Conferência da ONU aborda uso seguro de organismos vivos modificados que não afete biodiversidade

Esses organismos tiveram o seu material alterado usando técnicas de engenharia e são fontes para a comida geneticamente modificada e usados em pesquisas científicas.

Os organismos vivos modificados são usados para pesquisas e alimentos geneticamente alteradas. Foto: Maggie Bartlett, NHGRI (Creative Commons)
Os organismos vivos modificados são usados para pesquisas e alimentos geneticamente alteradas. Foto: Maggie Bartlett, NHGRI (Creative Commons)

Garantir o uso seguro de organismos vivos modificados foi o tema de debate de uma reunião das Nações Unidas, que trouxe representantes de governos, sociedade civil e indústria de todo o mundo para o debate de cinco dias na Coreia do Sul.

Como resultado da sétima Conferência de Partes para a Convenção de Diversidade Biológica se adotarão decisões para garantir a transferência, manipulação e utilização segura de organismos vivos modificados (OVM), que podem ter efeitos negativos para a biodiversidade.

Os OVMs podem ser micro-organismos como bactérias, insetos, plantas, peixe e mamíferos cujo material foi alterado usando técnicas de engenharia. Os OVMs são fontes para comida geneticamente modificada e usados também em pesquisas científicas.

O Protocolo de Cartagena de Biossegurança busca proteger a diversidade biológica dos riscos potenciais representados pelos organismos vivos modificados originários da biotecnologia moderna. O protocolo entrou em vigor em setembro de 2003 e conta com 166 países signatários, além de todos aqueles pertencentes a União Europeia.

Na abertura do evento, o secretário executivo da Convenção de Diversidade Biológica, o brasileiro Bráulio Ferreira de Souza Dias, instou aqueles países que ainda não ratificaram o Protocolo a adotá-lo de forma a contribuir para o desenvolvimento sustentável do planeta.

Ele frisou ainda que a Conferência servirá como uma oportunidade para trocar experiência na implementação do documento regulatório, além de servir como plataforma de verificação das melhores formas de integrar o tema no plano e programas de desenvolvimento nacional.