425 milhões de empregos precisam ser criados para jovens nos próximos 15 anos, afirma enviado da ONU

Enviado da ONU para a Juventude Ahmad Alhendawi se dirige a jornalistas em Nova York, via satélite, a partir de Dacar, no Senegal. À direita, Martin Nesirky, porta-voz do Secretário-Geral. Foto: ONU/JC McIlwaine
Enviado da ONU para a Juventude Ahmad Alhendawi se dirige a jornalistas em Nova York, via satélite, a partir de Dacar, no Senegal. À direita, Martin Nesirky, porta-voz do Secretário-Geral. Foto: ONU/JC McIlwaine

O processo de criação de uma agenda de desenvolvimento pós-2015 deve incluir a participação dos jovens para refletir as questões que lhes dizem respeito, afirmou nesta terça-feira (19) o Enviado Especial do Secretário-Geral da ONU para a Juventude na sua primeira coletiva de imprensa desde que assumiu o cargo.

“Estamos em uma encruzilhada. Com apenas mil dias até o prazo para os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio [ODM], estamos discutindo e tentando definir as novas prioridades para a agenda de desenvolvimento pós-2015”, disse Ahmad Alhendawi, referindo-se às oito metas de combate à pobreza com objetivos específicos sobre educação, igualdade de gênero, saúde materna e infantil, sustentabilidade ambiental, redução do HIV/aids e uma ‘Parceria Global para o Desenvolvimento’.

“Esta é definitivamente uma oportunidade onde os jovens podem participar na definição da agenda e, em seguida, se apropriar dela sendo parceiros na sua implementação e avaliação”, disse ele a jornalistas em Nova York, via satélite a partir de Dacar, no Senegal, onde participa do Fórum Mundial de Educação.

Alhendawi ressaltou que, com 1,2 bilhão de jovens em todo o mundo – a maior população de jovens que o mundo já teve –, questões como educação e desemprego precisam ser abordadas pelos gestores.

“Os números do desemprego juvenil são assustadores”, disse ele. “Cerca de 425 milhões de empregos precisam ser criados nos próximos 15 anos, e até agora a situação não é promissora.”