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Nações Unidas marcam Dia Mundial de Combate à Malária

Nações Unidas marcam Dia Mundial de Combate à MaláriaMônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.

A ONU está marcando neste 25 de abril o Dia Mundial de Combate à Malária. Em todo o mundo, a doença continua matando 781 mil pessoas, a maioria crianças.

Em mensagem sobre o Dia, o Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, disse que a organização pretende erradicar a malária até 2015. Investimentos globais para combater o problema fizeram com que mais de 600 mil africanos fossem protegidos da contaminação desde 2008.

Inseticidas

Parcerias com agências internacionais ajudaram a distribuir cerca de 300 mil redes com inseticidas contra o mosquito que transmite a doença.

Prevenção dentro de casa também impediu que 75 milhões de pessoas desenvolvessem a malária. Somente no ano passado, 750 mil mortes foram evitadas.

O chefe do Centro de Pesquisa Diagnóstico e Treinamento em Malária da Fundação Oswaldo Cruz, Cláudio Ribeiro, falou à Rádio ONU sobre o combate à doença no Brasil.

Amazônia

“Fora da Amazônia, podemos dizer que ela foi praticamente eliminada. Nos anos 40, tinha tanto malária na Amazônia como na Extra Amazônia. Após este programa de erradicação da Organização Mundial da Saúde, ela acabou em vários países. E no Brasil, na Extra Amazônia acabou. E acabou praticamente sem DDT. Acabou com obras de engenharia sanitária e a busca ativa de tratamento dos casos”, explica.

Para atingir o objetivo da ONU de zerar os casos de malária até 2015, Ban Ki-moon disse que é preciso escalar as medidas que estão gerando resultados, além de testar e tratar, o mais cedo possível, pacientes com suspeita da doença.

A malária é uma das maiores causas de morte entre crianças com menos de cinco anos. Segundo as Nações Unidas, o sucesso no combate à doença é vital para melhorar a saúde de mulheres e crianças em todo o mundo, especialmente na África.

Refugiados africanos

Ban pediu a todas as agências parceiras que aumentem sua participação na luta contra a malária.

Uma destas iniciativas é uma campanha interativa na internet que recolhe doações de qualquer quantia para a compra de redes mosquiteiras para refugiados africanos.

Uma exposição de fotos, na sede da ONU em Nova York, nesta segunda-feira, vai premiar 25 meninos e meninas que combatem a doença.

Clique aqui para ouvir a matéria da Rádio ONU.

Dia Mundial da Malária tem ação coletiva em redes sociais em todo o mundo

Dia Mundial da Malária tem ação coletiva em redes sociais em todo o mundoImportantes personalidades globais se unem ao Enviado Especial do Secretário-Geral das Nações Unidas para a Malária. Ação conjunta em redes sociais como o Twitter e o Facebook reforça atividades no Dia Mundial da Malária, em 25 de abril, além de colaborar para arrecadar fundos para doença que, mesmo podendo ser evitada, mata uma criança a cada 30 segundos.

O Enviado Especial do Secretário-Geral das Nações Unidas para a Malária, Ray Chambers, anunciou na última semana a expansão das atividades do grupo de Redes Sociais para o Dia Mundial da Malária, comemorado em todo o planeta no dia 25 de abril, como forma de chamar a atenção de audiências cada vez maiores.

Em 2008, o Secretário-Geral estabeleceu o objetivo de fornecer atenção médica a todas as pessoas em risco de malária até 31 de dezembro de 2010, com o objetivo final de acabar com as mortes até 2015.

Atualmente, 200 milhões de mosquiteiros foram distribuídos em toda a África Subsaariana, oferecendo proteção à metade da população mundial que atualmente corre o risco de malária. Adicionalmente, 100 milhões de mosquiteiros estão em processo de produção, deixando uma lacuna de 50 milhões para atingir a meta das Nações Unidas para a cobertura completa até o final do ano.

A Rainha Rania da Jordânia; o fundador da AOL Steve Case; o âncora da CNN Anderson Cooper, o fundador da Microsoft Bill Gates; o apresentador da CNN Larry King; o cantor, compositor e ativista Jason Mraz; o profissional da NBA Shaquille O’Neal; o cineasta e ativista Jason Pollock; o general norte-americano Colin Powell; e o apresentador do American Idol Ryan Seacrest são algumas das personalidades públicas que participam da ação.

