Em discurso histórico na Assembleia Geral, Dilma Rousseff destaca papel de liderança global das mulheres

Presidenta Dilma Rousseff durante abertura do Debate Geral da LXVI Assembleia Geral das Nações Unidas. Nova Iorque - EUA, 21/09/2011. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR.

Abrindo o Debate Geral da 66ª Assembleia Geral da ONU nesta quarta-feira (21/09) a Presidenta do Brasil, Dilma Rousseff, destacou o papel das mulheres e afirmou que é preciso haver coordenação política para superar a crise econômica atual. “É com humildade pessoal, mas com justificado orgulho de mulher, que vivo este momento histórico”, declarou Dilma, primeira mulher na História a abrir a Assembleia Geral.

Dilma falou sobre a importância de encontrar soluções coletivas, rápidas e verdadeiras para a crise econômica, e disse que, como todos os países sofrem com a crise, todos têm o direito de participar das soluções. “O mundo se defronta com uma crise que é ao mesmo tempo econômica, de governança e de coordenação política”, declarou a Presidenta. Ela afirmou que a solução do problema da dívida deve ser aliada ao desenvolvimento e citou o Brasil como exemplo de política que controla os gastos sem comprometer políticas sociais e o desenvolvimento.

Ouça na íntegra o discurso abaixo:

[audio:http://downloads.unmultimedia.org/radio/pt/ltd/mp3/2011/1109213i.mp3]
(disponível na Rádio ONU e no site do Governo Brasileiro)

Em relação à política externa, Dilma citou os eventos da chamada Primavera Árabe, dizendo que “os brasileiros se solidarizam com a busca de um ideal que não pertence a nenhuma cultura, porque é universal: a liberdade”. A Presidenta defendeu a criação do Estado Palestino e afirmou que ele é essencial para a paz no Oriente Médio. Dilma defendeu ainda a presença de países em desenvolvimento no Conselho de Segurança da ONU e disse que a legitimidade e a eficácia do órgão dependem de sua reforma.

Presidenta Dilma Rousseff durante encontro com o Secretário-Geral Ban Ki-Moon na Sede da ONU. Nova Iorque - EUA, 21/09/2011. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR.

Dilma encerrou seu discurso lembrando que foi torturada no cárcere e disse saber a importância dos valores da democracia, da justiça, dos direitos humanos e da liberdade. “Junto minha voz às vozes das mulheres que ousaram lutar, que ousaram participar da vida política e da vida profissional, e conquistaram o espaço de poder que me permite estar aqui hoje”, completou.

Assista na íntegra ao discurso:

Paz e cooperação são destaques em outros discursos

Antes do discurso de abertura de Dilma Rousseff, o Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, falou aos 193 Chefes de Estado e de Governo reunidos na Assembleia Geral. Ban ressaltou a importância de trabalhar em parcerias com o setor privado e outros setores, afirmando que a ONU deve ser guiada pela responsabilidade e pela transparência.

O Presidente da Assembleia Geral, Nassir Abdulaziz Al-Nasser, também discursou, destacando as conferências sobre desenvolvimento sustentável que serão realizadas ao longo do ano e no ano que vem, até a Rio+20.

Após a abertura do Debate Geral pelo Brasil, Chefes de Estado fizeram seus discursos, sendo o primeiro deles o Presidente dos Estados Unidos. Barack Obama falou sobre a importância de buscar a paz em tempos de conflito e ressaltou que seu país diminuiu pela metade seu pessoal militar presente em países como Afeganistão e Iraque durante seu governo.

Acompanhe os demais discursos acessando www.un.org/webcast

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  1. A Dilma só se esqueceu de um detalhe: os 5 permanentes do conselho têm forças armadas realmente fortes, capazes de atuar em qualquer lugar do globo, no momento que se fizer necessário. E o Brasil? Se fosse chamado para se mobilizar e enviar tropas para algum país a fim de atuar ao lado daqueles 5? O que a Dilma faria? Enviaria homens revoltados, mau pagos, com armamentos e equipamentos sucateados, aviões que não conseguem voar em segurança, navios a ponto de naufragar, etc. E não adianta falar do Haiti, pois o que está ocorrendo lá, jamais ocorreria em um país militarmente forte, como o Irã, por exemplo. Antes de pensar em conselho de segurança, esse governo deveria arrumar primeiro a cozinha interna, para daí sim passar a se preocupar com o mundo. Se hoje não podemos garantir nem mesmo a amazônia, o pré-sal, a soberania nacional, imaginem apoiar os EUA em uma ação militar multinacional. É melhor nos poupar dessa VERGONHA, dona Dilma!