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Embaixador Nassir Abdulaziz Al-Nasser

Biografia resumida

Foto: ONU/Eskinder Debebe

Até sua eleição para Presidente da sexagésima sexta sessão da Assembleia Geral, Al-Nasser foi Embaixador Extraordinário e Plenipotenciário, Representante Permanente do Estado do Catar nas Nações Unidas em Nova York desde 11 de setembro de 1998. Ele atuou na Missão Permanente como Ministro Plenipotenciário de outubro de 1986 a janeiro de 1993. Ele também foi Embaixador Extraordinário e Plenipotenciário do Estado do Catar para o Reino Hachemita da Jordânia de fevereiro de 1993 a setembro de 1998. Desde então, tem sido creditado como Embaixador (não residente) do Estado do Catar para os seguintes países: Paraguai, Uruguai, Colômbia, Panamá, Nicarágua e Belize, Canadá, Argentina, Brasil e Cuba.

Ele começou sua carreira diplomática ainda jovem, em novembro de 1972, quando atuou como adido na Embaixada do Estado do Catar em Beirute, no Líbano. De maio de 1975 a agosto de 1975, foi designado para a Embaixada do Estado do Catar em Islamabad, no Paquistão, e de dezembro de 1975 a agosto de 1981 ocupou o cargo de Cônsul Geral do Estado do Catar em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. Atualmente, ocupa o posto de Subsecretário do Ministério das Relações Exteriores do Estado do Catar. Enquanto servia como Embaixador do Estado do Catar, Al-Nasser representou seu país e participou de suas delegações oficiais em inúmeras conferências, fóruns e reuniões internacionais e regionais. Ele também representou o Estado do Catar em uma série de cerimônias oficiais em diversos países em todo o mundo.

Sua carreira diplomática nas Nações Unidas incluiu a participação em cargos de alto nível, como Presidente da Comissão de Alto Nível sobre Cooperação Sul-Sul, durante o período de três anos entre 2007 e 2009; Presidente da Quarta Comissão (Assuntos Políticos Especiais e Descolonização) da Assembleia Geral das Nações Unidas durante sua Sexagésima quarta Sessão; e Vice-Presidente da Quinquagésima sétima Sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas.

Durante a participação não-permanente do Estado do Catar no Conselho de Segurança das Nações Unidas, em 2006 e 2007, o Embaixador Al-Nasser foi representante do seu país no Conselho e presidiu o Conselho durante o mês particularmente agitado de dezembro de 2006. Em 2004, ele também atuou como Presidente do Grupo dos 77 e China nas Nações Unidas, em Nova York.

Além de sua carreira diplomática, Al-Nasser participou de inúmeras reuniões e ocasiões da sociedade civil. Ele faz parte dos conselhos de uma série de instituições. Em janeiro de 2010, tornou-se membro do Conselho de Assessores do Centro para Diálogos da Universidade de Nova York e, em outubro de 2009, tornou-se membro honorário da Associação de Política Externa em Nova York, entre outros.

Al-Nasser foi educado em Doha, no Catar, e em Beirute, no Líbano, onde cursou pós-graduação avançada em ciência política, diplomacia, relações internacionais e gerência em instituições de ensino de alto nível. Ele recebeu um certificado de doutorado honorário em relações exteriores do Governo da China através da Universidade Chongqing (novembro de 2007). Condecorações de diversos governos também foram conferidas a ele.

Al-Nasser nasceu em 15 de setembro de 1953 em Doha, Catar, e é fluente em árabe e inglês. Ele é casado com Muna Rihani e tem um filho, Abdulaziz.

Darfur: passos dados em direção à paz

Djibril Bassolé. Foto: ONU.O mediador designado pela Missão conjunta das Nações Unidas e da União Africana em Darfur (UNAMID), que trabalha pela resolução de conflitos na região, Djibril Bassolé, elogiou o progresso alcançado nas negociações entre o governo do Sudão e um dos principais grupos rebeldes do país. Bassolé declarou nesta quarta-feira (7) que aplaude a decisão tomada por ambas as partes de envolver pessoas desalojadas internamente, refugiados e sociedade civil “de forma mais geral para concluir um acordo de paz abrangente.”

Bassolé se encontrou ontem com o consultor do presidente Omar al-Bashir, Ghazi Salah Al-Din Attabani, que afirmou que um acordo de paz entre o governo do Sudão e o Movimento Justiça e Liberdade (LJM, na sigla em inglês) será assinado em Doha, Catar, no dia 15 de julho. O mediador pediu ajuda a Cartum, capital do Sudão, para assegurar que todos os representantes da sociedade civil de Darfur convidados para o evento possam viajar para a capital do Catar. Ele espera que o Governo tome todas as medidas cabíveis para restaurar a confiança e reduzir tensões em Darfur.

Nos últimos sete anos, por volta de 300 mil pessoas foram mortas e mais de 2 milhões foram desalojadas em decorrência de conflitos entre rebeldes e forças do governo apoiadas pelos milicianos aliados Janjaweed em Darfur. Todas as partes envolvidas são acusadas de violações graves contra os direitos humanos. As Forças de Paz da UNAMID estão na região desde o início de 2008, sucedendo uma missão anterior da União Africana.

Secretário-Geral da ONU celebra acordo de paz assinado entre Eritreia e Djibuti

Conselho de Segurança aprova por unanimidade resolução pedindo aos governos da Eritréia e do Djibuti para resolverem o seu conflito pacificamente.O Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, recebeu com entusiasmo o acordo assinado por Eritreia e Djibuti para resolver suas disputas por fronteiras. Os conflitos já duram dois anos e foram condenados pelo Conselho de Segurança. O presidente da Eritreia, Isaias Afwerki, e o do Djibuti, Ismail Omar Guelleh, assinaram o acordo no último domingo (6), apoiados pelo Emir do Catar, Sheikh Hamad Bin Khalifa al-Thani.

“Acredito que esse desenvolvimento positivo vai contribuir para que se estabeleça a paz nessa região africana”, declarou Ban Ki-moon em comunicado divulgado por seu porta-voz, no qual também demonstrou apreço pelos esforços do Catar na mediação do acordo.

A resolução acaba com as disputas que tiveram início em 2008, quando as forças armadas dos dois países se enfrentaram na Doumeira, território não demarcado no Mar Vemelho, deixando 35 mortos e dezenas de feridos. Em janeiro de 2009, o Conselho de Segurança adotou uma resolução que pedia aos países para retirarem suas tropas da região em disputa e cooperarem com iniciativas diplomáticas e pacíficas.

As Forças de Paz das Nações Unidas enviadas à região para apurar fatos foram bem recebidas por Djibuti, mas bloqueadas pela Eritreia. O país  se recusou a fazer contato com representantes do Secretário-Geral, que oferecera mediação para ajudar na resolução do impasse.