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Oficinas online para meninas ensinam programação e uso de tecnologias digitais

A União Internacional de Telecomunicações (UIT) realiza no Brasil o Americas Girls Can Code (AGCC), uma iniciativa que promove o desenvolvimento das habilidades digitais de meninas por meio de atividades em programação e uso de tecnologias digitais.

O AGCC é organizado pela UIT em cooperação com os Estados-membros da organização, e tem como público-alvo meninas, preferencialmente de escolas públicas do ensino médio, com idade entre 14 e 17 anos.

A ideia é ajudá-las a entender a relevância da programação para o mercado de trabalho e suas oportunidades. O AGCC visa sensibilizá-las sobre as oportunidades nas carreiras em tecnologia.

Desde 2018, o projeto tem beneficiado várias meninas em eventos presenciais com oficinas em robótica, desenho de aplicativos, programação de drone e muito mais. Acompanhado das oficinas, a iniciativa busca a conscientização e o desenvolvimento pessoal, com discussões sobre temas relevantes ao objetivo do evento.

Em virtude da pandemia da COVID-19, a edição 2020 será virtual, o que representa uma oportunidade para ampliar a iniciativa e alcançar meninas em todo o Brasil.

O evento será gratuito e inteiramente em português, e ocorrerá entre os dias 24 e 28 de agosto de 2020. Serão oferecidos vários cursos com certificação.

Os cursos são oferecidos no Brasil por UIT, Instituto Nacional de Telecomunicações (INATEL), Serviço Federal de Processamento de Dados (SERPRO), Cisco Academy, Associação para Promoção da Excelência do Software Brasileiro (SOFTEX) e Lean In Brasília.

Clique aqui para ver a lista de oficinas e se inscrever.

Dúvidas sobre o registro: [email protected]

Serão transmitidas lives sobre o projeto no Facebook: https://www.facebook.com/ITUGirlsInICT/

CGU e UNOPS incentivam boas práticas de regulação na área de infraestrutura

Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) foi agência reguladora mais bem avaliada por relatório de CGU e UNOPS. Foto: ANEEL
Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) foi agência reguladora mais bem avaliada por relatório de CGU e UNOPS. Foto: ANEEL

A Controladoria-Geral da União (CGU) e o Escritório das Nações Unidas de Serviços para Projetos (UNOPS) publicaram na sexta-feira (14) relatório sobre melhoria dos processos regulatórios na área de infraestrutura.

A publicação apresenta os resultados de análises feitas no âmbito do projeto “Avaliação da Capacidade Institucional para Regulação”, uma parceria das instituições desde 2018.

De acordo com a representante do UNOPS no Brasil, Claudia Valenzuela, o objetivo é apoiar as agências na melhoria dos processos regulatórios para a ampliação dos investimentos em infraestrutura e melhoria da prestação dos serviços públicos concedidos, contribuindo para o crescimento da economia e o desenvolvimento do país.

“Melhorar a governança regulatória contribui para a gestão pública justa e equitativa e para a Agenda 2030, visto que um dos objetivos se refere a ampliar a capacidade das instituições”, finalizou ela.

Para o secretário federal de controle Interno da CGU, Antonio Leonel, a adoção de boas práticas pelos reguladores é fundamental para a redução de riscos, inclusive em termos de segurança jurídica, e para a atração dos investimentos necessários à melhoria em infraestrutura.

Foram avaliadas, em caráter piloto, Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL); a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT); a Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do Distrito Federal (ADASA/DF) e a Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do Mato Grosso (AGER/MT).

O planejamento da Secretaria Federal de Controle Interno ligada à CGU (SFC/CGU) prevê a realização de 20 novas avaliações em órgãos reguladores federais, estaduais e municipais, até o final deste ano.

Segundo os dados do relatório, em termos consolidados, identificou-se que, dentre os quatro reguladores avaliados, a ANEEL seria o de maior capacidade institucional para regulação, seguida da ANTT, da ADASA/DF e da AGER/MT.

Assim, ANEEL e ANTT estariam em um nível aprimorado de maturidade para regulação, ADASA/DF em um nível intermediário e AGER/MT em um estágio básico.

Foram considerados Competência e Efetividade Regulatória; Autonomia Decisória; Autonomia Financeira; Mecanismos de Controle; Fiscalização; Mecanismos de Gestão de Risco; Análise de Impacto Regulatório (AIR) e Regulação dos Contratos.

