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Lista para nova chefia da FAO inclui ex-ministro brasileiro

Graziano da SilvaJosé Graziano da Silva, diretor regional da agência na América Latina e ex-ministro do Fome Zero concorre ao lado de candidatos da Áustria, da Espanha, da Indonésia, do Irã e do Iraque; eleição será em junho.

Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.

Um ex-ministro do Brasil é um dos candidatos à chefia da Organização da ONU para Agricultura e Alimentação, FAO.

José Graziano da Silva que ocupou a pasta da Segurança Alimentar e do Combate à Fome, no início do governo Lula, concorre ao lado de candidatos da Áustria, da Espanha, da Indonésia, do Irã e do Iraque.

Votação Secreta

A lista inclui seis nomes. E a eleição está marcada para junho. O anúncio foi feito nesta terça-feira, na sede da FAO em Roma.

A escolha do novo diretor-geral da agência ocorrerá em votação secreta logo no início da nova conferência do órgão, de 25 de junho a 2 de julho.

Concorrrem ainda o ex-ministro austríaco e comissário europeu, Franz Fischler, o indonésio Indroyono Soesilo, o iraniano Mohammad Saeid Noori Naeini, o iraquiano Abdul Latif Rashid, e o ex-ministro do Exterior da Espanha, Miguel Ángel Moratinos Cuyaubé.

O novo diretor-geral da FAO terá um mandato para o período de janeiro de 2012 a fim de julho de 2015.

O candidato é eleito pela maioria e cada país tem direito a um voto. O vencedor irá substituir o atual chefe da FAO, Jacques Diouf.

Clique aqui para ouvir a matéria da Rádio ONU.

Inundações no sul da África podem causar escassez de alimentos

Fortes chuvas e inundações no sul da África danificaram grandes áreas de terras cultiváveis, segundo informou a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO). Comunidades mais pobres da região podem vir a sofrer com a escassez de alimentos nos próximos meses. “Os níveis de insegurança alimentar já estão críticos nas áreas afetadas de alguns desses países e inundações só pioram ainda mais a capacidade dos agricultores pobres de lidar [com a situação] e alimentar suas famílias nos próximos meses,” disse a Coordenadora Regional de Emergência para o sul da África da FAO, Cindy Holleman.

A agência está trabalhando com os sistemas de alerta precoce de autoridades regionais e nacionais para acompanhar a evolução das principais bacias hidrográficas e avaliar o impacto sobre a produção de alimentos. A região está no meio da estação de chuvas e a estação de ciclones deve chegar em seu auge durante este mês, situação que coloca em risco elevado de inundações diversas áreas agrícolas ao longo de rios de países como Botsuana, Lesoto, Moçambique, Namíbia, Zâmbia, Zimbábue e África do Sul.

No Lesoto, por exemplo, um dos mais pobres países da subregião, uma equipe de avaliação da FAO constatou que, em algumas das áreas alagadas, até 60% da safra foi perdido e mais de 4.700 animais, principalmente ovelhas e cabras, morreram.

Perdas de safras também são relatadas ao longo de margens de rios nas regiões central e sul de Moçambique e foi declarado alerta vermelho para as regiões, dado que fluxos de água nos principais rios estão acima dos níveis de alerta.

A África do Sul já declarou estado de desastre nacional em vários distritos do país, devido às enchentes que destruíram milhares de hectares de terras cultiváveis e causaram danos estimados em milhões de dólares.

A FAO está participando de avaliações de impacto de inundações em toda a região e fornece aos governos parecer técnico sobre sistemas de monitoramento de enchentes, bem como preparação e medidas para evitar a eclosão e propagação de doenças veterinárias, ao mesmo tempo se preparando para possíveis intervenções de auxílio agrícola, após a diminuição dos níveis de água.

