no Paraguai

Paraguai: Especialista da ONU pede 'sociedade mais equitativa e solidária' no combate à pobreza extremaO Paraguai está combatendo a pobreza extrema através de programas de proteção social com forte foco em direitos, mas estes esforços serão insuficientes até que haja progresso na construção de uma sociedade mais justa.

Esta foi uma das conclusões da Relatora Especial das Nações Unidas contra a pobreza extrema, Magdalena Sepúlveda, após o encerramento de sua visita oficial, na última sexta-feira (16/12).

“É necessário que todos os setores da população paraguaia entendam que a pobreza é um problema de todos e mostrem a sua solidariedade para enfrentá-la”, disse a especialista, enfatizando a importância da participação de todos os ramos do governo para garantir investimentos sociais de acordo com as necessidades e prioridades dos setores mais pobres da população, bem como na luta contra a corrupção.

Sepúlveda ressaltou que o crescimento econômico no Paraguai, um dos maiores da região, não resultou em uma redução significativa da pobreza no país, que atualmente afeta mais de um terço da população, com quase 20% das pessoas em situação de pobreza extrema. “A distribuição desigual da renda é alarmante, como fica claro quando os 10% mais ricos da população ganha 41% da renda nacional”, afirmou ela.

“Um retrocesso injustificado na luta contra a pobreza extrema e nos esforços para assegurar o acesso a educação, habitação, saúde e qualidade de vida para todos os paraguaios e paraguaias violaria as obrigações internacionais assumidas pelo Paraguai em tratados de direitos humanos”, afirmou a especialista, destacando as realizações de alguns dos programas adotados para superar a pobreza no país e recomendando que orçamentos adequados sejam alocados para expandir a cobertura nacional destes programas.

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