“O governo do Paquistão e a ONU — em conjunto com seus parceiros humanitários — informaram que mais de 400 mil pessoas tiveram que deixar suas casas e estão deslocadas devido às operações militares”, informou o porta-voz da agência da ONU para os refugiados (ACNUR), Dan McNorton, nesta terça-feira (24). Isso elevaria o número total de pessoas deslocadas nas regiões tribais do Paquistão para 1,5 milhão, incluindo as 930 mil que estão deslocadas desde 2009.

De acordo com os últimos dados do governo paquistanês, 435.429 pessoas, incluindo cerca de 183 mil crianças, fugiram das zonas de combate entre tropas militares paquistanesas e militantes do Talibã, na região do Waziristão do Norte, em meados de junho.

O ACNUR afirmou que a maioria das famílias está buscando refúgio em diferentes partes da província de Khyber Pakhtunkhwa, mas há relatos de que deslocados também estão chegando em Punjab e Baluchistão. Quase todas as pessoas internamente deslocadas estão sendo hospedadas por comunidades locais.

Funcionários da ONU se reuniram esta semana com as autoridades paquistanesas e ofereceram apoio às operações humanitárias na área de proteção e registro, bem como o fornecimento de itens de ajuda humanitária de emergência. O ACNUR ressaltou que o governo do Paquistão fez um pedido formal à ONU para obter assistência.

O porta-voz acrescentou que o grande desafio das agências é o acesso às áreas onde os deslocados estão chegando. “A ONU e os seus parceiros pedem para ter acesso pleno e irrestrito às populações afetadas para permitir a entrega de ajuda humanitária”, disse.