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Empréstimo do Banco Mundial beneficia 2 milhões no Rio

O valor de US$ 485 milhões, equivalentes a mais de R$ 800 milhões, será usado em serviços e habitação em comunidades carentes na área metropolitana do estado.

Marina Estarque, da Rádio ONU em Nova York.*

O Banco Mundial concedeu um empréstimo de cerca de US$ 500 millhões, para o Projeto Urbano e Habitacional Metropolitano do estado do Rio de Janeiro.

Cerca de 2 milhões de pessoas, que vivem em comunidades de baixa renda na região metropolitana, serão beneficiadas. O financiamento, aprovado nesta terça-feira, levou em consideração as enchentes de janeiro, que deixaram mais de 800 mortos na Região Serrana do Rio.

Crescimento Territorial

A quantia deve ajudar na gestão dos riscos de desastres naturais e planejamento especialmente na área metropolitana, onde vivem quase 12 milhões de pessoas.

O governador do estado do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, disse que a parceria com o Banco Mundial e o governo federal deva levar a uma ampliação dos programas sociais nas Unidades de Polícia Pacificadora, UPP, criar alternativas seguras para pessoas em áreas de risco e estender o transporte público para mais 550 mil passageiros por dia.

Solicitações

Segundo o diretor do Banco Mundial no Brasil, Makhtar Diop, o financiamento atende o pedido da presidente Dilma Rousseff e do próprio governador Sérgio Cabral.

Ainda de acordo com Diop, a presidente teria pedido ao Banco que ampliasse o apoio ao Brasil nas questões urbanas, especialmente na gestão dos riscos de desastres naturais. O diretor afirmou que vários outros projetos do tipo já estão sendo negociados ou reestruturados.

Nos últimos quatro anos, os eventos climáticos desalojaram mais de 100 mil famílias no Rio de Janeiro e agravaram a falta de moradias adequadas, principalmente entre a população mais pobre.

*Apresentação: Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.

Clique aqui para ouvir a matéria da Rádio ONU.

Após reunião com Dilma, Banco Mundial anuncia empréstimo ao Rio

Foto: Banco MundialMônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.

O Banco Mundial anunciou uma linha de crédito para o estado do Rio de Janeiro no valor de US$ 485 milhões, equivalentes a mais de R$ 800 milhões.

O anúncio foi feito após uma reunião do diretor do órgão no Brasil, Makhtar Diop, com a presidente Dilma Rousseff.

Nesta quarta-feira (19/1), faz uma semana que as cheias atingiram a região serrana, causando, segundo a mídia local, mais de 700 mortes. A tragédia também deixou 20 mil desalojados e desabrigados.

Vítimas

O empréstimo ainda tem que ser aprovado, mas segundo o Banco Mundial o estado irá receber imediatamente US$ 20 milhões, após uma realocação da verba para as vítimas das enchentes.

Do encontro, nesta terça-feira, em Brasília, participaram também o vice-presidente do Banco Mundial para Redução da Pobreza e Gestão Econômica, Otaviano Canuto, os ministros Antonio Palocci e Miriam Belchior, além de integrantes do governo fluminense.

O Banco Mundial disse que vai apoiar o projeto Morar Seguro. A primeira fase do empréstimo, no valor de US$ 290 milhões, já deve ser liberada na próxima semana, segundo o diretor do Bird.

O órgão informou que vai priorizar em sua estratégia de parceria, que deve ser aprovada em julho, recursos para mitigar e preparar para desastres naturais no Brasil.

Todos os países devem proteger os direitos das dezenas de milhões de migrantes irregulares

Trabalhadores migrantes enviam dinheiro para suas famílias. Foto: ONU.Todos os países devem proteger os direitos humanos das dezenas de milhões de migrantes em todo o mundo que não têm estatuto legal próprio e estão, portanto, mais propensos a sofrerem abusos, detenções prolongadas e maus-tratos, estupro, escravidão, ou mesmo assassinato, um grupo apoiado pelas Nações Unidas alertou ontem (30/09).

“Muitas vezes, os Estados têm abordado a migração irregular unicamente sob a ótica da soberania, da segurança das fronteiras ou da aplicação das leis, às vezes hostis aos estrangeiros”, afirmou o Grupo Global de Migração (GMG) ao final de uma reunião em Genebra (Suíça), que constatou também que as crianças estão particularmente vulneráveis.