“Estamos estimulados pela expansão deste grupo de Redes Sociais. Com a participação de outros públicos da nova mídia, a participação popular nesta questão dobrou”, disse Ray Chambers, Enviado Especial do Secretário-Geral da ONU para o Malária. “No Dia Mundial da Malária, estamos felizes em ter vozes de redes sociais como líderes desta conscientização e deste esforço para controlar a malária”.

O grupo citado por Chambers realizará uma ação especial por mês – como um “tweet” ou uma postagem no mural do Facebook –, durante os próximos 12 meses. Indivíduos que interagem dentro destes espaços serão convidados a apoiar o movimento para acabar com as mortes por malária e doar fundos para o UNICEF, através do fundo norte-americano para o UNICEF. A primeira ação organizada deste grupo teve lugar ontem, dia 25 de abril, no Dia Mundial da Malária. Os integrantes do grupo foram selecionados pelo Enviado Especial para a Malária, devido à influência, dimensão e envolvimento de suas redes sociais.

“Para alcançar nossos objetivos relacionados com a malária, como a cobertura universal de ações de prevenção até o final deste ano, os encarregados desta ação estão mostrando como as novas mídias podem ajudar a pôr um fim nas mortes por malária e dinamizar o nosso trabalho para alcançar as Metas do Milênio e construir um mundo melhor para todos”.

Conheça todas as personalidades públicas que participaram da ação e outras formas de participação clicando aqui ou visitando a página da campanha:

O vídeo da campanha, em inglês, pode ser assistido abaixo:

Saiba mais sobre a malária

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), atualmente a malária é de longe a doença tropical e parasitária que mais causa problemas sociais e econômicos no mundo e só é superada em número de mortes pela Aids. Também conhecida como paludismo, a malária é considerada um problema de saúde pública em mais de 90 países, onde cerca de 2,4 bilhões de pessoas (40% da população mundial) convivem com os risco de contágio.

Anualmente, sobretudo no continente africano, entre 500 e 300 milhões são infectados, dos quais cerca de um milhão morrem em conseqüência da doença. No Brasil, principalmente na região amazônica, a malária registra por volta de 500 mil casos por ano. No entanto, aqui a letalidade da moléstia é baixa e não chega a 0,1% do número total de enfermos.

Conheça mais sobre esta questão no site da OMS, disponível nas seis línguas oficiais da ONU: www.who.int/malaria

Uma doença que não deveria matar mais: Progressos na prevenção e no tratamento da malária

Embora a malária continue a matar mais de um milhão de pessoas por ano e seja a principal causa de morte entre as crianças africanas, a atenção que o mundo dispensa a este flagelo mortal, bem como aos esforços para conter sua propagação, continua a ser insuficiente. Em 2007, surgiram novas provas que mostram que a distribuição de redes antimosquitos e de novos medicamentos darão um novo impulso à luta contra a malária.

A história
O fato das redes antimosquitos poderem salvar vidas não constitui uma novidade, mas surgiram relatórios que afirmam que esta simples intervenção pode ser um fator decisivo na luta contra a malária. Apesar da elevada taxa de mortalidade e do enorme custo desta doença, essa conclusão não atraiu suficiente atenção, sobretudo se levarmos em conta que a doença já é endêmica em certas regiões, enquanto outras não são diretamente afetadas. Se os riscos mortais que a doença representa são bem conhecidos, o que não é suficientemente reconhecido é que existem meios pouco caros e eficazes de prevenção e tratamento. A erradicação da malária, uma das metas principais estabelecidas pela comunidade internacional no quadro dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), parece estar agora ao nosso alcance.

A malária tem sérias repercussões econômicas na África, abrandando o crescimento econômico e o desenvolvimento e perpetuando o círculo vicioso da pobreza. É uma doença dos pobres, afetando principalmente as populações carentes que vivem nas zonas rurais onde é endêmica, em casas mal construídas, que oferecem pouca ou nenhuma proteção contra os mosquitos. Parece ser cada mais evidente que, quando a malária e a infecção por HIV/aids coexistem na mesma pessoa, têm efeitos recíprocos.

