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UNESCO alerta sobre artefatos roubados de museus egípcios

Museu Egípcio do CairoEm meio a relatos de que importantes artefatos foram roubados do Museu Egípcio do Cairo e em outros lugares do país, a chefe da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), encarregada de preservar o patrimônio cultural da humanidade, alertou autoridades, negociadores e colecionadores de arte em todo o mundo que estejam atentos às relíquias desaparecidas. Autoridades egípcias informaram, no fim de semana, que várias peças importantes, incluindo uma estátua de madeira dourada do faraó Tutankamon sendo carregado por uma deusa, foram roubadas do museu, e que um dos seus armazéns havia sido arrombado.

“É particularmente importante verificar a origem dos bens culturais que possam ser importados, exportados e/ou colocados à venda, sobretudo na Internet,” disse a Diretora-Geral da UNESCO, Irina Bokova. “Este patrimônio faz parte da história da humanidade e da identidade do Egito. Não deve ser permitido que desapareça em mãos inescrupulosas, ou corra o risco de ser danificado ou mesmo destruído,” acrescentou. Ela disse também que a UNESCO contará com a colaboração de parceiros internacionais, incluindo a Interpol, a Organização Mundial de Aduanas (OMA), o Centro Internacional para Estudo e Restauro de Bens Culturais (ICCROM) e o Conselho Internacional de Museus (ICOM), em esforço para recuperar os artefatos roubados.

“Também gostaria de pedir às forças de segurança, agentes aduaneiros, marchands, colecionadores e às populações locais em todos os lugares que façam todos os esforços para recuperar essas peças de valor inestimável e devolvam-nas ao seu verdadeiro lar. (…) Todas as medidas possíveis devem ser tomadas para proporcionar a segurança necessária para proteger a herança do Egito e evitar mais roubos”, disse Bokova.

UNESCO condena assassinato de jornalista egípcio

Irina BokovaA Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), encarregada de defender a liberdade de imprensa, condenou hoje (10/02) o recente assassinato do jornalista egípcio, Ahmed Mohammed Mahmoud, baleado enquanto cobria os protestos que começaram no mês passado na capital do Egito, Cairo.

De acordo com nota de imprensa emitida pela agência da ONU, Mahmoud, 36, estava cobrindo as manifestações para o jornal Al-Taawun quando foi baleado na cabeça, no dia 29 de janeiro, enquanto fotografava os manifestantes da sacada de seu apartamento, localizado próximo à Praça Tahrir, centro das manifestações. Ele morreu em decorrência dos ferimentos, seis dias depois.

“A violência contra jornalistas representa um ataque contra o direito básico da liberdade de expressão e, portanto, uma ameaça direta à democracia,” disse a Diretora Geral da UNESCO, Irina Bokova. Profissionais da mídia “devem ser capazes de trabalhar em segurança, a fim de nutrir um debate livre e independente. Conto com as autoridades egípcias para fazer todo o possível para esclarecer este crime e levar os culpados à justiça,” afirmou.

A UNESCO expressou preocupação com a situação dos profissionais de mídia que tem feito a cobertura dos protestos no Egito. Eles tem sido atacados e seus equipamentos confiscados, além de alguns estarem presos. Bokova pediu ao Egito que respeite os direitos de liberdade de expressão e de informação, conforme previsto na Declaração Universal dos Direitos Humanos.

Diretora Geral da UNESCO pede suspensão de abusos contra a mídia no Egito

Paris, 04 de fevereiro – “Silenciar a mídia ou tentar intimidá-la é um atentado inaceitável ao direito dos cidadãos de serem informados”, disse a Diretora Geral da UNESCO, Irina Bokova, em um comunicado divulgado hoje, após inúmeros relatos de ataques contra jornalistas e correspondentes que estão cobrindo os eventos no Egito.

