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Angelina Jolie pede apoio às vítimas das enchentes no Paquistão

ACNURA Embaixadora da Boa Vontade do ACNUR, Angelina Jolie, pediu maior apoio público para os esforços de fornecer assistência humanitária às milhões de pessoas que tiveram suas vidas devastadas pelas inundações no Paquistão.

Em um vídeo divulgado hoje, a atriz chama a atenção para a escala monumental do desastre. “Um quinto do Paquistão está embaixo d’água… 20 milhões de pessoas afetadas podem ficar doentes. Essa não é só uma crise humanitária, é uma catástrofe econômica e social. O ACNUR está no terreno. Quanto maior o nosso apoio, maior é o número de tendas, alimentos, água potável e remédios que chegará àqueles que precisam”, ela diz.

As equipes da agência da ONU para refugiados no Paquistão têm fornecido abrigo e outros suprimentos de emergência para milhões de pessoas atingidas pelo desastre. Mas com cerca de 20 milhões de pessoas tendo sido afetadas, as necessidades das vítimas está superando a habilidade das organizações humanitárias de prover assistência. Na semana passada o ACNUR aumentou seu apelo global para as operações das inundações no Paquistão de US$ 41 milhões para US$ 120 milhões. O governo do Brasil já doou US$ 500 mil ao ACNUR para apoiar sua resposta às vítimas das enchentes no Paquistão.

Angelina Jolie tinha visitado o Paquistão, previamente, em três ocasiões desde que foi nomeada Embaixadora da Boa Vontade do ACNUR, em 2001. Com a eclosão da atual crise ela doou US$ 100 mil à agência para seu trabalho de assistência no país.

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Paquistão: ajuda continua chegando às vítimas das enchentes

Fornecer serviços de saúde a milhões de pessoas afetadas pelas enchentes no Paquistão continua a ser uma prioridade das agências humanitárias, enquanto um grande número dos afetados continua a espera de tratamento para doenças como diarréia, infecções na pele, problemas respiratórios e malária, informou a Organização Mundial da Saúde (OMS). A necessidade por médicos tem aumentado por que cerca de 400 das mais de mil unidades de saúde foram danificadas ou destruídas pelas chuvas.

De acordo com os últimos dados, em torno de 3,7 milhões de pessoas relataram ter recebido algum tipo de tratamento médico desde as inundações. O Porta-voz da ONU Martin Nesirky disse, em Nova York, que a reparação das clínicas, unidades de saúde, escolas e o resto da infraestrutura pública destruída pode levar meses.

Em um desenvolvimento relacionado, os chefes de três agências da ONU visitarão separadamente o Paquistão nesta semana para avaliar o progresso do trabalho humanitário aos prejudicados pelas inundações. Farão parte dessa iniciativa o Diretor Executivo do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), Anthony Lake; o Diretor Executivo do Programa Mundial de Alimentos da ONU (PMA), Josette Sheeran; e a Diretora Geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), Irina Bokova.

O PMA relatou que ajudou 2,5 milhões de pessoas afetadas pelas inundações ajudadas pelo programa no mês passado. A agência começará esta semana a distribuir 1500 toneladas de arroz por dia.

O Escritório das Nações Unidas para a Coordenação dos Assuntos Humanitários (OCHA) informou que o plano de resposta de 459 milhões dólares para o Paquistão já recebeu 291 milhões de dólares em compromissos e 21 milhões de dólares foram prometidos. O chefe do O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), Achim Steiner, doou um prêmio de liderança internacional que lhe foi atribuído em resposta à emergência das inundações no Paquistão.

ONU tenta conseguir mais helicópteros para ajudar o Paquistão

ONU tenta conseguir mais helicópteros para ajudar o Paquistão. Foto: ONUCerca de 800 mil pessoas afetadas pelas enchentes em Paquistão só podem ser alcançadas por helicópteros. Por isso a ONU está solicitando 40 helicópteros adicionais para enviar ajuda humanitária àqueles que estão abandonados em áreas inacessíveis por terra.

“Estas enchentes colocam desafios logísticos sem precedentes, o que requer um esforço extraordinário por parte da comunidade internacional”, disse o Subsecretário-Geral para Assuntos Humanitários e Coordenador de Emergências da ONU, John Holmes.

“Em áreas sem comunicação no norte do país, os mercados estão escassos de suprimentos vitais e os preços estão aumentando”, disse o Porta-voz do Programa Mundial de Alimentos da ONU (PMA), Marcus Prior. “As pessoas necessitam de alimentos básicos para sobreviver e não há nenhuma outra forma de chegar até estas vítimas, além do helicóptero”.

A Autoridade Nacional para a Gestão de Desastres de Paquistão designou 12 helicópteros para as operações do PMA. Nesta segunda-feira (23), foram incorporadas três novas aeronaves, que fazem parte do Serviço Humanitário Aéreo da ONU (UNHAS) no Paquistão.

Estima-se que as enchentes tenham afetado mais de 17 milhões de pessoas, das quais oito milhões precisam de ajuda humanitária. Os esforços para distribuir alimentos estão em curso. O PMA já ajudou 1,75 milhão de pessoas. A meta é alimentar 150 mil pessoas todos os dias.

A situação no Paquistão continua crítica

Milhares de deslocados por inundações no Paquistão. Foto: ONUAs grandes inundações no Paquistão se espalharam para o sul da província de Sindh, onde centenas de milhares de pessoas buscam abrigo após serem evacuados de suas aldeias inundadas. As agências de ajuda humanitária continuam entregando suprimentos a milhões de pessoas afetadas.

“A situação em Sindh é de grande preocupação. Cidades inteiras já foram evacuadas”, disse o Porta-voz do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA). “Temos centenas de milhares de pessoas em movimento, e se não formos capazes de chegar a todos aqueles que necessitam de ajuda imediata, pode haver um aumento das doenças transmitidas pela água e, naturalmente, escassez de alimentos e falta de abrigos”, acrescentou.

As inundações, que começaram no final do mês passado, já causaram a perda de mais de 1.200 vidas e a destruição de casas, fazendas e infra-estrutura em grandes partes do país. Segundo estimativas do governo, 15,4 milhões de pessoas foram afetadas, dentre as quais seis milhões delas necessitam de alimento, abrigo, água potável e cuidados de saúde.

O Programa Mundial de Alimentos das Nações Unidas (PMA) estima que são necessários pelo menos 40 helicópteros a mais para impulsionar seus esforços e oferecer alívio a um grande número de pessoas que permanecem em áreas inacessíveis.

“Os helicópteros são a única forma de entregar suprimentos em
muitas áreas e é por isso que já estamos usando todas as aeronaves atualmente disponíveis”, disse o diretor do PMA no Paquistão, Herbinger Wolfgang. O PMA até o momento já ajudou a 1,3 milhão de pessoas com rações de emergência de alimentos.

Doenças são a nova ameaça no inundado Paquistão

As agências humanitárias nas Nações Unidas alertaram ontem (3) sobre a possibilidade de surtos de doenças transportadas pelas águas no noroeste do Paquistão, onde aproximadamente 1.400 pessoas já morreram na pior inundação de que se tem lembrança na região. Mais chuvas fortes estão previstas para os próximos dias.

As agências estão intensificando a ajuda para as milhares de pessoas que permanecem isoladas pelas águas, aguardando resgate e evacuação por barco ou helicóptero. Alimentos, água potável, tendas e assistência médica estão entre as prioridades para os sobreviventes.

Apoiando os esforços de ajuda do Governo do Paquistão, a Organização Mundial de Saúde (OMS) está despachando medicamentos e outros equipamentos capazes de tratar mais de 200 mil pessoas nas áreas afetadas. A OMS focou no controle de doenças de veiculação hídrica, como diarréia e infecções respiratórias, bem como no tratamento dos feridos, assegurando a qualidade da água potável e melhorando o acesso público aos serviços de saúde. A Organização também disse que pelo menos 39 instalações de saúde foram destruídas e toneladas dos medicamentos perdidos.

Um terço dos 135 distritos do Paquistão tem sido afetado pelas inundações, segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e pelo menos três milhões de pessoas, sendo mais de um terço são crianças, foram afetadas pelas chuvas de monções e inundações.

De acordo com o Programa Mundial de Alimentos das Nações Unidas (PMA), há uma enorme necessidade de mais materiais médicos e afins para tratar pessoas afetadas pela situação de emergência humanitária, bem como para imunizar crianças, especialmente contra a poliomielite e o sarampo. Equipes médicas já estão chegando as áreas afetadas focando a saúde maternal, neo-natal, infantil, nutrição e assistência psicológica. Mais de 15 mil pessoas, muitas com diarréia, já foram tratadas.

Nas áreas de Peshawar, Mardan, Charsadda e Mowshera que estão entre as mais atingidas da Província Khyber Pakhtunkhwa (KPK), o PMA alcançou 40 mil com rações salva-vidas nos últimos três dias e está intensificando suas entregas de alimentos. O Programa também está trabalhando para identificar as comunidades afetadas em toda a província. Estima-se que aproximadamente 1.8 milhão de pessoas nesta província necessita assistência alimentar. Além disso, o PMA planeja começar a distribuir com seus parceiros em Swat e Dera Ismail Khan nos próximos dias.

As famílias que estão lidando com as piores enchentes em quase um século estão recebendo um fornecimento de um mês de alimentos, incluindo biscoitos de alta energia e comida pronta para as crianças.

O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) já entregou 10 mil tendas e outros itens de assistência nas Províncias KPK e Balochistão, e espera obter 20 mil tendas adicionais. A agência disse que pretende alcançar pelo menos 240 mil das vítimas das enchentes mais vulneráveis com fornecimento de abrigo, cobertores, baldes e outros itens.

A maioria das pessoas deslocadas pelas inundações, inclusive refugiados afegãos, estão amontoados em edifício públicos, tais como escolas. Sendo que os sobreviventes das enchentes ainda correm grave risco, de acordo com o Alto Comissário da ONU para os Refugiados, António Guterres. Ele completou dizendo que os paquistaneses da região têm servido como hospedeiros generosos para mais de um milhão de refugiados afegãos e agora é a hora da comunidade internacional demonstrar o mesmo tipo de solidariedade para com os paquistaneses.

ACNUR e PMA, cujo armazém de estoque de alimentos foi inundado, apelam por recursos adicionais para cobrir a situação de emergência.