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“Principal desafio para desenvolvimento do Haiti é a preparação para terremotos”, afirma PNUD

O sismólogo do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Eric Calais, declarou nesta segunda-feira (18/04) que o principal desafio para o desenvolvimento do Haiti é a redução dos riscos em caso de terremotos. Enviado ao país para ajudar o Governo a desenvolver suas capacidades de preparação, Calais foi enfático ao afirmar que o Haiti não pode permitir que esteja tão mal preparado como em janeiro de 2010, quando foi atingido por um terremoto de 7.0 graus na escala Richter que arrasou a capital, Porto Príncipe, e causou sérios danos à economia e à infraestrutura local.

Ele disse que o PNUD está trabalhando em conjunto com autoridades haitianas para determinar a magnitude do movimento do solo em caso de futuros tremores. Também foi produzido um mapa que revela como as diferentes partes da capital são suscetíveis aos movimentos sísmicos. “Esta ferramenta poderá possibilitar o planejamento de construções mais resilientes durante os trabalhos de reconstrução”, afirmou.

Também com o apoio da agência, o Haiti está poderá conseguir uma rede de monitoramento de movimentos sísmicos, que ajudará as autoridades a coletarem informações sobre terremotos, aprimorando assim o poder de decisão. Calais declarou, por fim, que o PNUD trabalha com a Comissão de Reconstrução Interina do Haiti para incluir a redução dos riscos de desastres na estratégia geral de reabilitação do país.

Novo chefe da Minustah deve investir ainda mais em futebol

General Luiz Ramos, que tomou posse no fim de março, diz que o esporte é uma grande ‘força inspiradora’ e uma fonte de amizade entre os haitianos e as tropas.

Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.

O novo comandante das forças de paz das Nações Unidas no Haiti, Minustah, general Luiz Ramos, disse à Rádio ONU que deve investir mais em futebol como um dos componentes sociais da missão. Ele contou que “seria um grande sonho” conseguir levar a Seleção Brasileira de futebol de volta ao Haiti para um amistoso.

Em sua primeira entrevista no posto, Luiz Ramos afirmou que o futebol brasileiro é muito admirado pelos haitianos.

Crianças

“Eu pretendo, dentro da minha capacidade, fazer alguns esforços. Não vou dizer que não seria um sonho trazer novamente a Seleção Brasileira, claro que é muito difícil, mas (vamos) investir na área de esporte. A gente pode pegar as crianças que estão na rua e motivá-las a buscar algo dentro dessa dificuldade que o país vive. Vamos ver o que Deus me ajuda a trazer aqui para o Haiti”, contou.

Luiz Ramos tomou posse no último dia 31 março para um mandato de um ano no Haiti.

Ele afirmou que coordenar os trabalhos da Minustah nesta fase de transição do país, que acaba de escolher um novo Parlamento e o próximo presidente, é sua prioridade no posto.

“No meu caso, eu agora começo a ver que o desafio será dar continuidade a este momento de transição porque as eleições correram bem, graças a Deus, os resultado já foram anunciados. E há uma grande expectativa, e a nossa ideia é que possamos estar prontos para os desafios que possam surgir para o componente militar dentro da Minustah”, afirmou.

A Missão de Estabilização das Nações Unidas no Haiti é comandada por um oficial brasileiro desde sua fundação em 2004.

Ouça aqui a matéria da Rádio ONU

Novo comandante da MINUSTAH otimista com futuro do Haiti

General Luiz RamosGeneral Luiz Ramos disse que ao escolher novo Parlamento e o próximo presidente, haitianos fortalecem fase de reconstrução apoiados por forças de paz da ONU.

Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.

O novo comandante da Missão das Nações Unidas no Haiti, MINUSTAH, general Luiz Ramos, afirmou que está otimista com o futuro do país.

Em sua primeira entrevista no posto, que assumiu no último dia 31, Ramos contou que uma das prioridades de seu mandato será reforçar os trabalhos de reconstrução do Haiti com a ajuda do próximo presidente e do novo Parlamento haitianos.

Companhia de Engenharia

O general brasileiro falou à Rádio ONU, de Porto Príncipe, sobre os projetos de reconstrução de estradas e prédios após o terremoto de 2010.

O sismo matou pelo menos 230 mil pessoas e destruiu grande parte da capital Porto Príncipe, além de outras cidades.

Uma das ferramentas da Missão é a Companhia de Engenharia que conta com o apoio de vários países inclusive o Brasil.

Mas segundo o novo comandante da MINUSTAH, a falta de recursos é um dos obstáculos enfrentados pelos engenheiros militares devido ao aumento da demanda por obras.

Areia e Cimento

“Falta areia no Haiti. É um dado interessante. Para fazer asfalto precisa de areia. Falta cimento também. Mas a engenharia é uma ferramenta maravilhosa. Estão sendo construídas escolas, estão sendo melhorados os canais por causa da época das chuvas. A engenharia não para”, afirmou.