Haiti, um ano depois do terremoto: conquistas e desafios

Um ano após o terremoto que destruiu grande parte do Haiti, em 12 de janeiro de 2010, deixando 220 mil mortos e 1,5 milhão desabrigados, as agências humanitárias das Nações Unidas fizeram uma retrospectiva das conquistas alcançadas, das dificuldades encontradas e dos enormes desafios que ainda devem ser enfrentados.

Na capital, Porto Príncipe, o Coordenador Humanitário das ONU no Haiti, Nigel Fisher, observou que os resultados da recuperação ainda não são sentidos pelos haitianos. O Enviado da ONU para o Haiti, Edmons Mulet, destacou a necessidade do envolvimento da comunidade internacional para ajudar a prover maior apoio para reforçar o Estado de Direito e o progresso social e econômico no país, que está imerso em uma crise política desde o resultado do primeiro turno das eleições presidenciais, em novembro.

De acordo com a Diretora Executiva do Programa Mundial de Alimentos (PMA), Josette Sheeran, a agência distribuiu alimentos para quatro milhões de haitianos e continua a dar assistência alimentar para cerca de dois milhões, através de merendas escolares, trabalhos remunerados e apoio nutricional para mulheres grávidas e em amamentação, e reafirmou que o PMA continuará a ajudar os que ainda estão vulneráveis. A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) afirmou que o apoio à agricultura é essencial para o desenvolvimento do país e a preparação para futuras emergências e destacou também a necessidade de reduzir os riscos ligados aos desastres naturais, como enchentes e furacões.

Através de um artigo,o Diretor Executivo do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), Anthony Lake, disse que milhares de crianças retornaram para suas famílias e cerca de 100 mil jovens foram beneficiados por uma rede de atendimento psicológico.Ele ressaltou, no entanto, que atrasos na ajuda dificultaram os esforços para a recuperação, que também foi afetada pela eclosão da epidemia de cólera, em outubro.
Segundo Lake, é preciso melhorar a coordenação entre o governo, a comunidade internacional e as organizações não-governamentais para dar mais apoio às comunidades e direcioná-las para a própria recuperação.

ONU lembra morte de funcionários

Além dos quase 220 mil haitianos o terremoto matou também 43 membros do contingente policial e militar da Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (MINUSTAH), além de 59 civis. O Presidente do Sindicato dos Funcionários da ONU, Stephen Kisambira, considerou o fato “a maior perda de indivíduos da história das Nações Unidas”. “Um ano depois, o Sindicato dos Funcionários envia seus pêsames às famílias e amigos dos falecidos e se solidariza com os sobreviventes do terremoto, cujas vidas mudaram para sempre.”

Dois eventos irão homenagear os haitianos e funcionários da ONU mortos no terremoto. Em Porto Príncipe será realizada uma cerimônia organizada MINUSTAH. Na sede da ONU, em Nova York, a homenagem será realizada na entrada da Assembleia Geral, e contará com a presença do Secretário-Geral, Ban Ki-moon. Um momento de 47 segundos de silêncio lembrará a duração do terremoto.

Para saber mais sobre as homenagens às vítimas clique aqui.

Mais de três milhões de pessoas assinam petição da ONU cobrando ações para erradicar a fome

A realização de "apitaços" contra a fome marcou a campanha. Foto: ©FAO/Gustavo García Uma petição da ONU com as assinaturas de mais de três milhões de pessoas pedindo aos líderes mundiais a erradicação da fome foi apresentada aos governos, em Roma (Itália). A campanha foi uma iniciativa da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), cujo objetivo inicial era coletar um milhão de assinaturas.

“Pessoas do mundo inteiro exigem mudanças, cobrando que líderes políticos ajam e combatam as causas da fome e vulnerabilidade alimentar”, disse o Diretor-Geral da FAO, Jacques Diouf. “Espero que suas vozes sejam ouvidas. Vencer a fome é um objetivo realista para a atualidade, contanto que soluções políticas, econômicas, financeiras e técnicas sejam adotadas.”

