No Dia Mundial do Habitat, ONU destaca uso de meios de transporte sustentáveis

Mobilidade urbana no Cairo, capital do Egito. Foto: ONU-Habitat
Mobilidade urbana no Cairo, capital do Egito. Foto: ONU-Habitat

Em toda primeira segunda-feira de outubro é comemorado o Dia Mundial do Habitat e, nesse ano, as Nações Unidas resolveram incentivar as prefeituras a ampliar o acesso aos transportes sustentáveis, como andar a pé ou de trem, ônibus e bicicleta.

“O transporte urbano é uma importante fonte de emissão de gases causadores de efeito estufa e de problemas de saúde devido à poluição atmosférica e sonora”, disse o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, em sua mensagem para a data, cujo tema este ano é a mobilidade urbana.

O rápido crescimento das cidades tem levado a um aumento do uso de veículos motorizados, especialmente em países em desenvolvimento, muitos dos quais estão se esforçando para atender a demanda de investimento em transporte.

“A mobilidade não é apenas uma questão de construção de estradas mais largas. É uma questão de fornecer sistemas adequados e eficientes que atendem a maioria das pessoas, na melhor das hipóteses, de forma mais equitativa”, disse Ban. “Isso inclui encorajar a transição do uso do carro para trens, ônibus e bicicletas e estimular os pedestres com calçadas bem iluminadas”, acrescentou.

Além dos efeitos ambientais negativos, Ban observou que milhões de pessoas não podem utilizar o transporte público ou privado devido ao custo, pessoas com deficiência e idosos são regularmente excluídos devido à falta de acessibilidade e mulheres, jovens e minorias estão preocupados com a segurança nesses meios de transportes.

O diretor executivo da ONU-Habitat, Joan Clos, também divulgou uma mensagem para marcar a data. Nela, Clos enfatizou que os custos dos carros se tornaram “abundantemente aparentes, incluindo expansão urbana, poluição atmosférica e sonora, alterações climáticas, acidentes em estradas e a separação física de pessoas por classe e raça”.

“Ao otimizar as densidades urbanas e minimizar as zonas, nós começamos a fazer as cidades trabalharem para os seus cidadãos; a proximidade de bens e serviços explora as vantagens urbanas e incentiva investimento e oportunidade”, disse Clos. “Cidades compactas, bem desenhadas também podem ser mais limpas e ter menos impacto sobre o ambiente”, acrescentou.