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Tráfico humano é um dos principais negócios ilegais na Europa

UN Blue Heart Campaign. Foto: ONU.De acordo com um relatório emitido por uma agência das Nações Unidas, o tráfico humano é um dos negócios ilícitos mais lucrativos na Europa. O relatório foi lançado nesta terça-feira (29), em um evento onde a Espanha se tornou o primeiro país do continente a integrar a UN Blue Heart Campaign (Campanha Coração Azul da ONU, em tradução livre) contra o tráfico de pessoas.

O relatório, elaborado pelo Escritório das Nações Unidas contra Drogas e Crime (UNODC), mostra que grupos criminosos lucram cerca de três bilhões de dólares por ano através da exploração sexual e do trabalho forçado de pessoas na Europa. A maioria das vítimas são jovens mulheres que são submetidas a estupros, violência, encarceramento, entorpecimento e outras formas de abuso.

No mesmo evento onde o relatório foi apresentado, a Espanha, que atualmente ocupa a presidência da União Europeia, se tornou o primeiro país europeu a a integrar a Blue Heart Campaign, que almeja despertar a consciência de governos, sociedade civil, a mídia e o público em geral sobre o tráfico humano. O Diretor Executivo do UNODC, Antonio Maria Costa, pediu que todos os países da Europa se juntem à campanha.

Atualmente, mais de 2,4 milhões de pessoas no mundo inteiro – 80% mulheres e crianças – são vítimas de tráfico humano, sofrendo exploração sexual e de trabalho. Outras formas de tráfico humano incluem servidão doméstica, remoção de órgãos e exploração de crianças. Na Europa, mais da metade das vítimas são dos Balcãs e da ex-União Soviética, 13% são da América do Sul, 7% da Europa Central, 5% da África e 3% do Leste da Ásia.

O relatório também mostrou que, apesar de geralmente homens serem condenados como traficantes, mulheres frequentemente são usadas como fachada de gangues para enganar vítimas. Também foi relatada uma “forte correlação” entre a nacionalidade das vítimas e seus recrutadores.

Crise econômica ameaça progresso da luta contra a fome na Europa e Ásia Central

Diretor-Geral da FAO, Jacques DioufO Diretor-Geral da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), Jacques Diouf, elogiou o admirável sucesso na luta contra a pobreza e insegurança alimentar que Europa e Ásia Central têm conseguido ao longo dos últimos 10 anos, tendo a agricultura como peça-chave. Porém advertiu que a crise financeira internacional poderia ameaçar esse processo. “Estudos da FAO mostram que a crise tem enfraquecido a agricultura, particularmente nos países do Centro e Leste da Europa. Além disso, o Banco Mundial estima que Europa e Ásia Central sejam as regiões mais afetadas”, declarou Diouf.

Desde 1998, aproximadamente 50 milhões de pessoas em Europa e Ásia Central conseguiram deixar a linha de pobreza. Para Diouf, a História demonstra que não existe melhor motor para estimular o crescimento e erradicar a fome e a pobreza do que o investimento em agricultura. No entanto, grandes recursos financeiros são necessários. Diouf observou que são precisos 44 bilhões de dólares para a Assistência Oficial de Desenvolvimento para financiar insumos modernos, infraestrutura rural e tecnologia no benefício de pequenos agricultores e países pobres.

Na semana passada, a FAO lançou uma campanha internacional contra a fome, www.1billionhungry.org, cujo objetivo é pressionar líderes globais a tirar um bilhão de pessoas da fome. Diouf declarou estar convencido que “juntos podemos eliminar a fome do planeta”. No entanto, adicionou que “para isso precisamos nos mover das palavras às ações e, sobretudo, fazê-lo rapidamente”.

Conheça a campanha da FAO lançada na última terça-feira (11) clicando aqui.

Visitas e reuniões da ONU anuladas por causa da nuvem de cinzas na Europa

Desde quinta-feira, 15 de abril, várias visitas e reuniões da ONU tiveram de ser anuladas devido ao fechamento de inúmeros aeroportos na Europa por causa da nuvem de cinzas projetada para a atmosfera por um vulcão em erupção na Islândia.

Representantes dos países-membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas que deveriam visitar Kinshasa, na República Democrática do Congo (RDC), entre 17 e 19 de abril, tiveram de adiar a sua visita, devido à intensificação do tráfego aéreo na Europa.

De igual modo, a Especialista Independente da ONU para os Direitos Humanos e a Pobreza Extrema, Magdalena Sepulveda, teve de adiar a sua visita ao Vietnã, prevista para o período de 20 a 29 de abril. Em doze anos, seria a primeira visita a este país de um perito independente da ONU.

A visita à Eslovênia da Relatora Especial da ONU sobre a Independência dos Juízes e dos Advogados, Gabriela Carina Knaul de Albuquerque, que deveria ocorrer entre 19 e 23 de abril, foi igualmente adiada.

Várias reuniões que se deveriam realizar em Genebra, na Suíça, foram também anuladas, como a Conferência das Nações Unidas sobre o Cacau, organizada pela Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (CNUCED).

As autoridades responsáveis pela segurança aérea proibiram os aviões de sobrevoar o espaço aéreo por causa dos riscos que as partículas de cinza poderiam representar para os reatores dos aviões.