A agência estima em 925 milhões o número de pessoas que passam fome ao redor do mundo. No ano passado, a crise econômica elevou este número para mais de um bilhão pela primeira vez na História. A petição foi parte do projeto 1billionhungry e apostou no uso das redes sociais para divulgar material informativo sobre o problema da fome, partilhar notícias e pedir assinaturas. A campanha ganhou ainda o apoio de diversos líderes mundiais, incluindo o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

“O sucesso da campanha confere ainda mais urgência e significado ao nosso trabalho. Isso nos dá aliados que não tínhamos antes. E este movimente vai continuar, uma vez que estamos entrando agora em uma nova fase”, avalia Diouf, acrescentando que o projeto pretende manter o problema em destaque, oferecer mais formas de colaboração e divulgar medidas bem-sucedidas de combate à fome.

Instituições gaúchas contribuem com mais de 59 mil assinaturas à petição contra a fome da FAO

Emater, Escola de Saúde Pública e Unisinos se juntam ao projeto “1billionhungry”.

Porto Alegre, 7 de outubro de 2010 – A Emater/RS, Escola de Saúde Pública e Unisinos reuniram mais de 59 mil assinaturas à petição contra a fome do projeto “1billionhungry”. Somente a Emater/RS juntou 55.330 assinaturas à petição. As assinaturas foram recolhidas em todo o estado e entregues ao representante da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) no Brasil, Hélder Muteia, durante cerimônia realizada nesta quarta-feira (6) na sede da instituição em Porto Alegre. “Estou emocionado ao receber estas folhas. Não esperávamos um volume tão grande. A meta para o Brasil é de 120 mil assinaturas e somente a Emater/RS arrecadou quase 50% do total buscado. Isso é fantástico”, comemorou o representante da FAO.

Com mais de 87 mil assinaturas reunidas, o Brasil é um dos três países que mais apóiam o projeto “1billionhungry”. Lançada pela FAO em maio deste ano, a campanha busca reunir um milhão de assinaturas a uma petição que pede que os governos façam da erradicação da fome sua principal prioridade. A petição será entregue aos países membros da FAO durante a próxima reunião do Conselho da FAO, que se realizará em novembro, em Roma.

Unidos contra a fome

“Somos parceiros por natureza do trabalho da FAO”, destacou o diretor técnico da Emater/RS, Alencar Rugeri, ao fazer a entrega das assinaturas. “Esse é nosso papel: trabalhar para reduzir a fome”, acrescentou o chefe de gabinete da instituição, Luiz Antônio Vial. Segundo ele, a instituição quer reunir 100 mil assinaturas à petição.

A vice-diretora da Escola de Saúde Pública, Fátima de Barros Plein, também esteve na sede da Emater/RS para repassar as 1.522 assinaturas coletadas em vários eventos realizados no estado. “Hoje, o conceito de saúde pública não é a ausência de doença, mas também a inclusão social e do combate à fome. Por isso nossa participação nessa ação é importantíssima”, declarou Fátima Plein.

O ato também contou com a presença do conselheiro do Consea/RS, Miguel Montaña, do assistente do Representante da FAO, Gustavo Chianca, e funcionários da Emater. O reitor da Unisinos/RS, Marcelo Fernandes de Aquino, entregou uma lista com 2.717 assinaturas levantada na universidade. Segundo o reitor, o Rio Grande do Sul é um estado que tem a tradição de se mobilizar por projetos sociais e a Unisinos, como uma universidade preocupada com o bem estar da humanidade, não poderia ficar de fora. “Estamos fazendo muitos investimentos com foco no setor de alimentos, qualificando pessoas que possam ajudar a erradicar a fome”, disse o reitor.

Assine a petição contra a fome em: www.1billionhungry.org/faobrasil

Contatos de imprensa

Representação da FAO no Brasil: Lídia Silva – [email protected], (55 61) 8455-1289
Escritório Regional da FAO para América Latina e Caribe – Lucas Tavares – [email protected], (56 2) 923 2176, (569) 9802 7300