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Mais de três milhões de pessoas assinam petição da ONU cobrando ações para erradicar a fome

A realização de "apitaços" contra a fome marcou a campanha. Foto: ©FAO/Gustavo García Uma petição da ONU com as assinaturas de mais de três milhões de pessoas pedindo aos líderes mundiais a erradicação da fome foi apresentada aos governos, em Roma (Itália). A campanha foi uma iniciativa da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), cujo objetivo inicial era coletar um milhão de assinaturas.

“Pessoas do mundo inteiro exigem mudanças, cobrando que líderes políticos ajam e combatam as causas da fome e vulnerabilidade alimentar”, disse o Diretor-Geral da FAO, Jacques Diouf. “Espero que suas vozes sejam ouvidas. Vencer a fome é um objetivo realista para a atualidade, contanto que soluções políticas, econômicas, financeiras e técnicas sejam adotadas.”

A agência estima em 925 milhões o número de pessoas que passam fome ao redor do mundo. No ano passado, a crise econômica elevou este número para mais de um bilhão pela primeira vez na História. A petição foi parte do projeto 1billionhungry e apostou no uso das redes sociais para divulgar material informativo sobre o problema da fome, partilhar notícias e pedir assinaturas. A campanha ganhou ainda o apoio de diversos líderes mundiais, incluindo o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

“O sucesso da campanha confere ainda mais urgência e significado ao nosso trabalho. Isso nos dá aliados que não tínhamos antes. E este movimente vai continuar, uma vez que estamos entrando agora em uma nova fase”, avalia Diouf, acrescentando que o projeto pretende manter o problema em destaque, oferecer mais formas de colaboração e divulgar medidas bem-sucedidas de combate à fome.

ONU pede medidas para combater crises alimentares recorrentes na região de Sahel, na África

A Subsecretária-Geral para Assuntos Humanitários, Valerie Amos, pediu soluções para combater as causas básicas das crises cíclicas de alimentos na região africana de Sahel, após ter visitado durante três dias o Níger, onde metade da população precisa de assistência.

“A subnutrição não ocorre apenas devido à falta de alimentos, mas também está ligada às doenças, à falta de água potável, à falta de informação”, disse no último sábado (16/10), quando a ONU comemorou o Dia Mundial da Alimentação. “Ao longo dos anos, nos tornamos muito bons em responder às necessidades imediatas”, acrescentou Amos. “Precisamos agora nos tornarmos eficientes em construir pontes entre as emergências e o desenvolvimento”.

O Níger tem enfrentado crises alimentares periódicas nas últimas três décadas, a última ocorrida em 2005, quando mais de três milhões de pessoas estiveram ameaçadas pela fome severa. A ajuda global auxiliou na contenção da crise, cerca de cinco milhões de pessoas receberam ajuda alimentar, 220 mil crianças com menos de cinco anos de idade foram tratadas por desnutrição severa e 800 centros especializados foram criados.

Entretanto, o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação dos Assuntos Humanitários (OCHA) alertou que muitas famílias ainda irão lidar com os efeitos prolongados da escassez de alimentos deste ano em 2011. Além da satisfação das necessidades imediatas, segundo o Escritório, o desafio é encontrar soluções duradouras para as crises alimentares recorrentes e do impacto das alterações climáticas.

Presidente Lula faz apitaço contra fome

Presidente Lula faz apitaço contra fome. Imagem: FAO.O presidente Luiz Inácio Lula da Silva uniu-se à campanha contra a fome organizada pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), assinando a petição “1billionhungry” (um bilhão de pessoas com fome) e dando um apitaço contra a fome. O apitaço ocorreu ontem (25) à noite no Palácio do Itamaraty, em Brasília, durante a XVIII reunião plenária do CONSEA, na qual Lula também assinou decreto instituindo a Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional.

Mais de 400 mil pessoas já assinaram a petição “1billionhungry”, que pede que os líderes mundiais façam da erradicação da fome sua prioridade. Você também pode assinar a petição aqui: www.1billionhungry.org/faobrasil

Um milhão de assinaturas

A meta é conseguir um milhão de nomes até o fim de novembro, e apresentar a petição aos 192 Estados-Membros da organização, que participarão do Conselho da FAO. Atualmente, cerca de um bilhão de pessoas no mundo vivem numa situação de fome crônica. “A fome dói e mata. E nós não podemos ficar indiferentes perante tanto sofrimento”, afirmou o representante da FAO no Brasil, Hélder Muteia na cerimônia, antes de convidar Lula a assinar a petição e apitar contra a fome.

Brasil: compromisso com a luta contra a fome

Nos últimos anos, o Brasil promoveu importantes avanços institucionais para garantir o direito à alimentação, como a inclusão do direito à alimentação entre os direitos sociais assegurados na Constituição, e a promulgação da Lei Orgânica de Segurança Alimentar e Nutricional e da lei que determina que 30% dos produtos que abastecem a merenda escolar sejam comprados de agricultores familiares.

Hélder Muteia elogiou a estratégia Fome Zero e os esforços do governo para promover a inclusão social e fez um chamado para que outros governos sigam o exemplo brasileiro.

