Quatro anos após fim da guerra entre Israel e Hezbollah, mais progresso é necessário

Soldados da UNIFIL conversam com menino em um jumento. Foto: ONU.A resolução do Conselho de Segurança que acabou com a guerra que estourou em 2006 entre Israel e o grupo libanês Hezbollah ajudou a garantir estabilidade, mas as partes têm de fazer mais para atingir seus compromissos, afirmou na última quinta-feira (15) o Coordenador Especial da ONU para o Líbano, Michael Williams.

Segundo ele, “firmar compromissos é bom, mas implementá-los na prática é melhor ainda”. Williams elogiou os compromissos contínuos para a implementação total da resolução 1701 e pediu que os dois lados respeitem a chamada Linha Azul que os separa, o desarmamento de todas as milícias operando no Líbano e o fim do tráfico de armas na área.

Em seu relatório, o Secretário-Geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, apontou que uma série de violações ocorreram durante os últimos meses e disse que “nenhum progresso ocorreu no que diz respeito às obrigações-chave” da resolução. Ban afirmou que é responsabilidade de Israel e do Líbano chegar a um cessar-fogo definitivo e a uma solução duradoura. “Atualmente, estes países não têm feito muito a esse respeito”.

Williams, no entanto, notou que a resolução do Conselho de Segurança possibilitou o maior período de estabilidade entre Israel e Líbano desde a década de 1970. “Ninguém de nenhum dos lados da linha foi morto por uma ação militar hostil nos últimos quatro anos”.

O Coordenador Especial acrescentou que a presença da Força Provisória da ONU no Líbano (UNIFIL) e sua cooperação com as Forças Armadas Libanesas (LAF) é a base para tudo que já foi alcançado pela resolução 1701. Agentes da UNIFIL recentemente foram alvo de protestos e ataques no sul do Líbano, em resposta à rotina de exercícios militares realizada pela missão. Tanto o Coordenador Especial quanto o Secretário-Geral pediram a garantia da segurança e da liberdade de circulação de agentes em sua área de operação.