No Dia Mundial do Rádio, chefe da ONU pede igualdade de gênero nas emissoras

Ensaio da série “Jungle in retreat” da Rádio ONU (1952). Foto: ONU

“As ondas de rádio têm muitas vezes ficado para trás quando se trata de igualdade de gênero”, afirmou o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, em mensagem para o Dia Mundial do Rádio, celebrado nesta quinta-feira (13).

O chefe da ONU encorajou as estações de rádio a serem mais inclusivas, reconhecendo de forma igualitária as mulheres em suas equipes e audiências. Segundo Ban, as vozes femininas não são ouvidas o suficiente, seja à frente ou atrás do microfone, e não são contadas histórias suficientes sobre mulheres e meninas.

Ban destacou a importância de as emissoras promoverem a voz das mulheres e ampliarem o papel das mulheres nas organizações de rádio. O chefe da ONU observou que as mulheres representam apenas um quarto dos membros de conselhos administrativos das empresas de comunicação no mundo.

Já a diretora-geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), Irina Bokova, destacou a importância do rádio – meio que alcança 95% da população mundial – dizendo que ele “ajuda a educar os analfabetos e salva vidas em situações de desastres naturais”.

“Uma força para a liberdade de expressão e o pluralismo, o rádio é essencial para construir sociedades do conhecimento inclusivas e promover respeito e compreensão entre as pessoas”, acrescentou Bokova.

A UNESCO, registra a mensagem da diretora-geral, “está trabalhando em todo o mundo para desenvolver o rádio como um meio de comunicação independente e plural tanto para mulheres como homens, e para criar um ambiente mais seguro para todos os jornalistas, com reconhecimento especial às ameaças sofridas por mulheres jornalistas”.

Em 2011, a Conferência Geral da UNESCO proclamou 13 de fevereiro como o Dia Mundial do Rádio, data em que a Rádio ONU foi estabelecida em 1946.

O Dia Mundial do Rádio celebra o rádio como um meio para melhorar a cooperação internacional entre as emissoras e incentivar grandes redes, assim como rádios comunitárias, a promover o acesso à informação, a liberdade de expressão e a igualdade de gênero.