A Organização das Nações Unidas  para a Agricultura e a Alimentação (FAO) informou nesta quinta-feira (04) que os preços globais dos alimentos aumentaram ligeiramente em setembro, após dois meses de estabilidade, e advertiu que, apesar de a produção de cereais ter aumentado em países de baixa renda, a colheita mundial da commodity deve diminuir neste ano.

Em setembro, o Índice de Preços dos Alimentos da FAO subiu 1,4% em relação ao nível de agosto. O aumento de 213 para 216 pontos reflete, sobretudo, o fortalecimento dos preços do leite e da carne, avalia a agência. O índice mede a variação mensal dos preços internacionais de 55 produtos alimentares, incluindo a carne, laticínios, açúcar e cereais.

Os preços da carne alcançaram 175 pontos em setembro, aumentando 2,1% desde de agosto. Setores de suínos e aves registraram ganhos particularmente fortes, com aumento de 6% e 2%, respectivamente.

Os preços dos laticínios experimentaram um aumento de 7% desde agosto, o que representa o maior aumento mensal desde janeiro de 2011. O aumento, segundo a FAO, foi em parte por causa da demanda firme para produtos lácteos, que combinados com os custos de alimentação crescentes, está a impulsionar os preços mundiais.

Os preços dos cereais subiram 1%. No entanto, projeções mais recentes da agência confirmaram um declínio na produção mundial de cereais desde 2011. A produção mundial de cereais este ano está agora prevista em 2.286 milhões de toneladas, um pouco abaixo dos 2.295 milhões de toneladas estimadas no mês passado.