Organização Pan-Americana da Saúde cobra esforços redobrados contra tuberculose nas Américas

Diretora da OPAS, Carissa F . Etienne. Foto: OPAS
Diretora da OPAS, Carissa F . Etienne. Foto: OPAS

Às vésperas do Dia Mundial da Tuberculose, observado anualmente em 24 de março, o Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS/OMS) pediu nesta terça-feira (19) mais esforços na prevenção e no controle da tuberculose nas Américas, especialmente para populações vulneráveis que vivem nas grandes cidades.

Entre 1990 e 2011, as mortes por tuberculose caíram 61% nas Américas e a prevalência da doença caiu 62%. Entretanto, os países enfrentam obstáculos para a eliminação da doença, que continua a ser a segunda principal causa infecciosa de morte na América Latina e no Caribe, depois do HIV/aids.

A OPAS estima 268 mil novos casos em 2011 e 30 mil mortes por esta doença na região. No entanto, estima-se que no mesmo período não foram diagnosticados cerca de 60 mil novos casos, a maioria em áreas urbanas.

O fardo da tuberculose varia entre os países e está concentrada em populações vulneráveis, como as minorias étnicas, grupos de imigrantes e aqueles com pouco acesso a cuidados médicos. Estas populações tendem a viver em bairros urbanos marginalizados com más condições de vida, incluindo a superlotação e a violência.

“Pedimos esforços para atingir a meta de zero mortes por tuberculose, um objetivo que só pode ser alcançado se os habitantes das Américas puderem viver com saúde e desfrutar do acesso universal a serviços de saúde de qualidade, sem o receio por ser pobre”, afirmou a Diretora da OPAS, Carissa F . Etienne.

A OPAS/OMS incentiva iniciativas voltadas para populações vulneráveis e que abordem o problema de forma abrangente, em áreas como educação, emprego, desenvolvimento urbano e saúde. Programas como o da cidade de Guarulhos, em São Paulo, que enfatiza a detecção em serviços de atenção primária à saúde para populações específicas.