Enviado da ONU ao Afeganistão condena ataque mortal em Cabul

O mais alto funcionário das Nações Unidas no Afeganistão condenou o ataque mortal da última terça-feira (18) em Cabul, capital do país, que matou civis afegãos e membros das tropas internacionais, ferindo muitas outras pessoas. O ataque ocorreu durante o horário de maior movimento na cidade, quando um carro-bomba atingiu um comboio da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).

“Essa violência sem sentido e o genocídio de civis inocentes e das pessoas que trabalham para trazer estabilidade ao país deve ter um fim”, declarou o Representante Especial do Secretário-Geral no país, Staffan de Mistura. Ainda este mês, ele já havia repudiado os atentados aos prédios do governo no sudeste do país, que classificou como uma “demonstração desprezível de violência”. Gul Makai Wakili, membro do Conselho Provincial, junto com ao menos 3 oficias da polícia local, foi assassinado nos ataques repelidos pela Polícia Nacional Afegã em Zaranj, capital da província Nimroz, de acordo o relatório. Quatro civis e 7 policiais se feriram no incidente.

Carro bomba faz ataque mortal contra comboio da OTAN, em Cabul, no Afeganistão. Foto: UNAMA.
Carro bomba faz ataque mortal contra comboio da OTAN, em Cabul, no Afeganistão. Foto: UNAMA.

Na quarta-feira (20), a ONU voltou a afirmar que manterá uma presença ativa na parte sul do Afeganistão, apesar da insegurança na região. “A ONU tem estado aqui neste país e, em especial, na região sul por um longo tempo. E continuará a estar lá para apoiar e estar ao lado do povo de Kandahar, mesmo quando os tempos se tornam difíceis”, declarou.

Staffan de Mistura, que também atua como chefe da Missão de Assistência das Nações Unidas no Afeganistão (UNAMA), fez uma visita de um dia à região para avaliar a situação, bem como se reunir com líderes locais, autoridades e funcionários da ONU.

O Representante Especial teve discussões construtivas com o governador Tooryalai Wesa e o presidente do Conselho Provincial de Kandahar, Ahmad Wali Karzai. Ele também se reuniu com líderes tribais e ouviu suas preocupações sobre a situação de segurança e o acesso à ajuda humanitária.

A região sul do Afeganistão conta com um número grande de escritórios de campo, de várias agências da ONU, que estão trabalhando para ajudar as comunidades locais e prestar assistência humanitária vital.

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