O projeto “1billionhungry”

O projeto “1billionhungry” é uma campanha de comunicação que busca reunir apoio internacional para acabar com a fome no mundo. Diversas celebridades participam desse esforço, incluindo o ator Jeremy Irons, o músico cubano Chucho Valdés e Gilberto Gil, e o goleiro do Real Madrid e da seleção espanhola campeã do mundo, Iker Casillas.

No Brasil, o projeto conta com diversos apoios, entre eles, do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (CONSEA), a Rede Nacional de Mobilização Social (COEP), a Fundação Banco do Brasil, agências do Sistema Nações Unidas no Brasil, Associação Nacional de Defesa Vegetal (Andef), Visão Mundial, Portal do Voluntariado, Planeta Voluntários, Biblioteca Nacional de Brasília (BNB), e de universidades como UnB, UniCeub e UPIS.

Para assinar a petição visite o site: www.1billionhungry.org/faobrasil

ATENÇÃO JORNALISTAS: Caso necessitem de fotografias e vídeos do apitaço contra a fome do presidente Lula, ou outros materiais do projeto 1billionhungry, entre em contato conosco nos e-mails ou telefones abaixo.

Assessoria de imprensa

  • Representação da FAO no Brasil: Lídia Silva, lí[email protected], (55 61) 3038 2270
  • Escritório Regional da FAO para América Latina e Caribe: Lucas Tavares, [email protected], (56 9) 9802 7300

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Programa da ONU busca aumentar efetividade da distribuição de alimentos em zonas de crise

Programa Mundial de Alimentos da ONU (PMA) busca aumentar efetividade da distribuição de alimentos em zonas de crise. Foto: www.wfp.orgNuma inovadora tentativa de assegurar que as pessoas mais famintas e vulneráveis às crises recebam alimentos, o Programa Mundial de Alimentos das Nações Unidas (PMA) está recorrendo à experiência das vanguardas nos negócios, ajuda humanitária e tecnologia. “Todo dia enfrentamos perigos e obstáculos na nossa busca para que a comida chegue a lugares que precisam de ajuda de forma segura e efetiva”, afirmou a Diretora Executiva do PMA, Josette Sheeran. O Programa leva alimentos a aproximadamente cem milhões de pessoas por ano.

“Eu quero trazer as melhores mentes do mundo – incluindo as dos negócios – para assegurar a máxima segurança e controle da cadeia de suplementos em ambientes voláteis e destruídos. Examinaremos os métodos tecnológicos mais avançados de monitoramento e distribuição”. Especialistas mundiais em logística do setor privado, incluindo o gigante do varejo Wal-Mart e a companhia de transporte TNT, junto com especialistas de ajuda humanitária como o ex-Coordenador de Emergência e Socorro das Nações Unidas, Jan Egeland, e militares focados em cadeias de suplementos estão reunidos com a equipe do PMA em Roma. “O PMA não escolhe onde quer trabalhar. É dirigido pelo princípio de chegar à fome em qualquer lugar onde ela esteja”, afirmou Sheeran. “Isto significa que não podemos evitar riscos, mas podemos manejá-los.

O Programa já possui um sofisticado sistema de distribuição de alimentos, que inclui avaliações detalhadas do número de pessoas famintas e sua localização; orientações contratuais rigorosas para identificar as companhias de transporte mais confiáveis; e métodos de encaminhamento do alimento da doação à distribuição. Mais informações, em inglês, disponíveis aqui.

Crise econômica ameaça progresso da luta contra a fome na Europa e Ásia Central

Diretor-Geral da FAO, Jacques DioufO Diretor-Geral da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), Jacques Diouf, elogiou o admirável sucesso na luta contra a pobreza e insegurança alimentar que Europa e Ásia Central têm conseguido ao longo dos últimos 10 anos, tendo a agricultura como peça-chave. Porém advertiu que a crise financeira internacional poderia ameaçar esse processo. “Estudos da FAO mostram que a crise tem enfraquecido a agricultura, particularmente nos países do Centro e Leste da Europa. Além disso, o Banco Mundial estima que Europa e Ásia Central sejam as regiões mais afetadas”, declarou Diouf.

Desde 1998, aproximadamente 50 milhões de pessoas em Europa e Ásia Central conseguiram deixar a linha de pobreza. Para Diouf, a História demonstra que não existe melhor motor para estimular o crescimento e erradicar a fome e a pobreza do que o investimento em agricultura. No entanto, grandes recursos financeiros são necessários. Diouf observou que são precisos 44 bilhões de dólares para a Assistência Oficial de Desenvolvimento para financiar insumos modernos, infraestrutura rural e tecnologia no benefício de pequenos agricultores e países pobres.

Na semana passada, a FAO lançou uma campanha internacional contra a fome, www.1billionhungry.org, cujo objetivo é pressionar líderes globais a tirar um bilhão de pessoas da fome. Diouf declarou estar convencido que “juntos podemos eliminar a fome do planeta”. No entanto, adicionou que “para isso precisamos nos mover das palavras às ações e, sobretudo, fazê-lo rapidamente”.

Conheça a campanha da FAO lançada na última terça-feira (11) clicando aqui.