Apresentação dos resultados

Será realizado na quinta-feira (20) um encontro entre representantes da CGU, do UNOPS e da Associação Brasileira de Agências de Regulação (ABAR) sobre Boas Práticas Regulatórias e Investimentos em Infraestrutura.

Haverá discussão sobre os resultados do relatório publicado. O evento será transmitido pela plataforma Teams, das 14h30 às 15h30 (horário de Brasília), a participação é gratuita e não há necessidade de inscrição neste link http://bit.do/encontroboaspraticas2008

Representantes das três instituições devem participar das discussões, incluindo o secretário Federal de Controle Interno da CGU, Antonio Carlos Bezerra Leonel; a representante do UNOPS no Brasil, Claudia Valenzuela; e o presidente da ABAR, Fernando Alfredo Rabello Franco.

Também haverá a participação do diretor de Auditoria de Políticas de Infraestrutura da CGU, Marlos dos Santos; do Gerente de Projetos do UNOPS no Brasil, Bernardo Bahia; e do diretor da Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do Distrito Federal Jorge Furquim Werneck.

Clique aqui para acessar a página do projeto.

Projeto de parceria público-privada visa universalizar cobertura de esgotamento sanitário no MS

Vista aérea de Campo Grande (MS). Foto: Flickr/overdrive_cz (CC)
Vista aérea de Campo Grande (MS). Foto: Flickr/overdrive_cz (CC)

Universalizar a cobertura do serviço de esgotamento sanitário do Mato Grosso do Sul em dez anos é o objetivo do projeto de Parceria Público-Privada apresentado em sessão virtual, na última terça-feira (14).

Na apresentação virtual, representantes da Empresa de Saneamento de Mato Grosso do Sul (Sanesul) mostraram o modelo de negócios da PPP e mais detalhes sobre normas e procedimentos aos interessados em participar do processo licitatório aberto.

A iniciativa prevê a concessão privada do serviço nos 68 municípios atendidos pela Sanesul, que representa 98% da cobertura em todo o estado e envolve 1,7 milhão de pessoas.

“O estado se preparou para receber esse investimento privado. No marco legal do saneamento do Brasil, estamos saindo na frente com uma PPP bem modelada e equilibrada, com segurança para os investidores. Posso garantir que quem entrar nessa parceria vai investir em um dos estados mais promissores do Brasil”, destacou o governador do Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja.

Conforme previsão do projeto, serão 4,5 bilhões de reais de investimentos nos sistemas de esgotamento do estado nos próximos 30 anos.

A meta é atingir a universalização do sistema nos primeiros dez anos de contrato, por meio de obras e serviços de implantação, recuperação, manutenção e operação da infraestrutura de esgotamento sanitário.

O governo do Mato Grosso do Sul e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) firmaram acordo de cooperação técnica em 2016. Com a parceria, foi possível analisar a viabilidade técnica e econômico-financeira do projeto, bem como aspectos ambientais, modelagem jurídica, execução e acompanhamento de contratos.

Por meio do desenvolvimento de capacidades e transferência de conhecimento, foram desenvolvidos os estudos necessários para viabilizar a PPP.

Em sua participação no evento, a representante-residente do PNUD no Brasil, Katyna Argueta, destacou a importância de projetos de infraestrutura para o desenvolvimento humano, afirmando que os déficits existentes estão mais visíveis em meio à pandemia da COVID-19 e impactam, de forma mais grave, os mais vulneráveis.

“A resposta a essa crise deve ter como base uma confiança mútua, onde o setor privado é chamado a cumprir um papel crucial. Há uma necessidade urgente de transformar os municípios e de construir cidades mais resilientes, inclusivas e sustentáveis. Sabemos que isso é possível”, destacou.

A iniciativa deverá colocar o Mato Grosso do Sul como estado pioneiro no Brasil no alcance da meta 6.2 do Objetivo do Desenvolvimento Sustentável 6 (ODS 6), que estabelece “até 2030, alcançar o acesso a saneamento e higiene adequados e equitativos para todos”.

Também participaram do evento virtual o diretor presidente da Sanesul, Walter Carneiro Jr.; o secretário estadual de Governo e Gestão Estratégica de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel; a secretária Especial do Escritório de Parcerias Estratégicas do Estado, Eliane Detoni; o representante da EY Consultoria, Gustavo Gusmão; e o gerente de processos licitatórios da B3, Guilherme Peixoto.