“Embora os Estados tenham interesse legítimo em garantir a segurança de fronteiras e exercer o controle da imigração, essas preocupações não podem, e, certamente, não em matéria de direito internacional, triunfar sobre as obrigações do Estado de respeitar os direitos garantidos internacionalmente a todas as pessoas, de protegê-las contra os abusos, e de fazer com que elas desfrutem de uma vida digna e segura”.

O GMG, composto por 12 agências da ONU, pelo Banco Mundial e pela Organização Internacional para as Migrações (IOM, na sigla em inglês), afirmou que todos, independentemente do status de sua migração, gozam dos direitos fundamentais à vida, liberdade e segurança, à liberdade contra a prisão ou detenção arbitrárias, refúgio contra perseguição e proteção contra a discriminação baseada em raça, sexo, língua, religião, origem nacional ou social, ou qualquer outra condição.

Novos projetos para o Haiti

Haitianos participam de esquema de trabalho-por-dinheiro em comunidades de Canapé Vert's. Foto: ONU.Projetos da ONU em saúde, educação, criação de empregos, acesso à saúde reprodutiva e melhora na alimentação foram aprovados para entrar em vigor no Haiti. Os projetos fazem parte do esforço de reconstrução do país, destruído após o terremoto de janeiro.

A Comissão Interina de Recuperação do Haiti (IHRC), criada em abril para coordenar e supervisionar a recuperação e a campanha de reconstrução, anunciou ontem (19) na capital Porto Príncipe que apoiará projetos da ONU no valor de 220 mil dólares.

Entre as iniciativas aprovadas, destaca-se um projeto de 65 milhões de dólares para reabilitar a infraestrutura, com base nos projetos anteriores de dinheiro-por-trabalho [cash-for-work projects], que geraram mais de 120 mil empregos desde o terremoto. Esta iniciativa será coordenada pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).

Outro projeto, que será realizado em conjunto com o Programa Mundial de Alimentos (PMA), a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) e a Organização Internacional para as Migrações (IOM na sigla em inglês), deverá fornecer emprego temporário para 300 mil pessoas nos próximos 12 meses.

Outras iniciativas incluem um projeto da Organização Mundial da Saúde
(OMS), que visa impulsionar o acesso aos cuidados de saúde, um projeto de segurança alimentar gerido pela FAO, um projeto que visa fortalecer os serviços de saúde reprodutiva e um projeto conjunto de alimentação escolar do PMA, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e o Banco Mundial.

Haiti: mais de 200 mil construções já foram avaliadas por dano estrutural

Haitianos trabalham na reconstrução do país. Foto: ONU.Mais de 200 mil construções no Haiti foram avaliadas por dano estrutural após o terremoto ocorrido em janeiro como parte dos esforços apoiados pelas Nações Unidas para acelerar as atividades de reconstrução no país. Engenheiros locais vistoriaram quase o dobro do número inicial de construções para avaliação, de acordo com o Escritório das Nações Unidas de Serviços para Projetos (UNOPS). O objetivo original era de 100 mil locais.

O UNOPS está trabalhando com os ministérios do Haiti e a empresa de engenharia sísmica Miyamoto International para executar o projeto, que foi financiado pelo Banco Mundial e o Fundo Global para Redução de Desastre e Recuperação. Pelo menos 280 engenheiros foram treinados para checar a segurança das construções.  Os engenheiros estão priorizando as áreas mais afetadas em Porto Príncipe, a capital, e inspecionando fisicamente construções antes de marcá-las com tinta verde, amarela ou vermelha, de acordo com a extensão do dano. A prioridade é de escolas e casas em distritos onde acampamentos para pessoas desalojadas estão muito cheios.

Os detalhes das construções e seus níveis de dano são inscritas em uma base de dados que está sendo usada pelos responsáveis pelo planejamento de reconstrução. Assistentes sociais estão acompanhando os engenheiros enquanto trabalham para explicar aos residentes locais o propósito e a natureza das avaliações. O UNOPS relatou que, até o momento, menos da metade das construções avaliadas foram consideradas sem danos estruturais, podendo ser reocupadas. Mas por volta de um quarto das construções vistas estão tão danificadas que provavelmente precisarão ser derrubadas.

Mais de 200 mil pessoas foram mortas no terremoto de 12 de janeiro, enquanto mais de um milhão foram desabrigadas.