Dado que a malária pode ser, simultaneamente, evitada e tratada, os organismos das Nações Unidas que lideram a luta contra esta doença sublinham que a comunidade mundial possui agora ferramentas e recursos para controlar este flagelo. Por exemplo, dormir debaixo de redes antimosquitos impregnadas de inseticida pode traduzir-se numa redução de 30% da mortalidade. Um relatório recente da Organização Mundial da Saúde (OMS) baseado em observações em Zâmbia, Gana, Etiópia e Ruanda, em finais de 2007, demonstrou uma vez mais que a distribuição maciça de redes antimosquitos e de novos medicamentos pode ter como conseqüência uma redução acentuada das mortes. Um outro relatório mostrou que uma rápida intensificação das medidas de prevenção e tratamento da malária nos 30 países africanos mais atingidos permitiria evitar que 3,5 milhões de pessoas contraíssem a doença e geraria benefícios econômicos da ordem dos 30 bilhões de dólares.

Encorajados por estas descobertas, os líderes da luta contra a malária anunciaram um esforço acelerado com a duração de 36 meses para reforçar o controle da doença na África Subsaariana. O Fundo Mundial para a Luta contra a aids, a Tuberculose e a Malária, a Organização Mundial de Saúde (OMS), o Banco Mundial, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e a Parceria “Fazer Recuar a Malária” conjugaram esforços para desenvolver uma iniciativa para implementar as melhores práticas e ações mais eficazes do setor privado nesta luta. Aproxima-se o momento em que a conscientização e a introdução de novas soluções podem ajudar a lançar uma campanha mundial de erradicação da malária que seja bem sucedida.

O contexto:

  • A malária mata uma criança no mundo de 30 em 30 segundos. Infecta entre 350 e 500 milhões de pessoas por ano, matando um milhão de seres humanos, em sua maioria crianças, na África.
  • Contraída durante a gravidez, pode afetar seriamente o tamanho e o desenvolvimento do recém-nascido. Impede as crianças de freqüentarem a escola e os adultos de trabalharem. Na África seu custo econômico anual oscila entre os 10 e os 12 bilhões de dólares em termos de Produto Interno Bruto (PIB).
  • Segundo a OMS, graças à proteção de redes antimosquitos e ao acesso a medicamentos, em Ruanda e na Etiópia, a mortalidade registrou uma redução de, respectivamente, 66% e 51%, acompanhada de uma queda comparável na transmissão da doença. Na Eritréia, as mortes devidas à malária diminuíram 85%, desde 1999. A Etiópia distribuiu cerca de 20 milhões de redes antimosquitos em três anos, e hoje consegue proteger quase 100% de sua população.
  • Há provas de que as redes antimosquitos, utilizadas corretamente e de uma maneira contínua, podem salvar a vida de seis crianças por ano por cada mil que se beneficiam de sua proteção. O impacto é tal que a OMS espera agora que o número de casos de malária possa registrar uma redução de 80-85% na maioria dos países africanos, nos próximos cinco anos.
  • O UNICEF, a OMS, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e o Banco Mundial, juntamente com a Iniciativa “Fazer Recuar a Malária” estabeleceram uma parceria mundial, em 1998, que tem como objetivo reduzir para metade a incidência da malária até 2010.
  • Em fevereiro de 2008, Roy Chambers foi nomeado Enviado Especial das Nações Unidas para a Malária. Após sua nomeação, declarou que esperava que, nos próximos cinco anos, uma verdadeira parceria entre os setores privado e público, liderada pela Iniciativa “Fazer Recuar a Malária”, permitisse obter entre 8 e 10 bilhões de dólares. Estima-se que sejam necessários cerca de três bilhões de dólares por ano para prevenir e controlar a malária à escala mundial (Relatório Mundial sobre a Malária).

Para mais informações:

Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF)
Jessica Malter; Tel: + 1 212 326 7412
Clique aqui para enviar um e-mail.

Organização Mundial de Saúde (OMS):
Valentina Buj; Tel: +41 22 791 507
Clique aqui para enviar um e-mail.

Escritório do Enviado Especial do Secretário-Geral para a Malária:
Christina Barrineau
Envie seu e-mail clicando aqui.

Saiba mais acessando os links abaixo: