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Cinco horas após explosão de reator, radiação em Fukushima já diminui

Autoridades japonesas informaram à Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) da ocorrência de uma explosão no reator da Unidade 2 da Usina de Fukushima Daiichi. A explosão ocorreu hoje (15/03) por volta das seis da manhã, horário local. Cinco horas depois, no entanto, ja se observava uma diminuição da radiação no local.

Enquanto isso, cerca de 150 pessoas em Daiichi recebem acompanhamento dos níveis de radiação. Os resultados de medições em algumas dessas pessoas estão sendo registrados e medidas de descontaminação para 23 pessoas já foram tomadas.

Também está em andamento a evacuação de um raio de 20km da usina. Os japoneses pediram que os residentes de um raio de 30km abriguem-se em suas casas e as autoridades já distribuiram pastilhas de iodo para os centros de evacuação, mas nenhuma decisão foi tomada ainda sobre sua administração.

AIEA acompanha emergência nuclear no Japão

As autoridades japonesas informaram à Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) que a Unidade 2 da usina nuclear de Fukushima Daiichi teve seu nível do líquido refrigerador no núcleo do reator diminuído. Os funcionários começaram a injetar água do mar no reator para manter a refrigeração. Injeções de água do mar nas Unidades 1 e 3 foram interrompidas ontem devido ao baixo nível do reservatório de água do mar, mas as injeções já foram restauradas em duas unidades.

Em 12 de março, o Primeiro-Ministro japonês ordenou a evacuação de moradores em um raio de 10 quilômetros da usina nuclear de Fukushima Daini e em um raio de 20 quilômetros de Fukushima Daiichi. O Governo já distribuiu mais de 230 mil unidades de iodo estável para ingestão da população, em caso de necessidade. O iodo estável inibe o acúmulo de iodo radiativo na tireóide.

A Agência de Segurança Industrial e Nuclear do Japão (NISA) relatou que cerca de 185 mil moradores foram evacuados de dez cidades japonesas. A AIEA continua monitorando as previsões meteorológicas e acompanha a situação junto às autoridades japonesas.

Reforma do Conselho de Segurança deve avançar em 2011

Conselho de Segurança da ONUMônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.

As negociações para a reforma do Conselho de Segurança devem avançar este ano.

Numa entrevista a jornalistas sobre as prioridades da Assembleia para 2011, o presidente Joseph Deiss disse esperar que haja “negociações reais” a respeito da ampliação do órgão.

G-4

Deiss lembrou que as conversações já duram duas décadas. A última vez que o Conselho teve uma ampliação foi em 1965, quando o número de assentos passou de 11 para 15. Nessa época, a ONU tinha somente 118 países-membros. Hoje, tem 192.

O Brasil, ao lado da Alemanha, da Índia e do Japão, como é conhecido o G-4, são considerados potenciais candidatos a um assento permanente. Nessa entrevista à Rádio ONU, no mês passado, a embaixadora do Brasil, Maria Luiza Ribeiro Viotti, disse que 2011 é também um ano especial na configuração do Conselho.

Valor

“O Conselho terá em 2011 vários países do G-4, praticamente todos, à exceção do Japão; contará ainda com os países que constituem o IBAS: Índia, Brasil e África do Sul. Nós estamos em consulta, em contato permanente com esses países, para imprimir uma marca que possa demonstrar que a presença desses países no Conselho de Segurança agrega valor e vem em benefício do Conselho como um todo”, explicou.

O presidente da Assembleia Geral lembrou que o embaixador do Afeganistão, Zahir Tanin, deve produzir um novo relatório até março com as propostas dos países-membros sobre a reforma. Além do G-4, o continente africano também tem interesse em dois assentos.

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