O leilão que definirá o parceiro privado da Sanesul está marcado para 23 de setembro. A modalidade escolhida é a de concorrência administrativa, cujo critério de julgamento é o menor preço apresentado. O edital de concorrência e seus anexos estão disponíveis no site da Sanesul.

Conheça jovens agroempresários que estão adaptando seus negócios em meio à pandemia

Karina Brito e sua equipe adaptaram seu negócio de agroecoturismo na Guatemala. Foto: FAO
Karina Brito e sua equipe adaptaram seu negócio de agroecoturismo na Guatemala. Foto: FAO

Desde o início da COVID-19, a vida mudou para empreendedores e empresas em todo o mundo. Devido a bloqueios e restrições de deslocamento, os pequenos agricultores e empresas rurais não têm conseguido acessar os mercados para vender sua produção ou outros produtos.

Como muitas vezes os jovens que trabalham no meio rural têm pouco ou nenhum acesso à seguridade social, eles sofrem desproporcionalmente com as restrições da pandemia aos negócios. Em geral, os jovens também já enfrentam maiores taxas de desemprego e subemprego em comparação com os adultos.

No entanto, experientes com o uso da tecnologia, os jovens empresários agrícolas estão adaptando rapidamente seus modelos de negócios e usando ferramentas digitais a seu favor. Aceitar pedidos online com pagamentos móveis, oferecer entrega em domicílio, comercializar produtos nas redes sociais, usar as TICs para trabalhar em casa e fazer aulas online para adquirir novas habilidades, são apenas algumas das maneiras que os jovens estão usando esta oportunidade para crescimento e inovação.

A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) lançou uma iniciativa de engajamento da juventude, Coping with COVID-19: voices of young agripreneurs (Lidando com a COVID-19: vozes dos jovens agroempresários na tradução para o português), no final de março de 2020 para compreender o impacto do surto nos negócios dos jovens rurais e saber como apoiá-los durante e após a pandemia.

Por meio de redes e grupos de jovens agricultores e agroempresários em toda a África e América Central, a iniciativa identificou soluções lideradas por jovens para lidar com a crise. Isso serviu de base para o conselho político da FAO aos governos e aos esforços de mobilização de recursos para defender respostas que incluam os jovens.

Aqui estão as histórias de três jovens agroempresários provando que estão se adaptando diante da pandemia:

Do ecoturismo ao serviço de alimentação online na Guatemala

Há seis meses, Karina Brito, de 22 anos, estava pronta para lançar seu novo negócio. Junto com um grupo de 20 jovens empresários de Nebaj, Guatemala, ela fundou uma empresa chamada Avantichajil – uma palavra indígena Ixil que significa “semeadores de vida”.

Com o apoio de um programa liderado pela FAO e treinamento do Instituto Florestal Nacional, seu plano era oferecer serviços de agroecoturismo, como passeios pela floresta e aulas de culinária, e vender móveis de madeira. Mas quando a COVID-19 chegou, tudo teve que esperar.

O movimento nacional e as restrições aos negócios obrigaram Karina e sua equipe a suspender as atividades de ecoturismo, além da fabricação de móveis. Eles rapidamente perceberam que não poderiam deixar seu negócio desmoronar, então começaram a procurar uma maneira de diversificar seus serviços.

Eles decidiram usar o componente ‘Gastronomia Ixil’ de sua empresa como o novo foco. O negócio originalmente iria oferecer pratos tradicionais da comunidade indígena Ixil local e aulas de culinária para turistas.

Agora, a equipe se organizou para produzir comida local e vendê-la online. Eles oferecem carne defumada, banana, pão de banana, smoothies, café e muito mais. Para obedecer às regras de distanciamento físico, eles criaram um perfil online, chamado MercaRed, para promover e vender produtos de sete diferentes agroindústrias lideradas por jovens em sua área. O empreendimento ainda é novo, mas os resultados já são animadores.

“Se tivéssemos permanecido focados no projeto inicial, não sei onde estaríamos agora. É preciso arriscar, avançar, inovar e aprender errando”, diz Karina.

Oferecendo energia limpa em Uganda

Arthur Woniala, de 29 anos, é cofundador e engenheiro de projeto da Khainza Energy, uma empresa liderada por jovens e comprometida em reduzir a dependência das famílias de Uganda de combustíveis de madeira, oferecendo biogás como uma alternativa limpa, acessível e sustentável. Eles embalam o biogás em cilindros recicláveis e fornecem treinamento sobre como usá-lo.

