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PUC-Rio e ONU lembram o genocídio em Ruanda, 17 anos depois

PUC-Rio e ONU lembram o genocídio em Ruanda, 17 anos depoisO mundo se pergunta até hoje: O que poderia ter evitado o genocídio de Ruanda, em 1994, que vitimou mais de 800 mil pessoas? Para debater este tema, o Instituto de Relações Internacionais (IRI) da PUC-Rio e o Centro de Informação das Nações Unidas para o Brasil (UNIC Rio) organizam uma série de eventos na próxima segunda-feira, dia 11 de abril.

O principal evento do Dia de Reflexão do Genocídio de 1994 em Ruanda será uma mesa redonda com a presença do Secretário Breno Hermann, Chefe da Divisão das Nações Unidas do Ministério das Relações Exteriores do Brasil, do Diretor do UNIC Rio, Giancarlo Summa, e dos Professores Alexandre dos Santos e Simone Rocha, do IRI da PUC. O Professor José Maria Gomez coordenará as discussões. A mesa redonda será realizada entre 11h00 e 13h00, no Auditório Padre Anchieta, no campus da Gávea da PUC.

Na ocasião, uma exposição composta por quatro painéis sobre o genocídio, intitulada “Lições de Ruanda” e produzida pelas Nações Unidas, será inaugurada na área dos Pilotis da Ala Kennedy da PUC-Rio.

Na tarde do dia 11 de abril, entre 14h00 e 18h00 uma sessão de vídeos sobre o genocídio de Ruanda – com entrada franca – será organizada no Auditório Padre Anchieta (veja abaixo a programação completa).

Confira abaixo os detalhes do evento

Local: PUC Rio – Edifício da Amizade – Ala Kennedy
Rua Marquês de São Vicente, 225 – Campus Gávea

Data e horário: 11 de abril de 2011, o dia inteiro.

Programação:

9h às 18h – Exposição “Lições de Ruanda”

  • Local: Pilotis da Ala Kennedy PUC-Rio

11h às 13h – Mesa redonda

  • Secretário Breno Hermann – Chefe da Divisão das Nações Unidas do MRE
  • Professor Alexandre dos Santos – IRI/PUC
  • Giancarlo Summa – Diretor do UNIC Rio
  • Professora Simone Rocha – IRI/PUC
  • Professor José Maria Gomez – IRI/PUC (coordenador da mesa)
  • Local: Pilotis da Ala Kennedy PUC-Rio

14h às 18h – Documentários

  • “Ruanda: A Arte de Perdoar”
  • “História de um Massacre”
  • “Curtas e reportagens sobre o tema”
  • Local: Auditório Padre Anchieta da PUC-Rio

Realização:

  • Centro de Informação das Nações Unidas no Brasil – UNIC Rio
  • Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro – PUC-Rio

Mais informações: www.unicrio.org.br/ruanda17

PUC-Rio e ONU lembram o genocídio em Ruanda, 17 anos depois
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Genocídio continua no Sudão, afirma TPI

Luis Moreno-OcampoO genocídio continua em Darfur (Sudão) e o Presidente sudanês Omar al-Bashir, já indiciado pelo Tribunal Penal Internacional (TPI), empreende “enorme esforço” para encobrir os crimes e manipular a comunidade internacional, segundo disse ontem o Procurador do Tribunal, Luis Moreno-Ocampo, ao Conselho de Segurança. “O Governo do Sudão não está cooperando com o Tribunal e não conduziu quaisquer procedimentos contra os responsáveis pelos crimes cometidos.”

O TPI emitiu um segundo mandado de prisão para al-Bashir, incluindo o genocídio à lista de acusações. Em março de 2009, ele já havia se tornado o primeiro chefe de Estado indiciado pelo Tribunal durante o mandato, recebendo duas acusações por crimes de guerra e cinco por crimes contra a Humanidade. “Os pedidos de prisão não vão desaparecer,” disse Moreno-Ocampo.

“O Presidente al-Bashir, de acordo com as descobertas da câmara, emitiu as ordens criminosas para atacar civis e destruir suas comunidades. Logicamente, o Presidente não quer investigar aqueles que estão seguindo suas próprias ordens. Ele está usando suas promessas de justiça para manipular a comunidade internacional e acobertar os crimes.”

Ele apontou que, apenas nos últimos seis meses, centenas de civis na região de Darfur foram mortos e centenas de milhares deslocados à força, enquanto mais de dois milhões de pessoas sofrem uma forma sutil de genocídio – por estupro e medo. Ele disse também que organizações regionais, como a Liga Árabe e a União Africana, foram cruciais na contenção dos crimes. “Um bom diálogo com elas é fundamental para alcançar esses objetivos”, acrescentou.