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Aplicativo em TVs vai permitir doações para erradicar a fome

Nova linha de televisões inteligentes da LG Electronics virá com aplicativo da rede social WeFeedBack, que permite doar refeições para crianças através do Programa Mundial de Alimentos.

Marina Estarque, da Rádio ONU em Nova York.*

A LG Electronics lançou uma iniciativa que permite baixar um aplicativo da rede social WeFeedBack, do Programa Mundial de Alimentos, PMA, diretamente de sua nova linha de televisões inteligentes.

Os aparelhos, conectados à internet, são um exemplo de como a tecnologia pode ajudar na promoção da meta número um dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio: a erradicação da pobreza e da fome extremas.

WeFeedBack

A iniciativa é descrita como uma “plataforma solidária” que encoraja pessoas a doar o equivalente ao valor de um dos seus pratos preferidos para a nutrição de crianças carentes. Com o preço de um cheeseburger, por exemplo, o PMA consegue alimentar 40 meninos e meninas.

Desde o lançamento do WeFeedBack no ínicio de março, foram arrecadados o suficiente para comprar refeições para mais de 90 mil crianças no mundo.

Para saber quanto doar, basta inserir o nome de seu prato favorito e o custo médio. Uma calculadora converte o preço em número de pessoas ajudadas.

Para conferir, acesse: http://wefeedback.org

Ouça aqui a matéria da Rádio ONU

*Apresentação: Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.

Economia verde custa somente 2% do PIB, afirma PNUMA

De acordo com relatório lançado hoje pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), investir 2% do PIB mundial em dez setores estratégicos pode ser o pontapé inicial para a transição rumo a uma Economia Verde de baixo carbono e eficiência de recursos. Compilado pelo PNUMA em colaboração com economistas e especialistas de todo o mundo, o relatório tem como um dos seus objetivos a promoção e defesa dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio da ONU.

Intitulado “Rumo a uma Economia Verde: Caminhos para o Desenvolvimento Sustentável e a Erradicação da Pobreza”, o relatório sugere um modelo econômico que evitaria riscos, choques, escassez e crises cada vez mais inerentes na atual economia de alta emissão de carbono, desmontando o mito de que investimentos ambientais vão contra o crescimento econômico.

“Devemos avançar para além das polarizações do passado, entre desenvolvimento e meio ambiente, entre Estado e mercado e entre norte e sul,” declarou o Subsecretário-Geral da ONU e Diretor Executivo do PNUMA, Achim Steiner.

O tema é tratado como sendo relevante não apenas para as economias mais desenvolvidas, mas também como um catalisador-chave para o crescimento e a erradicação da pobreza nas economias em desenvolvimento, nas quais, em alguns casos, cerca de 90% do PIB está ligado à natureza ou a recursos naturais, tais como a água potável.

O relatório, que compõe um estudo macroeconômico publicado online, visa a acelerar o desenvolvimento sustentável e integra a contribuição do PNUMA para as preparações para a conferência Rio+20 a ser realizada em 2012 no Rio de Janeiro. A equipe da Iniciativa Economia Verde do PNUMA planeja apresentá-lo em capitais de todo o mundo ao longo dos próximos meses.

O relatório encontra-se disponível na íntegra aqui.

Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza – 17 de outubro de 2010

O Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon.Mensagem do Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon

Este ano, a comemoração do Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza se concentra no trabalho decente, em empregos dignos e nos meios de vida  que geram rendimento. Em uma palavra: emprego.

O trabalho digno e produtivo é um dos meios mais eficazes para lutar contra a pobreza e promover a autossuficiência.

No entanto, hoje, mais de metade da população economicamente ativa mundial tem empregos precários. Carecem de contratos de trabalho formais e de segurança social e, muitas vezes, não ganham o suficiente para sustentar a família e menos ainda para melhorar sua situação econômica. Segundo as estimativas, a crise econômica internacional lançou na pobreza mais cerca de 64 milhões de pessoas e o número de desempregados aumentou em mais de 30 milhões desde 2007.

Como poderemos diminuir o fosso que separa a pobreza do trabalho digno? Investindo em políticas econômicas e sociais que fomentem a criação de emprego, promovendo condições de trabalho dignas e melhorando os sistemas de proteção social. Também é essencial garantir o acesso à educação, à saúde pública e à formação profissional.

Devemos nos focar em garantir emprego aos jovens. Os jovens têm três vezes mais probabilidade de estar desempregados do que os adultos. No ano passado, o número de jovens desempregados atingiu o número recorde de 81 milhões. Uma das melhores maneiras de conseguir que os jovens olhem para o futuro com esperança é proporcionar-lhes um trabalho digno.

Na Cúpula sobre os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, realizada no mês passado em Nova York, os dirigentes mundiais concordaram com um programa de ação para intensificar a luta contra a pobreza no mundo. Apesar dos avanços animadores em muitas partes do mundo, centenas de milhões de pessoas vivem ainda em condições desumanas, privadas dos serviços mais elementares. É fundamental mudar este panorama: para erradicar a pobreza, reforçar as economias e construir sociedades pacíficas e estáveis, é essencial enfrentar a crise mundial do emprego.

A incerteza econômica e a austeridade orçamental generalizadas não deverão ser um pretexto para fazer menos. São, pelo contrário, razões para fazer mais.

Neste Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza, vamos ouvir as vozes dos pobres e tentemos aumentar as oportunidades de emprego e as condições de trabalho seguras em toda a parte.

Trabalhemos por um mundo em que haja trabalho digno para todos.