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Dia Mundial da Malária tem ação coletiva em redes sociais em todo o mundo

Dia Mundial da Malária tem ação coletiva em redes sociais em todo o mundoImportantes personalidades globais se unem ao Enviado Especial do Secretário-Geral das Nações Unidas para a Malária. Ação conjunta em redes sociais como o Twitter e o Facebook reforça atividades no Dia Mundial da Malária, em 25 de abril, além de colaborar para arrecadar fundos para doença que, mesmo podendo ser evitada, mata uma criança a cada 30 segundos.

O Enviado Especial do Secretário-Geral das Nações Unidas para a Malária, Ray Chambers, anunciou na última semana a expansão das atividades do grupo de Redes Sociais para o Dia Mundial da Malária, comemorado em todo o planeta no dia 25 de abril, como forma de chamar a atenção de audiências cada vez maiores.

Em 2008, o Secretário-Geral estabeleceu o objetivo de fornecer atenção médica a todas as pessoas em risco de malária até 31 de dezembro de 2010, com o objetivo final de acabar com as mortes até 2015.

Atualmente, 200 milhões de mosquiteiros foram distribuídos em toda a África Subsaariana, oferecendo proteção à metade da população mundial que atualmente corre o risco de malária. Adicionalmente, 100 milhões de mosquiteiros estão em processo de produção, deixando uma lacuna de 50 milhões para atingir a meta das Nações Unidas para a cobertura completa até o final do ano.

A Rainha Rania da Jordânia; o fundador da AOL Steve Case; o âncora da CNN Anderson Cooper, o fundador da Microsoft Bill Gates; o apresentador da CNN Larry King; o cantor, compositor e ativista Jason Mraz; o profissional da NBA Shaquille O’Neal; o cineasta e ativista Jason Pollock; o general norte-americano Colin Powell; e o apresentador do American Idol Ryan Seacrest são algumas das personalidades públicas que participam da ação.

“Estamos estimulados pela expansão deste grupo de Redes Sociais. Com a participação de outros públicos da nova mídia, a participação popular nesta questão dobrou”, disse Ray Chambers, Enviado Especial do Secretário-Geral da ONU para o Malária. “No Dia Mundial da Malária, estamos felizes em ter vozes de redes sociais como líderes desta conscientização e deste esforço para controlar a malária”.

O grupo citado por Chambers realizará uma ação especial por mês – como um “tweet” ou uma postagem no mural do Facebook –, durante os próximos 12 meses. Indivíduos que interagem dentro destes espaços serão convidados a apoiar o movimento para acabar com as mortes por malária e doar fundos para o UNICEF, através do fundo norte-americano para o UNICEF. A primeira ação organizada deste grupo teve lugar ontem, dia 25 de abril, no Dia Mundial da Malária. Os integrantes do grupo foram selecionados pelo Enviado Especial para a Malária, devido à influência, dimensão e envolvimento de suas redes sociais.

“Para alcançar nossos objetivos relacionados com a malária, como a cobertura universal de ações de prevenção até o final deste ano, os encarregados desta ação estão mostrando como as novas mídias podem ajudar a pôr um fim nas mortes por malária e dinamizar o nosso trabalho para alcançar as Metas do Milênio e construir um mundo melhor para todos”.

Conheça todas as personalidades públicas que participaram da ação e outras formas de participação clicando aqui ou visitando a página da campanha:

O vídeo da campanha, em inglês, pode ser assistido abaixo:

Saiba mais sobre a malária

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), atualmente a malária é de longe a doença tropical e parasitária que mais causa problemas sociais e econômicos no mundo e só é superada em número de mortes pela Aids. Também conhecida como paludismo, a malária é considerada um problema de saúde pública em mais de 90 países, onde cerca de 2,4 bilhões de pessoas (40% da população mundial) convivem com os risco de contágio.

Anualmente, sobretudo no continente africano, entre 500 e 300 milhões são infectados, dos quais cerca de um milhão morrem em conseqüência da doença. No Brasil, principalmente na região amazônica, a malária registra por volta de 500 mil casos por ano. No entanto, aqui a letalidade da moléstia é baixa e não chega a 0,1% do número total de enfermos.

Conheça mais sobre esta questão no site da OMS, disponível nas seis línguas oficiais da ONU: www.who.int/malaria

Uma doença que não deveria matar mais: Progressos na prevenção e no tratamento da malária

Embora a malária continue a matar mais de um milhão de pessoas por ano e seja a principal causa de morte entre as crianças africanas, a atenção que o mundo dispensa a este flagelo mortal, bem como aos esforços para conter sua propagação, continua a ser insuficiente. Em 2007, surgiram novas provas que mostram que a distribuição de redes antimosquitos e de novos medicamentos darão um novo impulso à luta contra a malária.

