Risco de novos casos de câncer em Fukushima é baixo, diz comitê da ONU

Equipe da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) inspeciona os destroços da planta nuclear de Fukushima Daiichi, em maio de 2011. Foto: AIEA/Greg Webb
Equipe da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) inspeciona os destroços da planta nuclear de Fukushima Daiichi, em maio de 2011. Foto: AIEA/Greg Webb

Após o desastre nuclear que se seguiu ao tsunami de 2011, no Japão, ter deslocado centenas de milhares de japoneses e causado grande aflição no país e no mundo, uma boa notícia: segundo relatório das Nações Unidas divulgado nesta quarta-feira (2), os níveis de câncer em Fukushima muito provavelmente permanecerão estáveis.

Divulgado pelo Comitê Científico das Nações Unidas sobre os Efeitos da Radiação Atômica (UNSCEAR), o relatório não detectou em seus cálculos nenhuma mudança significativa nas taxas futuras de câncer ou doenças hereditárias relativas ao acidente. Ainda assim, ele aponta para o risco teórico de câncer de tireoide nas crianças mais expostas à radiação.

“As pessoas estão certas em se preocuparem com o impacto em sua saúde e na de suas crianças”, diz Carl-Magnus Larsson, chefe do UNSCEAR. “Contudo, baseado nestas pesquisas, o Comitê não espera alterações expressivas nas estatísticas futuras de câncer relacionadas à exposição radioativa.”

Os resultados se baseiam em estimativas dos efeitos radioativos em vários grupos populacionais, inclusive crianças. Segundo o estudo, o baixo impacto do desastre na saúde da população se deve especialmente às medidas preventivas tomadas pelas autoridades japonesas logo após o incidente.