As interrupções no transporte público em resposta à COVID-19 deixaram milhões de ugandenses sem acesso a serviços básicos, como combustível para cozinhar. A Khainza Energy está tentando preencher essa lacuna.

Arthur tem limitado o contato físico anunciando e coletando pedidos nas redes sociais e aceitando pagamentos pelo celular. Dando um passo além para manter as comunidades de Uganda informadas durante a pandemia, ele distribui panfletos com conselhos do Ministério da Saúde junto a entrega dos seus pedidos.

Embora ele não possa negar que os últimos meses foram difíceis para seu negócio, Arthur permanece firme. “Temos o compromisso de garantir que as pessoas ainda tenham acesso aos serviços básicos”, diz ele com orgulho.

Vendendo produtos em Ruanda

As redes sociais também têm sido uma tábua de salvação para a ruandesa Adeline Umukunzi, de 25 anos. Antes da pandemia, ela vendia cogumelos para hotéis, restaurantes e atacadistas. As grandes vendas foram importantes, pois ela produziu uma colheita diária de 100 quilos. No entanto, com o surto de COVID-19 e, consequente, com o bloqueio, a demanda dos clientes diminuiu. Muitos negócios fecharam e, com severas restrições ao transporte público, ela não conseguiu colocar seus produtos no mercado.

Adeline não possui instalações para armazenar e refrigerar produtos não vendidos, então, para vender seus produtos o mais rápido possível, ela passou a vender diretamente para as pessoas. Adeline tem anunciado seus produtos nas redes sociais e pedido aos clientes que compartilhem para ajudar na divulgação. Ela aumentou sua força de trabalho e comprou uma bicicleta para poder ampliar sua rota de entrega.

Apoio da FAO à juventude rural

Por meio de parcerias com organizações de jovens rurais, a FAO tem trabalhado com jovens trabalhadores agrícolas e empresários para entender suas necessidades e mitigar os efeitos negativos da pandemia.

Apenas 1 em cada 10 jovens relatou ter recebido apoio de governos locais ou outros atores do desenvolvimento. Apesar disso e do cenário negativo para os negócios, é inspirador ver quantos jovens enxergam a crise como uma oportunidade para inovar.

Os problemas enfrentados por Karina, Arthur e Adeline nos últimos meses são comuns, e suas soluções são prova da engenhosidade e resiliência dos jovens diante de crises. A julgar por sua incrível resposta aos desafios da COVID-19, os jovens de hoje estão bem preparados para o futuro.

Evento online discute boas práticas regulatórias e investimentos em infraestrutura

Foto: Ministério da Infraestrutura/Alberto Ruy

A Controladoria-Geral da União (CGU), o Escritório das Nações Unidas de Serviços para Projetos (UNOPS) e a Associação Brasileira de Agências de Regulação (ABAR) promovem na semana que vem (20) o evento virtual “Encontro sobre Boas Práticas Regulatórias e Investimentos em Infraestrutura”.

O objetivo é discutir a importância da adoção de boas práticas em setores regulados de infraestrutura.

Na ocasião, será apresentado o projeto “Avaliação da Capacidade Institucional para Regulação”, que visa obter um diagnóstico sobre a adoção de boas práticas regulatórias em âmbito nacional.

O evento será transmitido pela plataforma Teams, das 14h30 às 15h30 (horário de Brasília). A participação é gratuita e não há necessidade de inscrição prévia.

Voltado para agentes públicos dos órgãos de controle e das agências reguladoras, o encontro discutirá como tais instituições podem atuar para a melhoria da regulação no Brasil, de forma a contribuir com o aumento de investimentos em infraestrutura e o desenvolvimento socioeconômico do país.

O encontro terá a participação de representantes das três entidades promotoras do evento: secretário Federal de Controle Interno da CGU, Antonio Carlos Bezerra Leonel; representante do UNOPS no Brasil, Claudia Valenzuela; presidente da ABAR, Fernando Alfredo Rabello Franco; entre outros.

Entre os temas que serão debatidos estão o cenário desafiador para o aumento dos investimentos em infraestrutura; boas práticas regulatórias e gestão pública equitativa; e a importância da adoção de boas práticas regulatórias para o fortalecimento das agências reguladoras.