61 milhões de crianças ainda estão fora da escola primária, alerta ONU

Foto: Aluna escreve em um quadro-negro em uma escola em Bamako, Mali. Foto: UNICEF/Tanya Bindra
Foto: Aluna escreve em um quadro-negro em uma escola em Bamako, Mali. Foto: UNICEF/Tanya Bindra

O acesso a educação e a aprendizagem ao longo da vida deve estar no centro da agenda de desenvolvimento, disseram especialistas globais durante a Consulta Global sobre Educação na Agenda de Desenvolvimento pós-2015, evento das Nações Unidas realizado em Dakar, Senegal, nos dias 18 e 19 de março. O evento foi organizado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO).

Durante a conferência, os participantes mapearam formas de garantir que todas as crianças, jovens e adultos — especialmente os mais desfavorecidos — sejam capazes de conseguir o seu direito de aprender. Embora o acesso a educação tenha aumentado ao longo dos últimos 20 anos, ainda existem cerca de 61 milhões de crianças em idade correspondente ao ensino primário que estão fora da escola, sendo que muitas delas vivem em comunidades e bairros pobres.

“Desigualdades limitam a educação e as oportunidades de aprendizagem para as crianças mais desfavorecidas e excluídas”, disse a Vice-Diretora Executiva do UNICEF, Geeta Rao Gupta. “As meninas, crianças com deficiência, crianças que vivem em zonas de conflito, as crianças nômades e as que são obrigadas a trabalhar para ajudar suas famílias com as despesas estão entre os principais grupos vulneráveis”, completou.

Segundo o Vice-Diretor-Geral de Educação da UNESCO, Qian Tang, a educação não é apenas um direito humano, mas também um facilitador para a realização de outros direitos. “Sabemos que a educação é a chave para a redução da mortalidade e morbidade, erradicação da pobreza e da fome, fortalecimento da resiliência para os perigos naturais e para o fim da violência, do abuso e do conflito armado.”

0 pensou em “61 milhões de crianças ainda estão fora da escola primária, alerta ONU

  1. A ileteracia contribui para que as pessoa não tenham capacidade/competências de reivindicarem o que lhes é consagrado na carta dos direitos humanos.
    A falta de sensibilidade, egoísmo e prepotência dos países desenvolvidos, conduz os menos iletrados á falta de igualdade de oportunidades e a terem que ser submisso aos mesmos.