Conselho de Segurança da ONU discute situação no Mali que já afeta cinco milhões de pessoas

Desde janeiro de 2012, o norte do Mali está sendo ocupado por radicais islâmicos e sofre com combates entre as forças governamentais e os rebeldes tuaregues, sendo este apenas um de vários problemas de segurança, políticos e humanitários da nação da África ocidental. De acordo com relatos da mídia, rebeldes islâmicos tomaram o controle da Konna – uma cidade de 50 mil habitantes – há cerca de 700 quilômetros a nordeste da capital, Bamako – na última quinta-feira, dia 3.

Os novos confrontos no norte, bem como a proliferação de grupos armados na região, a seca e a instabilidade política que se seguiu a um golpe de Estado militar em março, deixaram centenas de milhares de civis deslocados. Mais de 400 mil pessoas foram forçadas a fugir do norte do país, e cinco milhões de pessoas já foram afetadas pelo conflito.

Para discutir estes problemas e alertar a comunidade sobre a urgência da situação no país, o Conselho de Segurança da ONU se reuniu (10) em Nova York e seus membros lembraram que as Resoluções 2056, 2071 e 2085 – que lidam com a situação no Mali – foram aprovadas sob o Capítulo VII da Carta da ONU, que prevê que o Conselho pode fazer uso da força em face de uma ameaça à paz ou agressão.

Com a Resolução 2085, aprovada em dezembro do ano passado, o Conselho autorizou a implantação da força militar internacional, a  Missão de Suporte Internacional liderada pela África no Mali  (AFISMA) por um período inicial de um ano. Durante a reunião, o Conselho também expressou sua determinação em prosseguir a implementação integral de suas resoluções sobre Mali, em particular a resolução 2085, em todas as suas dimensões: “Neste contexto, os membros do Conselho apelam a uma rápida implantação da AFISMA,” afirmaram.