Ao tomar posse no Haiti, como novo chefe das forças de paz da ONU, o general Luiz Ramos substituiu o ex-comandante Luiz Guilherme Paul Cruz. Ramos deve ficar na ilha caribenha até março de 2012.

Ouça aqui a matéria da Rádio ONU.

Clinton quer diáspora haitiana na reconstrução

Enviado especial da ONU ao país e ex-presidente dos EUA afirma que concessão de dupla cidadania a haitianos, vivendo fora do país, pode aumentar ‘investimentos tremendamente’.

Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.

O enviado especial da ONU ao Haiti, Bill Clinton, afirmou que os haitianos que vivem fora do país podem ajudar com a reconstrução da ilha caribenha após o terremoto do ano passado.

Clinton discursou, nesta quarta-feira, no Conselho de Segurança num debate de alto nível sobre a situação do país.

Reforma Constitucional

Segundo ele, a concessão de dupla cidadania para haitianos na chamada diáspora pode aumentar, de forma tremenda, o nível de investimentos e desenvolvimento no Haiti. Ele lembrou, no entanto, que apesar do apoio do presidente haitiano à ideia, a medida teria que passar por uma longa reforma constitucional.

Bill Clinton foi o segundo a discursar na sessão do Conselho após o Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, e voltou a elogiar o trabalho da Missão de Paz.

O enviado especial das Nações Unidas afirmou que a Minustah tem feito um grande trabalho sob a liderança do Brasil com o apoio dos argentinos e de outros países. Ele disse que concorda com a Missão da ONU ao dizer que não pode haver paz, a longo prazo, sem desenvolvimento.

Terremoto

O enviado especial lembrou das consequências do terremoto do Haiti, que matou pelo menos 230 mil pessoas em janeiro do ano passado.

Bill Clinton disse que o terremoto foi um grande golpe para o dia-a-dia dos haitianos e para o desenvolvimento do país. Mas ele lembrou que mesmo apesar da tragédia, o Haiti obteve novas oportunidades com o trabalho da Comissão de Reconstrução da ilha caribenha.

Ao falar da atuação das organizações não-governamentais no país, o ex-presidente americano disse que elas devem trabalhar juntamente com o governo.

O enviado especial da ONU disse que o trabalho das ONGs no Haiti tem sido excelente e uma “bênção de várias formas, mas também segundo ele, uma espécie de ‘maldição’, às vezes. Clinton afirmou que as ONGs no Haiti deveriam copiar o modelo da Indonésia após o tsunami de ajudar o país mas prestando conta ao governo local.

O debate contou ainda com a presença do vice-ministro das Relações Exteriores para América Latina do governo brasileiro, Antônio Simões. Ele defendeu que a ajuda ao Haiti deve ser enviada diretamente ao governo do país para os projetos de reconstrução.

Ouça aqui a matéria da Radio ONU.

Brasil defende envio de ajuda direta ao governo do Haiti

Declaração foi dada pelo representante do país, embaixador Antônio Simões, durante debate no Conselho de Segurança, sobre a situação da ilha caribenha, nesta quarta-feira.

Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.

O Brasil está defendendo o envio de ajuda humanitária ao Haiti feito diretamente ao governo.

A declaração foi feita pelo vice-ministro das Relações Exteriores para América Latina, Antônio Simões. Ele participou de um debate de alto nível sobre o Haiti, nesta quarta-feira, no Conselho de Segurança.

Terremoto

Segundo Simões, muito dinheiro tem sido dado a organizações não-governamentais e sem coordenação com o governo da ilha caribenha.

A maioria das doações começou a ser enviada ao país após o terremoto de janeiro do ano passado, que matou pelo menos 230 mil pessoas.

Nesta entrevista à Rádio ONU, o vice-ministro Antônio Simões, disse que a ajuda direta ao governo torna o processo de reconstrução mais eficiente.

“Às vezes, há muito dinheiro que vai para a ajuda. Só que essa ajuda vai para organizações não-governamentais. Não é um problema que vá para organizações não-governamentais. O problema é que como esse dinheiro não vai para o governo haitiano, termina por não reforçar a estrutura do governo. E mesmo a ação que vai pelas ONGs termina não sendo efetiva, porque o governo não tem estrutura para receber essa ação. Então é muito importante que se doe, mas se doe para o governo haitiano.”

Simões informou que o Brasil tem repassado doações ao Haiti diretamente ao governo do país.

A proposta de doações diretas foi endossada pelo enviado especial da ONU ao Haiti, Bill Clinton. Segundo ele, as ONGs têm que trabalhar juntas com o governo.

Ouça aqui a matéria da Rádio ONU