A história
O fato das redes antimosquitos poderem salvar vidas não constitui uma novidade, mas surgiram relatórios que afirmam que esta simples intervenção pode ser um fator decisivo na luta contra a malária. Apesar da elevada taxa de mortalidade e do enorme custo desta doença, essa conclusão não atraiu suficiente atenção, sobretudo se levarmos em conta que a doença já é endêmica em certas regiões, enquanto outras não são diretamente afetadas. Se os riscos mortais que a doença representa são bem conhecidos, o que não é suficientemente reconhecido é que existem meios pouco caros e eficazes de prevenção e tratamento. A erradicação da malária, uma das metas principais estabelecidas pela comunidade internacional no quadro dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), parece estar agora ao nosso alcance.

A malária tem sérias repercussões econômicas na África, abrandando o crescimento econômico e o desenvolvimento e perpetuando o círculo vicioso da pobreza. É uma doença dos pobres, afetando principalmente as populações carentes que vivem nas zonas rurais onde é endêmica, em casas mal construídas, que oferecem pouca ou nenhuma proteção contra os mosquitos. Parece ser cada mais evidente que, quando a malária e a infecção por HIV/aids coexistem na mesma pessoa, têm efeitos recíprocos.

Dado que a malária pode ser, simultaneamente, evitada e tratada, os organismos das Nações Unidas que lideram a luta contra esta doença sublinham que a comunidade mundial possui agora ferramentas e recursos para controlar este flagelo. Por exemplo, dormir debaixo de redes antimosquitos impregnadas de inseticida pode traduzir-se numa redução de 30% da mortalidade. Um relatório recente da Organização Mundial da Saúde (OMS) baseado em observações em Zâmbia, Gana, Etiópia e Ruanda, em finais de 2007, demonstrou uma vez mais que a distribuição maciça de redes antimosquitos e de novos medicamentos pode ter como conseqüência uma redução acentuada das mortes. Um outro relatório mostrou que uma rápida intensificação das medidas de prevenção e tratamento da malária nos 30 países africanos mais atingidos permitiria evitar que 3,5 milhões de pessoas contraíssem a doença e geraria benefícios econômicos da ordem dos 30 bilhões de dólares.

Encorajados por estas descobertas, os líderes da luta contra a malária anunciaram um esforço acelerado com a duração de 36 meses para reforçar o controle da doença na África Subsaariana. O Fundo Mundial para a Luta contra a aids, a Tuberculose e a Malária, a Organização Mundial de Saúde (OMS), o Banco Mundial, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e a Parceria “Fazer Recuar a Malária” conjugaram esforços para desenvolver uma iniciativa para implementar as melhores práticas e ações mais eficazes do setor privado nesta luta. Aproxima-se o momento em que a conscientização e a introdução de novas soluções podem ajudar a lançar uma campanha mundial de erradicação da malária que seja bem sucedida.

O contexto:

  • A malária mata uma criança no mundo de 30 em 30 segundos. Infecta entre 350 e 500 milhões de pessoas por ano, matando um milhão de seres humanos, em sua maioria crianças, na África.
  • Contraída durante a gravidez, pode afetar seriamente o tamanho e o desenvolvimento do recém-nascido. Impede as crianças de freqüentarem a escola e os adultos de trabalharem. Na África seu custo econômico anual oscila entre os 10 e os 12 bilhões de dólares em termos de Produto Interno Bruto (PIB).
  • Segundo a OMS, graças à proteção de redes antimosquitos e ao acesso a medicamentos, em Ruanda e na Etiópia, a mortalidade registrou uma redução de, respectivamente, 66% e 51%, acompanhada de uma queda comparável na transmissão da doença. Na Eritréia, as mortes devidas à malária diminuíram 85%, desde 1999. A Etiópia distribuiu cerca de 20 milhões de redes antimosquitos em três anos, e hoje consegue proteger quase 100% de sua população.
  • Há provas de que as redes antimosquitos, utilizadas corretamente e de uma maneira contínua, podem salvar a vida de seis crianças por ano por cada mil que se beneficiam de sua proteção. O impacto é tal que a OMS espera agora que o número de casos de malária possa registrar uma redução de 80-85% na maioria dos países africanos, nos próximos cinco anos.
  • O UNICEF, a OMS, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e o Banco Mundial, juntamente com a Iniciativa “Fazer Recuar a Malária” estabeleceram uma parceria mundial, em 1998, que tem como objetivo reduzir para metade a incidência da malária até 2010.
  • Em fevereiro de 2008, Roy Chambers foi nomeado Enviado Especial das Nações Unidas para a Malária. Após sua nomeação, declarou que esperava que, nos próximos cinco anos, uma verdadeira parceria entre os setores privado e público, liderada pela Iniciativa “Fazer Recuar a Malária”, permitisse obter entre 8 e 10 bilhões de dólares. Estima-se que sejam necessários cerca de três bilhões de dólares por ano para prevenir e controlar a malária à escala mundial (Relatório Mundial sobre a Malária).

Para mais informações:

Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF)
Jessica Malter; Tel: + 1 212 326 7412
Clique aqui para enviar um e-mail.

Organização Mundial de Saúde (OMS):
Valentina Buj; Tel: +41 22 791 507
Clique aqui para enviar um e-mail.

Escritório do Enviado Especial do Secretário-Geral para a Malária:
Christina Barrineau
Envie seu e-mail clicando aqui.

Saiba mais acessando os links abaixo: