UFPR terá processo seletivo com 10 vagas suplementares para refugiados e migrantes

Refugiada síria, Lucia Loxca recebe seu diploma em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal do Paraná. Foto: Grupo MARIOS/Divulgação.
Refugiada síria, Lucia Loxca recebe seu diploma em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Federal do Paraná. Foto: Grupo MARIOS/Divulgação

O Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEPE) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) aprovou na sexta-feira (9) por unanimidade resolução que prevê a criação de um processo anual de seleção para pessoas refugiadas e migrantes com visto humanitário que desejem cursar graduação na instituição.

A resolução prevê dez vagas suplementares anuais, com seleção por meio de processo seletivo exclusivo para esses candidatos. O procedimento ainda passará por regulamentação.

A resolução nº 13/14 – CEPE, que normatiza o acesso de portadores do status de refugiado ou de visto humanitário e migrantes regularmente admitidos no Brasil por meio de vagas remanescentes continua vigente.

Para Tatyana Friedrich, vice-coordenadora do Programa Política Migratória e Universidade Brasileira (PMUB), essa decisão significa a consolidação de um trabalho realizado há cinco anos da UFPR. Desde 2013, o projeto acolhe e apoia em diversos aspectos migrantes e refugiados.

“Esse fato representa a sensibilização do reitor, do Conselho e da comunidade universitária em relação à questão dos migrantes e refugiados, que são uma realidade hoje na sociedade paranaense. Demonstra, ainda, que a UFPR é uma instituição comprometida com a inclusão e emancipação dos menos favorecidos”, disse.

Em 2013, a UFPR firmou termo de parceria com a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) para a implementação da Cátedra Sérgio Vieira de Mello. No ano seguinte, teve início o Programa de Extensão e Pesquisa “Política Migratória e Universidade Brasileira”, com a finalidade de desenvolver políticas de acolhimento e de inserção de pessoas refugiadas e migrantes nos cursos de graduação e pós-graduação, atuando também no processo de revalidação de diplomas de estrangeiros.