“A UNESCO recebeu informações indicando que os repórteres estão sendo espancados ou presos, tendo seus equipamentos apreendidos ou danificados, a sua liberdade de movimentação bloqueada, e suas redações incendiadas ou depredadas”, disse a Diretora Geral. “Relatos igualmente perturbadores foram recebidos sobre o desligamento do tráfego da Internet e da telefonia móvel. Isto é totalmente inaceitável, uma vez que o público depende destas tecnologias para garantir a segurança pessoal e se comunicar.

“Eu apelo a todos no Egito a respeitar os direitos de liberdade de expressão e liberdade de informação como previsto no artigo 19 da Declaração Universal dos Direitos Humanos.

“O artigo 19 afirma que” Toda pessoa tem direito à liberdade de opinião e expressão; este direito inclui a liberdade de ter opiniões sem interferência e de procurar, receber e transmitir informações e idéias por quaisquer meios e independentemente das fronteiras “.

Mais informações sobre o assunto: http://www.unesco.org/pt/brasilia/dynamic-content-single-view/news/unesco_launches_heritage_and_press_freedom_alert_for_egypt/back/9669/cHash/47f58c28f0/

Ana Lúcia Guimarães e Isabel de Paula

Assessoria de Comunicação – UNESCO no Brasil

Fones (61) 3226 7381, 2106 3536, 21063538

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UNESCO faz homenagem a Malangatana, falecido artista moçambicano

MalangatanaA Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) homenageou esta semana o renomado artista moçambicano Valente Ngwenya Malangatana e Artista pela Paz da UNESCO, falecido na última quarta-feira (05/01).

Os Artistas pela Paz são personalidades reconhecidas internacionalmente que usam sua influência, carisma e prestígio para ajudar a promover as mensagens e programas da agência. Estão, entre eles, o autor haitiano Frankétienne, o premiado grupo Philippine Madrigal Singers, o músico camaronense Manu Dibango, a designer de moda bangladeshiana Bibi Russell e o músico brasileiro Gilberto Gil.

“Com a morte de Valente Ngwenya Malangatana, a arte africana perde um de seus maiores talentos”, disse a Diretora-Geral da UNESCO, Irina Bokova. “Ele era não só um artista maravilhoso, mas também um ardoroso defensor da paz.”

Malangatana, como era conhecido, nasceu na vila de Matalana, no sul de Moçambique, em 1936. Conhecido por suas grandes telas e afrescos retratando coloridas multidões, também era um renomado ceramista, gravurista, escultor e poeta. O artista criou um afresco em Maputo durante a Conferência da UNESCO sobre Cultura da Paz e Governança, em setembro de 1997. No mesmo ano, a agência o designou Artista pela Paz.

Seu trabalho pode ser apreciado no Museu Nacional de Arte de Moçambique, bem como em galerias e coleções privadas da Angola, Índia, Nigéria, Portugal e Moçambique. Ele também criou murais para o Museu de História Natural de Moçambique e para o Centro de Estudos Africanos da Universidade Eduardo Mondlane. Um de seus trabalhos, “Juventude e Paz”, foi doado à UNESCO e está exposto na sede da agência, em Paris.

Resgaste do patrimônio natural da República Democrática do Congo será foco de encontro da ONU

A Organização das Nações Unidas e o Governo da República Democrática do Congo (RDC) realizarão um encontro, na semana que vem, para discutir maneiras de melhor proteger cinco localidades da vasta nação africana inscritos na Lista do Patrimônio Mundial em Perigo, que têm sido degradadas devido à instabilidade política nas últimas duas décadas.

“A contínua insegurança devido à presença de grupos armados e a proliferação de armas, bem como um desrespeito à lei e à ordem generalizados, levaram à maciça caça ilegal”, declarou a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO).

O encontro acontecerá no dia 14 de janeiro, na capital, Kinshasa, e será presidido pelo Primeiro-Ministro da RDC, Adolphe Muzito, e pela Diretora-Geral da UNESCO, Irina Bokova. Entre os participantes estarão representantes do governo, de ONGs e doadores, que examinarão o estado das localidades, reforçarão o compromisso de restauração e proteção das autoridades congolesas, redefinirão o apoio da comunidade internacional e adotarão um plano de ação para aumentar sua proteção.